Viajar ao redor da Hungria

A Hungria está localizada bem no coração da Europa Central, e só com um breve conhecimento em geografia já é possível dizer que a localização privilegiada desse pequeno país é um grande atrativo para turistas, especialmente aqueles que viajam de país para país. Por isso, a Hungria ganha vários pontos na lista de viajantes pela Europa.

Só pra ter uma ideia, a Hungria faz fronteira com 7 países: a Áustria, a Eslovênia, a Croácia, a Sérvia, a Romênia, a Ucrânia e a Eslováquia, e a conexão com o resto da Europa fica bem fácil de qualquer maneira.

Mapa da Hungria e países fronteiriços

Mapa da Hungria e países fronteiriços

Primeiro, devemos levar em consideração que a Hungria não tem saída para o mar, o que deixa sua acessibilidade via barcos bem difícil. Uma saída plausível seria a de navegar pelo Danúbio a partir da Romênia, mas a navegação turística é amplamente prejudicada pela Sérvia, que ainda exige visto para muitas nacionalidades (para brasileiros, a necessidade de visto permaneceu até meados de 2013).

Com isso, devemos considerar as saídas por ar (aeroportos) e por terra (ônibus e trem), e de qualquer maneira, Budapeste será o hub principal do país. Quase todas as rotas partindo de cidades do interior passam, ou fazem conexão na capital, mesmo para as cidades maiores como Pécs, Miskolc, Debrecen, Szeged e assim sucessivamente.

Sobre aeroportos: A Hungria possui 9 aeroportos civis, sendo 5 internacionais e 4 domésticos. Porém, apenas o aeroporto de Budapeste de fato recebe uma certa quantidade de passageiros. Os outros aeroportos basicamente só funcionam com poucos voos charters e aviões de pequeno porte, e muitas vezes com frequência irregular pela falta de demanda.

Caso você não vá morar em Budapeste, a solução mais plausível é pegar um voo até a capital húngara, e se deslocar por terra até o destino final, pela abundância de trens e ônibus. Por exemplo, caso você esteja em Londres e precisa ir até Debrecen, existe a possibilidade de pegar um voo pela WizzAir (companhia low cost húngara) e ir direto. Mas aparentemente, outro trecho semelhante não existirá para nenhuma outra cidade húngara.

Para um review completo sobre o aeroporto de Budapeste, clique aqui.

Para procurar passagens aéreas: A companhia aérea húngara mais importante atualmente é a WizzAir, que é uma low cost com até um certo ponto de qualidade, já que a tradicionalíssima Malev faliu recentemente, deixando um vácuo imenso na aviação do país. Fora isso, várias companhias aéreas atuam na Hungria, mas as que atuam em grandes hubs de aviação podem oferecer mais opções e menores preços. Recomendo chegar na Hungria por Frankfurt, Londres, Istambul, Lisboa ou Paris.

Primeiramente, eu faria uma busca de passagens aéreas por qualquer site especializados em buscas gerais. Depois de verificar os preços, compre direto pelo site da companhia aérea com as melhores condições. Passagens compradas em sites de busca geralmente dão problema quando existem coisas como cancelamento de voo, mudança de rota repentinamente, bloqueio feito por cartão de crédito e afins.

Sobre ônibus: Viajar de ônibus pela Hungria ou para o exterior é super fácil e principalmente, barato. No entanto, o país ainda padece de uma infraestrutura adequada para viagens de ônibus, com algumas paradas sendo feitas na rua sem algum tipo de indicação ou afim.

Por exemplo, a estação de Nepliget faz seus trechos internacionais na rua, e não existe nenhum guichê de venda de passagens para quem precisa de apoio com algum problema (tipo quando o meu ônibus pra Viena saiu alguns minutos antes do previsto, e eu estava a 10 metros de chegar nele). Por falar em venda de passagens, algumas companhias de ônibus não vendem passagens online, e somente em agências de turismo especializadas.

Mesmo com os pesares, viajar de ônibus é muito bom! Para destinos envolvendo a Hungria, recomendo a Orange Ways, a Eurolines e a Student Agency Bus (que é uma empresa da República Tcheca).

Sobre trem: As linhas férreas húngaras são bem densas, e é possível viajar pelo país com uma facilidade incrível, em um curto período de tempo. Mesmo assim, muitos trens tem que fazer uma conexão ou escala em Budapeste, o que não é um problema muito grande.

A companhia férrea húngara é a MAV, que oferece trens de todo tipo: dos mais antigos aos mais novos, dependendo do destino (risos). Em geral, as viagens são bem tranquilas, e as estações de Budapeste oferecem uma estrutura razoável para o turista estrangeiro. Digo razoável pelo fato de que elas estão passando por um processo de modernização, e muitas coisas ainda são antigas.

As estações também oferecem uma timetable em papel que você pode levar no bolso. Ela indica os horários de partida, paradas, e possíveis conexões. Além de cidades nos países fronteiriços, por trem é super fácil de chegar em Praga, em Munique, Berlim, Veneza, Cracóvia, Varsóvia e outros lugares.

Empolgou pra viajar? Chegando lá, essas informações se encaixarão com muito mais facilidade. Viajar ao redor da Hungria é uma moleza!