Roteiro da minha primeira viagem à Europa – Parte 2

Chegamos à segunda parte do roteiro da minha primeira viagem à Europa! A primeira parte se encontra aqui, onde contei de maneira reduzida como foram os dias em Paris, Versailles, Luxemburgo, e nas pequenas cidades alemãs de Cochem, Bacharach e Rüdesheim am Rhein.

Lembrando mais uma vez que essa é uma sugestão de roteiro para a Europa: como contratamos uma agência de turismo, todo o transporte e passeios eram por conta da empresa. Mas obviamente, é possível de recriar este trajeto por conta própria.

Acompanhe também:
Roteiro da minha primeira viagem à Europa – Parte 1
Roteiro da minha primeira viagem à Europa – Parte 3

Dia 6: Rothenburg ob der Tauber e Munique

Frankfurt - Rothenburg ob der Tauber - Munique

Frankfurt – Rothenburg ob der Tauber – Munique (Google Maps)

Como disse no post anterior, chegamos em Frankfurt no fim da tarde e quase não conhecemos nada da cidade. Esse é um dos pontos negativos em fazer excursões desse tipo, já que todo o tempo é cronometrado e vital para o andamento do que já estava previamente agendado. Pelo menos consegui ter uma visão dos arranha-céus e de toda a opulência contemporânea da cidade. Fomos ao nosso hotel e prontamente nos preparamos para o próximo dia.

Saímos bem cedo de Frankfurt, com Munique como destino final do dia. Antes, iríamos passar por uma linda cidade bávara chamada Rothenburg ob der Tauber, que acabou virando minha favorita na região.

Esta cidadezinha tem uma parte antiga e uma nova, que continua se expandindo. A parte antiga (que é o ponto de interesse geral) é super pitoresca: rodeada por uma muralha medieval e possui lindas casas germânicas de encaixe. Muitas dessas casas hoje tem propósito comercial, com destaque para as lojas de brinquedos e ursinhos de pelúcia, e as de decoração natalina.

Na primeira janela do primeiro andar, um ursinho de pelúcia "brincava" de soltar bolhas - e com música!

Na primeira janela do primeiro andar, um ursinho de pelúcia “brincava” de soltar bolhas – e com música!

Confesso que senti algo familiar naquela cidade, como se já a conhecesse antes, mas nunca havia ouvido falar nela! Algum tempo depois descobri que Rothenburg ob der Tauber foi a inspiração que Walt Disney teve para desenvolver a cidadezinha onde o Pinóquio morava. Ela tinha aparência germânica super medieval e pitoresca, lembram?

Também tivemos tempo de subir até a muralha: escadas de madeira bem antigas nos ajudam a subir nos lugares onde os guardas antigamente guardavam o entorno da cidade.

"Janela" da muralha

“Janela” da muralha

Aquele foi um domingo maravilhoso, e apesar de chuvoso não tirou meu encantamento com “a cidade mais linda do mundo”, que é como me refiro a ela. Mas o show deveria continuar, e nós partimos em direção a Munique.

Algum tempo depois, chegamos à capital bávara, e teríamos algo como duas horas livres. O ponto de encontro era na frente do Teatro Nacional Bávaro e fomos explorar os arredores. Primeiramente caminhamos pela Maximilianstrasse, que é a rua de compras caras da cidade. Só caminhamos mesmo, pois como citei acima, era domingo e as lojas estavam fechadas.

Depois fomos caminhando em direção ao coração da cidade: a aparência medieval e pitoresca numa das maiores cidades da Europa nos cativou muito! Tudo bem germânico, bem clássico…

E assim, caminhando, que descobrimos o Rathaus! E tivemos sorte, pois chegamos na hora certa. No mundo germânico o Rathaus é um prédio governamental, que cuida da administração da cidade. Assim como Munique possui a sua Rathaus, Viena também possui uma, Hamburgo também, e o mesmo vale para a maioria das cidades germânicas.

Rathaus München

Rathaus München

Enfim, o Rathaus de Munique possui uma pequena “apresentação”, que é, digamos, um cuco aperfeiçoado. Em determinadas horas do dia, bonequinhos dançam com musiquinhas, fazendo uma fofa apresentação de uns 5 minutos. Muitas pessoas assistem a essas apresentações, fazendo desta uma boa atração.

Tínhamos já pouco tempo e só deu pra conhecer o Hofgarten, já próximo ao ponto de encontro. Já era hora de nos preparar para a viagem do dia seguinte.

Dia 7: Salzburgo, Sankt Wolfgang, Lago Traunsee e Viena

Munique - Salzburgo - Sankt Wolfgang - Lago Traunsee - Viena

Munique – Salzburgo – Sankt Wolfgang – Lago Traunsee – Viena (Google Maps)

Saímos muito cedo de Munique, com tudo escuro ainda. Estava chovendo e fazia frio, mas mesmo assim conseguimos aproveitar a nossa manhã na linda cidade austríaca de Salzburgo, a capital da música.

Salzburgo é a cidade natal de Mozart: a casa onde ele nasceu e morou por boa parte de sua vida está aberta para visitações. Muita coisa em Salzburgo gira em torno de sua figura e da música, encontrando várias referências no comércio e sociedade locais.

Casa do Mozart

Casa do Mozart

Caminhamos por quase todo o centro da cidade, e ao chegar na praça principal decidimos aproveitar e fazer um passeio de charrete (somos desses!). Acredito que o passeio dura uns 30 minutos, e foi muito agradável – e divertido.

Caminhamos muito pelo centro da cidade, o que quase nos acometeu de perdermos o horário. Literalmente saímos correndo até o ponto de encontro que era bem longe: o ônibus já estava ligado e fomos os últimos a chegar. Nunca mais chegamos tão “apertados” assim.

Depois de Salzburgo, fizemos uma curta parada em Sankt Wolfgang, tempo apenas de tirar fotos e comprar algo rápido. A cidade é o principal ponto de peregrinação católica do país, como se fosse o equivalente à Fátima, só que na Áustria. Para variar, outra cidade linda!

Paisagem de Sankt Wolfgang

Paisagem de Sankt Wolfgang

Seguimos nosso caminho, e o passeio seguinte seria de barco, pelo lago Traunsee. Paramos na cidade de Ebensee, onde embarcamos num barco restaurante para uma gostosa viagem de cerca de uma hora por esse lago, cujas margens possuem lindas casinhas pitorescas.

Terminado o passeio de barco, seguimos nosso caminho até Viena, o destino final do dia. Nesse momento não havia nada planejado, apenas chegar no hotel e dormir. Ainda deu para conhecer um pouco da vizinhança ao redor, mas a cada dia, chegávamos mais cansados nos hoteis.

Dia 8 – Viena

Viena (Google Maps)

Viena (Google Maps)

Esse dia seria exclusivo para a capital austríaca! Desde Paris que não ficávamos na mesma cidade por um dia completo, então deu pra conhecer muita coisa sobre Viena, que se mostrou uma cidade incrível.

Primeiramente, fizemos um tour de ônibus, semelhante ao que fizemos em Paris. Conhecemos os principais pontos da cidade de uma maneira geral, com a ajuda de um guia que falava pontos interessantes sobre. Conhecemos desde o centro histórico de Viena até a sede das Nações Unidas na cidade.

Durante esse tour de ônibus faríamos duas paradas nos dois palácios da cidade: Belvedere e Schönbrunn. Os dois palácios são lindíssimos, e os conhecemos rapidamente pelo lado de fora. Numa viagem futura conheceria Schönbrunn e Belvedere por dentro, mas para variar, não teríamos tempo suficiente para explorá-los naquele dia.

Gloriette, em Schonbrunn

Gloriette, em Schonbrunn

No início da tarde, a excursão nos deixaria no centro de Viena, próximo ao museu Albertina. De lá, iríamos voltar para o hotel por conta própria. Por não termos restrições de horário, fizemos tudo de maneira calma e tranquila. Almoçamos ali perto, compramos nossas lembranças, e decidimos visitar o Hofburg e seus arredores.

O Hofburg é o palácio que era o lar da família imperial austríaca durante o inverno (Schönbrunn era a residência durante o verão), assim como a sede do governo imperial. Hoje em dia, abriga uma série de complexos e museus que são abertos ao público.

Alguns ouros da família imperial austríaca

Alguns ouros da família imperial austríaca

Ali, decidimos visitar o Museu Sisi e os Kaiserappartments, que oferecem uma visão de como viviam a família imperial austríaca (seus aposentos, utensílios, obras de arte, etc). Para completar a visita, o Museu Sisi faz uma homenagem à última imperatriz da Áustria, que morreu assassinada por um terrorista.

Ainda passeamos pelo centro de Viena, e voltamos para o hotel usando um tram. Foi meio complicado de chegar, mas conseguimos afinal! :)

Dia 9 – Maribor, Ljubliana e Veneza

Viena - Maribor - Ljubljana - Mestre/Veneza (Google Maps)

Viena – Maribor – Ljubljana – Mestre/Veneza (Google Maps)

Saindo de Viena, nosso destino final era a linda Veneza, local de sonho! Para tanto, precisaríamos atravessar a Eslovênia, país europeu que fez parte da antiga Iugoslávia até 1991. Era a minha primeira vez num país que se localizava atrás da cortina de ferro, então fiquei curiosa para saber o que eu veria.

Na verdade, escrevi sobre esse dia na Eslovênia com mais detalhes aqui. Nossa primeira parada foi na cidade de Maribor, a segunda maior do país, mas não a conhecemos tanto. Motivo? Entramos numa loja e fizemos várias comprinhas, hehe.

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Ljubljana

Depois de uma manhã de compras (e alguns produtos que ganhamos de cortesia), seguimos até Ljubljana. Confesso que não lembro de muita coisa do caminho pelo fato de que estava mal do estômago e dormi. Mesmo quando chegamos, não queria ir conhecer a cidade. Por mim, eu ficaria no ônibus dormindo, pois estava me sentindo muito enjoada para fazer qualquer passeio.

Não tive escolha e tive que descer, o que foi ótimo! Algumas horas depois, já estava bem melhor e amei o que vi! Ljubljana é uma cidade linda, agradável e muito organizada! Tinha uma impressão (muito) errada sobre a aparência de ex-repúblicas influenciadas pela URSS, e achei a capital da Eslovênia tão bonita quanto outras cidades que visitamos nesta viagem.

Também fizemos comprinhas lá! Achamos os preços da Eslovênia muito competitivos, e amamos o que vimos!

Ljubljana

Ljubljana

Enfim, voltamos pro ônibus e continuamos nosso caminho até Veneza. Ao redor da estrada, lindos campos de girassol e o mar Adriático refletindo o pôr-do-sol. Lindo lugar, e continuaríamos nossa aventura no dia seguinte, desta vez na Itália.

O resto da história continua na parte 3. :)

Roteiro da minha primeira viagem à Europa – Parte 1

Olá, como vão?! Esse é um dos poucos posts sobre roteiro que tenho aqui, e espero ajudar aqueles que estão precisando de uma ajudinha para consolidar qual o trajeto total de sua viagem à Europa! Aqui, irei apresentar o roteiro completo da nossa primeira ida ao continente europeu!

A viagem compreendeu 8 países: França, Luxemburgo, Alemanha, Áustria, Eslovênia, Itália, Vaticano e Suíça. Paisagens incríveis e sensações inesquecíveis! Esse post será gigantesco, e o dividirei em partes 2 e 3! Espero que gostem! =)

Lembrando mais uma vez que essa é uma sugestão de roteiro para a Europa: como contratamos uma agência de turismo, todo o transporte e passeios eram por conta da empresa. Mas obviamente, é possível de recriar este trajeto por conta própria.

Acompanhe também:
Roteiro da minha primeira viagem à Europa – Parte 2
Roteiro da minha primeira viagem à Europa – Parte 3

Dia 1: Paris

Champs Élysees destacada no mapa

Champs Élysees (Google Maps)

Nosso voo chegou no fim da manhã. Imigração foi tranquila, e o motorista da empresa que a agência contratou nos levou ao hotel. Apenas deixamos nossas malas, e o mesmo motorista nos deixou no Arco do Triunfo.

Dali, passeamos por toda a avenida des Champs Elysées, entramos nas lojas, fizemos algumas compras e resolvemos almoçar em um dos bistrôs que se encontram ali. Não foi a comida mais gostosa do mundo, mas achamos o preço bom (considerando o lugar), e atendimento atencioso.

Já era fim da tarde e pegamos o metrô na estação Franklin D. Roosevelt em direção à Saint-Denis (norte de Paris), que era onde nosso hotel se localizava. O hotel era bem próximo do Stade de France, que foi onde o Brasil perdeu a copa de 1998. Conhecemos os arredores e a vizinhança, e decidimos nos recolher cedo, pois ainda estávamos cansados da viagem do dia anterior.

Arco do Triunfo

Arco do Triunfo

Dia 2: Paris e Versailles

Distância entre Paris e Versailles (Google Maps)

Paris – Versailles (Google Maps)

Esse era o primeiro dia do tour, em si. De cara, nós iríamos até Versailles, uma cidade da Região Metropolitana de Paris, que guarda um dos lugares mais admirados do mundo. O palácio que leva o nome da cidade foi transformado por Louis XIV, o rei Sol, na residência oficial da monarquia francesa. Lindo e opulente, reflete todo o luxo que os nobres viviam, e os detalhes de ouro reluziam muito, mesmo naquele dia chuvoso.

Portões de ouro de Versailles (perdoem-me, eu não gostava/sabia tirar fotos)

Portões de ouro de Versailles (perdoem-me, eu não gostava/sabia tirar fotos)

O palácio é maravilhoso por dentro e fora, e ainda vou me inspirar a fazer um post só dele por aqui. Os jardins parecem ser igualmente lindos, mas não conseguimos explorá-lo pela falta de tempo.

Tenho que falar outra coisa de Versailles: vocês devem imaginar, mas o palácio é muuuito cheio! São turistas a perder de vista!

Voltando a Paris, era hora de fazer o tour pelos principais pontos turísticos, só que dentro do ônibus. Foi ótimo conhecer todas aquelas partes da cidade, e ainda descobrindo curiosidades através da guia. O único lugar que paramos foi na Torre Eiffel, só para uma foto rápida.

Na noite, o guia nos havia oferecido um passeio para Montmartre e no Moulin Rouge. Outras pessoas da minha família decidiram conhecer o bairro boêmio de Paris, mas estava me sentindo mal e fiquei no hotel. Montmartre, creio eu, é o único “hotspot” da capital francesa que ainda não tive oportunidade de conhecer.

Silhueta: jardins de Versailles

Silhueta: jardins de Versailles

Dia 3: Paris

Bâteaux Mouches, Louvre, Notre Dame e Quartier Latin marcados com estrelas (Google Maps)

Bâteaux Mouches, Louvre, Notre Dame e Quartier Latin marcados com estrelas (Google Maps)

Esse seria nosso último dia em Paris, e a programação começava no Quartier Latin, que é um bairro muito antigo dali, que data do século XV. Ele se nos encontra nosarredores da Île-de-France, que foi o local que a capital francesa de fato, nasceu. Antes havia uma muralha que guardava todo o contorno da antiga Paris, como na maior parte das cidades europeias medievais: essa muralha obviamente não existe mais, mas as construções centenárias do bairro ainda persistem, e lá fizemos um agradável walking tour pelas ruas do bairro.

Na Île-de-France se localiza um dos principais ícones parisienses: a Catedral de Notre Dame. Também fizemos um passeio por dentro da catedral, e ficamos admirando toda a arquitetura do local, assim como seus belíssimos vitrais. Fiquei ali, próxima ao altar por algum tempo e consegui associar as histórias que a guia contava com o lugar que estávamos, como por exemplo, a história da auto coroação de Napoleão.

Fachada de Notre Dame

Fachada de Notre Dame

Também pisei no marco zero de Paris, que fica bem em frente à catedral. Reza a lenda de que quem pisa lá, sempre volta à cidade luz. Não custava nada tentar.

Logo depois, fizemos um passeio bem interessante que ajuda a ver Paris de uma outra perspectiva. O Bâteau Mouche é uma espécie de barco que é aberto na parte de cima, permitindo a visualização de Paris através do rio Sena.

Para completar o passeio do dia, terminamos no Louvre. Almoçamos no shopping anexo ao museu e depois passamos a tarde explorando as obras dali. Confesso que achei a Monalisa meio fraquinha, mas adorei a Vênus, e principalmente o quadro de David, que retrata a coroação da Josefina pelo Napoleão.

A pirâmide do Louvre

A pirâmide do Louvre

Dia 4 – Paris, Épernay e Luxemburgo

Paris - Épernay - Luxemburgo (Google Maps)

Paris – Épernay – Luxemburgo (Google Maps)

Saímos da capital francesa bem cedinho em direção à Champagne. Essa é uma região da França conhecida pela bebida que leva seu nome, e uma característica bem marcante dali é que muitas cidades possuem uma aparência bem medieval e pitoresca.

Além de passarmos por essas cidades de ônibus, também iríamos visitar uma das vinícolas que produzem champanhe! A escolhida foi a vinícola Mercier, que se situa na pequena cidade de Épernay, cuja boa parte de sua economia gira em torno da fabricalão da bebida.

Assistimos uma apresentação sobre a empresa, falando sobra a história e tal, e depois descemos de elevador até o “porão”, onde as bebidas ganham maturação. Nesse porão passeamos num trenzinho conduzido por uma guia, que explicava todas as etapas de fabricação do champanhe.

No final nos levaram para a lojinha. Lá você pode comprar vários produtos fabricados ali, inclusive uma série de champanhes raros no Brasil. Como nós não somos tão fãs de champanhe não compramos nenhuma bebida, mas adorei e levei uma bolsa que tinha lá. Ah, vale lembrar que eles também dão amostras grátis de champanhe aos visitantes!

Igreja em Épernay

Igreja em Épernay

Seguimos nosso caminho até o destino final do dia: Luxemburgo. Jamais em meus mais loucos sonhos pensei que iria conhecer esse lugar, e adorei o que vi! Já chegamos na pitoresca capital do país no início da noite, e só tínhamos uma hora livre.

Caminhamos um pouco pelo fofíssimo centro da cidade, e admiramos (de cima) o fosso que existe ali: coisa de conto de fadas! Por Luxemburgo já ser considerado “mundo germânico”, muitas lojas já haviam fechado pontualmente às 18h, mas ainda conseguimos parar numa pâtisserie e compramos alguns macarons. Perto das 19h, o ônibus nos levou ao hotel, que ficava em frente à Corte Europeia de Justiça.

Linda ponte sobre o fosso de Luxemburgo

Linda ponte sobre o fosso de Luxemburgo

Dia 5 – Cochem e Frankfurt

Luxemburgo - Cochem - Bacharach e Rudesheim - Frankfurt (Google Maps)

Luxemburgo – Cochem – Bacharach e Rudesheim – Frankfurt (Google Maps)

Saindo de Luxemburgo, nosso destino seria a Alemanha, onde dormiríamos em Frankfurt. Mas antes, iríamos nos deparar com outra paisagem que saía de sonho (as usual).

No meio do caminho, passaríamos uma boa parte do dia numa pequena cidade alemã chamada Cochem. Eu também nunca tinha ouvido falar nela, o que acabou sendo uma grande surpresa.

Cochem fica às margens do rio Mosela, um dos principais da Alemanha. Chegando na cidade, o guia falou algumas coisas interessantes sobre, e chegou um determinado momento que ele pediu que as pessoas sentadas no lado esquerdo do ônibus (onde eu estava) olhassem para sua janela. Víamos um precipício, e logo abaixo dele um castelo medieval estrategicamente posicionado numa colina. O som foi unânime: oooooh! (Choque e adimiração).

Castelo de Cochem

Castelo de Cochem

Cochem é outra cidade tão pitoresca quanto Luxemburgo, mas com um grande toque germânico. Aquelas casas alemãs feitas de encaixe tão tradicionais e icônicas no país existiam aos montes, muitas pessoas passeavam com seus cachorros na rua e os gansos nadavam na beira do rio. Aquela era a cena que presenciávamos.

Ficamos somente umas duas horas em Cochem: conseguimos explorar a cidade, mas não teríamos tempo de conhecer o castelo. Era um trade-off devido ao tempo corrido que a excursão nos limitava, e todas as pessoas que perguntei que foram ao castelo não puderam conhecer a cidade.

Rüdeshein am Rhein

Rüdeshein am Rhein

A próxima parada seria numa cidade na beira do rio Reno chamada Bacharach. Lá pegaríamos um barco onde desceríamos em Rudesheim, outra cidade alemã na beira deste importante rio alemão. Esse barco tinha restaurante e acabamos almoçando lá, mas o mais importante vinha do lado de fora: o rio Reno tem uma série de castelos medievais nas suas margens, o que proporcionava a melhor visão durante o almoço.

Única imagem decente de castelo que consegui tirar

Única imagem decente de castelo que consegui tirar

Enfim, descemos em Rudesheim e seguimos a viagem até Frankfurt, onde passaríamos a noite. Para ser sincera, fizemos uma curta parada em Römerberg, que é uma pracinha em Frankfurt cercada pelas casinhas tradicionais alemãs, e uma catedral gótica. Naquele momento estava acontecendo um casamento – espero eu, um sinal de boa sorte.

Enfim, depois continuarei com as partes 2 e 3 deste post, e já digo que está sendo muito gostoso escrever sobre isso! Só boas lembranças de lindos lugares.

Linderhof: castelo ou palácio?

Linderhof é um dos lugares inesquecíveis a se visitar na Baviera, e escrevi (só um pouquinho) sobre neste post aqui. Mas o que é Linderhof? Castelo? Palácio? Quem construiu? Onde fica? Vale a pena visitar?

Primeiramente vou confessar que não conhecia Linderhof até o dia que fui até lá. Comprei no concierge do hotel um passeio para Linderhof, Oberhammagau e o castelo de Neuschwanstein, que incluía todo o translado e ingressos.

Eu no castelo de Linderhof (desconsiderar essa cara, hahaha.)

Eu no castelo de Linderhof (desconsiderar essa cara, hahaha.)

Dessa vez não vou contar pra vocês em detalhes o que aconteceu, mas acabei não visitando Neuschwanstein por causa de uma emergência médica, o que me deixou arrasada. Pelo menos tive um belo prêmio de consolação, que foi conhecer a linda Linderhof enquanto ainda estava tudo bem.

Enfim, a maioria dos sites e blogs em português classifica Linderhof como castelo, fato que discordo, pois ela não tem nenhuma característica de castelos que nós conhecemos. Para tirar a dúvida, vamos à raiz da palavra: Linderhof é classificada em alemão como Schloss, ou seja, palácio. E vou classificar mais ainda: diria que Linderhof é um palacete, que lembra muito uma casinha de boneca.

Quem construiu Linderhof foi o rei bávaro Luís II (ou Ludwig II em alemão), que foi conhecido como der Märchenkönig, ou seja, o rei “conto de fada”. Isso por que ele tinha um projeto de construir uma série de palácios na Baviera que remontavam a contos de fada. Dentre esses palácios se encontram Neuschwanstein, Herrenchiemsee e claro, Linderhof.

Linderhof

Linderhof

Ludwig também foi envolvido em muitas polêmicas, e até hoje ele ostenta a fama de louco: tanto pelas ideias de grandeza e opulência refletidas nos palácios, gastos de uma grande quantidade de dinheiro, o casamento que nunca saiu do papel com a prima Sisi, e o forte envolvimento (possivelmente amoroso) com o famoso compositor Richard Wagner.

Ludwig mandou construir Linderhof como se fosse uma residência particular para ele, por isso o tamanho diminuto do palacete. Os cômodos dali foram projetados para só uma pessoa, e a localização isolada reforça a ideia de paz e tranquilidade que Ludwig pretendia manter longe de Munique e outras cidades da Baviera.

Linderhof recebeu muitas influências de Versailles, levando em conta a adimiração que Ludwig sentia pelo Rei Sol Lous XIV. A decoração estilo rococó com muitos detalhes em ouro é um reflexo da ostentação que o rei bávaro gostava de mostrar, fato que preocupava os responsáveis pelas finanças do reino.

Infelizmente não é possível tirar fotos de dentro do palacete. Então fica aí a inspiração e a imaginação. :)

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Isolamento: no meio da natureza

Isolamento: no meio da natureza

Duas outras grandes influências de Versailles são sentidas em dois lugares. A galeria dos espelhos é provavelmente uma cópia menor do famoso salão dos espelhos do palácio de Louis XIV. Não que isso seja algo ruim, pois ambos os cômodos são bonitos do seu jeito.

Um outro lugar que também merece destaque são os jardins, que Ludwig chamava de Jardins dos Prazeres. Muitos também dizem que a influência de Versailles é óbvia, considerando as formas retas e detalhes com água. A gruta de Vênus também é um destaque de Linderhof, atraindo muitos visitantes.

Infelizmente não pude apreciar nem o jardim quanto a gruta. Era fim de dezembro: a gruta estava fechada, e os jardins cobertos de neve.

Mesmo muito frio, achei Linderhof encantadora! As visitas ocorrem com grupos fechados em horários específicos, então não é bom perder a hora da entrada, quando o guia chama. Existe também uma loja de lembrancinhas com um preço meio salgado, para os que se interessarem.

Entrada de Linderhof (lojinha e restaurante ao fundo)

Entrada de Linderhof (lojinha e restaurante ao fundo)

Enfim, visita recomendadíssima e interessante! Visite Linderhof! :)

Airport review: Flughafen Frankfurt am Main (FRA)

O aeroporto de Frankfurt é um dos principais portões aéreos da Europa, ficando atrás somente do aeroporto de Londres – Heathrow e de Paris – Charles de Gaulle. Na Alemanha ele é o principal hub aéreo da Lufthansa, que é a maior empresa aérea do país, e atualmente ele serve 275 destinos em 111 países!

Pelo tamanho, número de destinos e obviamente número de passageiros, o aeroporto de Frankfurt é bem preparado para o viajante, possui excelente infraestrutura e está constantemente buscando melhorar o atendimento ao cliente – que já possui altíssimo grau de satisfação devido à eficiência alemã.

Aguardando meu vôo no Aeroporto de Frankfurt

Aguardando meu vôo no Aeroporto de Frankfurt

Existe conexão direta com o Brasil?

Sim, e várias cidades no Brasil possuem voos diretos a Frankfurt!
A Lufthansa oferece voos diários partindo de São Paulo – Guarulhos (11h35min) e do Rio de Janeiro – Galeão (11h25min).
A LATAM também oferece voos diários a Frankfurt, saindo apenas de São Paulo – Guarulhos (11h35min)
Já a Condor, empresa alemã conhecida por oferecer voos low cost a destinos no Caribe e nas Américas oferecem voos diretos de Recife, Salvador e Fortaleza. No fim deste ano, a Condor começará a operar voos sazonais para o Rio de Janeiro – Galeão.
Uma outra companhia aérea alemã que de vez em quando oferece voos charters ao Brasil e Caribe é a Air Berlin. Inclusive uma vez eu já vi um desses voos charters aqui em Manaus, porém esses voos são fretados por empresas de turismo da Alemanha que levam passageiros a destinos “exóticos” na alta temporada.

Qual a disponibilidade de restaurantes?

O aeroporto de Frankfurt é gigantesco, possui dois terminais com algumas subdivisões e obviamente possui muitos cafés e restaurantes.
Desde fast foods, comidas mais leves, restaurantes um pouco mais sofisticados e afins, existe uma enorme variedade de comidas por ali.

Existe wi-fi gratuito?

Sim, e por todo o aeroporto. Hoje em dia a maioria dos aeroportos europeus oferece o próprio wi-fi gratuito, e caso queiras ter um acesso mais rápido, eles possuem uma conexão paga através do cartão de crédito.

Como é a conexão para o centro da cidade?

É fácil ir do aeroporto até o Centro. Para isso, é necessário seguir até a saída do terminal 1 em direção à S-bahn, que é a linha de metrô da cidade. Não se esqueça de comprar seu ticket antes numas máquinas próximas a estação (vai que um fiscal resolve aparecer no trem?), e siga de metrô até a estação que fique mais acessível ao seu hotel.

Qual a disposição de tomadas?

Não é difícil de achar tomadas pelo aeroporto. Caso precise carregar algo, pode ficar tranquilo.

Câmbio?

Em Frankfurt, assim como em qualquer outro aeroporto, vale usar a regra de trocar a menor quantidade de dinheiro possível. Provavelmente você já irá sair do Brasil com alguns euros, mas se você vier de algum outro lugar (principalmente europeu) que utilize uma outra moeda, procure as casas de câmbio no centro da cidade, pois elas possuem cotações mais favoráveis aos turistas.

O que mais posso destacar?

Uma característica que vi em poucos aeroportos no mundo é que o Aeroporto de Frankfurt oferece jornais do dia de graça para quem quiser. :) Da última vez que passei por lá, o Bayern de Munique tinha acabado de ganhar a Liga dos Campeões, e os jornais alemães estavam eufóricos! Guardei alguns de souvenir. :)

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E o pitoresco é sempre belo

Quando a cidade é muito antiga e poucas coisas mudam, aquele ar de volta ao tempo se consolida na nossa mente, e em muitas vezes, de uma maneira belíssima! Isso que eu senti com a cidade alemã de Cochem, que fica às margens do rio Mosela.

Fomos até lá em uma excursão de ônibus, que teria Frankfurt como destino final. Pelo caminho, deveríamos passar por essa tal cidadezinha, mas sinceramente eu não esperava muito. Na verdade, nessa época eu não pesquisava muitas coisas antes sobre os lugares que eu ia, mas gostava de aprender bastante a partir do momento que eu chegasse lá.

Então, quando o ônibus começou a descer a montanha, logo vi uma das imagens mais fofas na minha vida! Um castelo no topo de um morro milimetricamente planejado com pequenas casinhas de telhados alaranjados na beira do rio. Todos que estavam no ônibus deram aquele suspiro de surpresa quando começamos a entrar na cidade.

Reichsburg Cochem

Reichsburg Cochem

Descemos todos e cada um era livre o suficiente para desvendar a cidade da sua maneira. Primeiramente seguimos até uma rua, que levava a uma parte mais moderna da cidade. Ali tudo era bem organizadinho, mas não era o que estávamos procurando. Queríamos sentir aquele choque do presente com o passado, ver construções antigas e claro, nos deleitar com a paisagem.

Voltamos até a base da ponte, que tinha um tour com um trenzinho que passava por toda a cidade. O nosso guia nos havia recomendado essa viagem pelas paisagens e quantidades de informação disponíveis, porém tínhamos como umas duas horas e meia para conhecer a cidade e o único horário disponível nesse break estava lotado de trilhares de turistas chineses.

Vista linda!

Vista linda!

Fica a dica de quem quiser andar no trenzinho, mas ainda bem que nós temos pernas e vitalidade pra andar! Atravessamos a ponte e conhecemos um pouco do outro lado da cidade, mas eventualmente acabamos voltando e continuamos sempre na margem do rio, aproveitando a vista e tentando aprender um pouquinho mais da cidade.

Nesse meio tempo, fomos tentar descobrir alguma informação importante sobre o castelo. Como não conseguimos subir até lá pelo tempo, achei importante procurar alguma informação sobre o assunto. Esse lindo castelo foi construído lá pelo século XII e logo foi ocupado por um rei, que decretou o status de castelo imperial. Com a ocupação francesa na época do Rei Sol, o castelo foi destruído e apenas nos anos 1800s, o castelo foi reconstruído e continua aberto até hoje.

Reichsburg Cochem visto da estrada

Reichsburg Cochem visto da estrada

Outras coisas interessantes de se fazer em Cochem incluem o aluguel de bicicletas para explorar a cidade, fazer trilhas pelas montanhas ao redor, a degustação de vinhos em vinhedos pela região, e dependendo da época, participar de festivais específicos ou até presenciar um “Easter Market” ou até um “Christmas Market”.

Cochem é linda demais, assim como outras cidadezinhas na beira do Reno ou do Mosela com as mesmas características. Aproveitar essa atmosfera germânica longe das grandes cidades é essencial para quem vai passar uns dias na Alemanha.

Airport review: Flughafen München (MUC)

O aeroporto Franz Josef Strauss, próximo a Munique é o segundo maior aeroporto da Alemanha e serve de hub para a Lufthansa e companhias parceiras da Star Alliance. Pelo fato do aeroporto de Frankfurt estar saturado, Munique começou a receber mais voos, e atualmente está em reformas para uma terceira pista e terminal.

Este aeroporto é simplesmente um dos mais bonitos e organizados em que já estive. Em todas as ocasiões estava passeando pela cidade, e anotei alguns pontos para compartilhar aqui especialmente sobre o Terminal 2 (o maior):

Área de check in: 

Como citei antes, o aeroporto de Munique é hub para a Lufthansa e para a Star Alliance, e a área de check in fica no primeiro andar, logo após as escadas rolantes. Existe um elevador bem amplo para quem tem malas maiores. Para fazer o check-in, primeiramente é necessário imprimir os cartões de embarque numas maquininhas, e depois se dirigir à área de check in das malas. Dificilmente existem filas e o processo é bem rápido.

Raio-x e afins: 

As filas tendem a ser um pouco maiores devido à qualidade da revista feita pelos policiais. Se existe pressa, é melhor passar logo por essa região.

Restaurantes e alimentação em geral:

Antes e depois da área de check-in, existe uma enorme variedade de restaurantes, bares e lanches, e todos de boa qualidade. Eu recomendo ir para o bar da Erdinger, logo na frente do desembarque onde é possível tomar a cerveja mais popular da Alemanha ao mesmo tempo assistindo a um jogo de qualquer esporte, e comendo boa comida.

Informação para o turista: 

O balcão fica em frente ao desembarque, onde gentis atendentes que falem inglês tiram as principais dúvidas do turista. Eles também dão mapas e panfletos da cidade, se pedir.

Transporte para o centro da cidade: 

Existem as linhas S1 (azul claro) e S8 (preto) do metrô que saem do aeroporto em direção ao centro. Ali perto do desembarque existe uma máquina onde é possível comprar a passagem, disponibilizada em alemão, inglês e francês por exemplo. Comprando o Single day ticket é possível pegar o trem e ainda poder andar um pouco mais no metrô pelo resto do dia.

Como pegar esse trem?

É necessário sair do terminal 2 e entrar no prédio à frente, com uma grande letra S em verde (símbolo do sistema de trens). Esse terminal do S-bahn é bem grande e tem vários restaurantes e lojas de todo o tipo. Tem que descer a escada rolante e ir para o lado esquerdo, de onde parte a linha S8, que chega ao centro bem mais rápido que a S1 por causa da quantidade de paradas. Existem paineis mostrando quanto tempo falta para a chegada do trem, e que horas o trem partirá.

Mapa do metrô e trens de Munique

Mapa do metrô e trens de Munique

Wi-fi e internet: 

Existe wi-fi grátis por 30 minutos. É preciso fazer um pequeno cadastro, e logo logo a internet será disponibilizada. Após os 30 minutos pode-se conseguir um maior tempo de conexão, mediante pagamento no cartão de crédito.

Tomadas: 

Existem tomadas em lugares específicos tanto antes e depois do check-in. Não falta energia para ninguém.

Dormir no aeroporto: 

Caso exista necessidade de pernoitar no aeroporto, existem dois hoteis na região do aeroporto. Caso gastar dinheiro por lá não seja uma prioridade, é possível dormir sim, mas o aeroporto só disponibiliza camas em períodos de calamidade, como uma nevasca que feche as pistas.

Duty free:

O Duty free de Munique é bom e amplo, e vários produtos são vendidos a bons preços lá. Ponto de atenção negativo é a falta de cerveja alemã à venda por lá.

Como já citei antes, o aeroporto de Munique é organizado e bem confortável. Ele é totalmente preparado para passageiros em conexão

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Castelos à vista!

Encantador! Esse é o adjetivo que melhor descreve a vista de várias cidadezinhas nas margens do rio Reno, na Alemanha. Junto com o Volga e o Danúbio, o Reno é um dos rios mais conhecidos da Europa e possui tanto importância histórica, econômica e turística. O rio Reno passa por 7 países. Ele começa na Suíça, bordeia Liechtenstein, a Áustria e a França, atravessa uma boa parte na Alemanha e deságua na Holanda.

Desde a Idade Média, a região começou a ser muito visada por reis que procuravam fixar seus feudos ali, e os primeiros castelos foram surgindo no topo das montanhas. Com o passar dos anos, os feudos foram se extinguindo e os castelos começaram a servir de postos aduaneiros, devido à crescente importância econômica das cidades da região.

O vale do Reno na Alemanha é utilizado para fins turísticos desde o século XIX, o tornando uma das rotas turísticas mais antigas do mundo. De certeza a beleza natural das montanhas logo às margens dos rios, as cidadezinhas tipicamente alemãs e os famosos castelos ajudaram muito para isso.

Outra curiosidade sobre o Vale do Reno é que suas cidades, junto com as do Vale do Rühr ali perto compilam uma das regiões industriais de maior importância do mundo, e um também grande aglomerado populacional. A importância dessas indústrias para o mundo também é antiga, sendo base para algumas das poderosas empresas químicas e automobilísticas do país. A França chegou até a invadir a região do Ruhr logo depois da Primeira Guerra Mundial alegando que as indústrias também entraria na “reparação” devida à ela.

Eu fui para o Reno em 2010, e peguei um cruzeiro simplesmente magnífico! O ônibus nos deixou no cais de uma cidadezinha (JURO que não lembro o nome, acho que foi Bopard) e logo entramos no cruzeiro com a passagem disponibilizada pelo tour. Ficamos cerca de duas horas no cruzeiro e aproveitamos para comer alguma coisa.

A comida do cruzeiro estava uma delícia mas procuramos não nos atentar muito nisso. O impressionante era a vista! Você virava a cabeça para um lado e via um castelo. Virava para outro e via uma vila. Depois aparecia outro castelo e ficava babando de novo. Era como um ciclo sem fim!

Única imagem decente de castelo que consegui tirar

Única imagem decente de castelo que consegui tirar

Além dos castelos, se via estruturas também muito antigas, e muitos, mas muitos vinhedos! Os vinhos daquela região são bem conhecidos e existem vários lugares para degustação. Certamente, um lugar certo para histórias de conto de fadas acontecerem era por ali!

Chegamos em Rudesheim e tivemos que pegar o ônibus em direção à Frankfurt. Foi um bom fim de viagem de vistas inesquecíveis! Definitivamente, o Reno e sua região são dignos de serem visitados. Da próxima vez, vou ficar nas cidadezinhas e me hospedar em burgos (sim!).

Rüdeshein am Rhein

Rüdeshein am Rhein

A cidade mais linda do mundo!

Pelo menos foi a mais linda que eu visitei até agora, sem sombra de dúvida! Budapeste é sensacional, Roma é milenar, Praga é incrível, Munique arrasa, mas Rothenburg ob der Tauber parece que saiu de um filme!

E na verdade, ela serviu de inspiração para a cidade aonde o Pinóquio (sim, o bonequinho de madeira cujo nariz crescia quando ele mentia) morava, e onde passou suas aventuras. Quando eu descobri isso, pra mim tudo fazia sentido! A cidade sempre me pareceu um tantão familiar.

Poster de 1940 do Pinóquio

Poster de 1940 do Pinóquio

Mas o que deixa essa cidade tão bonita?

Primeiro uma muralha! Ela cerca toda a cidade, e é possível subir em escadas que ligam corredores suspensos que cercam toda a extensão da cidade. Muitas dessas escadas são originais (como a que eu subi), e ainda são de madeira e bem estreitas. Vale ressaltar que muitas dessas escadas são frágeis pelo desgaste do tempo, então tem que ter muita prudência na hora de subir nelas.

Mas a sensação de andar em uma muralha construída na época medieval é incrível! Ela não só protegeu Rothenburg ob der Tauber durante guerras, mas impediu que a peste negra entrasse na cidade com mais força. Ela possui “janelas” estratégicas, usadas para colocar armas, para proteção da cidade.

"Janela" da muralha

“Janela” da muralha

Muitas cidades da Alemanha e da Europa tem muralhas, tipo a incrível Carcassone, na França (sonho meu de ir até lá), mas o que adiciona um charme extra a Rothenburg ob der Tauber?

Lojinhas de miniaturas!

Todas as ruas de Rotheburg ob der Tauber tem lojas de souvenirs. Outras são mais especiais, e vendem apenas miniaturas de animais e ursos de pelúcia! Mas não é qualquer tipo de quinquilharia não. Essas miniaturas geralmente vem com música, rodam, além de serem muito lindas! Os ursinhos também. Tem de todos os tamanhos, cores e tipos. Tinha um Teddy gigante na frente de uma loja onde todos os turistas ~menos eu~ tiravam foto.

Na primeira janela do primeiro andar, um ursinho de pelúcia "brincava" de soltar bolhas - e com música!

Na primeira janela do primeiro andar, um ursinho de pelúcia “brincava” de soltar bolhas – e com música!

Vale lembar que o Gepeto, o “pai” do Pinóquio, fabricava cucos. As lojas de Rothenburg ob der Tauber são cheias de cucos! Uns maiores, outros menores, caros e baratos. Outro caso em que a arte imita a vida.

Outra coisa que deixa Rotheburg única é a arquitetura dos seus prédios. Eles são bem aquilo que consideramos uma “arquitetura Germânica”, o que realmente a descaracteriza de algumas outras cidades da Alemanha mais modernas, mas que ao mesmo tempo a deixa puramente alemã.

Vista aérea de Rothenburg ob der Tauber

Vista aérea de Rothenburg ob der Tauber

Praça principal de Rothenburg

Praça principal da cidade

Rothenburg ainda é a capital do Pretzel na Baviera! A cidade é cheia de padarias especializada em Pretzels, que estão cheias de muitos outros tipos de doces, claro.

Quando eu fui até lá, eu não era muito o tipo da pessoa que pesquisava tudo sobre viagens na internet. Acabei descobrindo muita coisa da cidade só depois. Um lugar que me arrependi de não ter ido ~porque eu não sabia da existência~ é o museu da tortura medieval. Pode parecer grotesco, mas Rothenburg é o tipo de cidade onde esse tipo de coisa poderia acontecer com mais força na Baviera medieval. Se tem algum lugar para se saber de torturas, lá pode ser o lugar. ;)

Eu ainda volto a Rothenburg. Sabe por que? Não comprei nenhum cuco nem nenhuma miniatura por falta de dinheiro, e além do mais, passei pouco tempo apreciando essa cidade, que realmente dá uma impressão de volta no tempo imediata. Parece que o tempo parou ali.

Sugestão de quando ir? Fim do ano! Uma das Winter Fairs mais conhecidas e pitorescas da Alemanha acontece lá. Como fui no verão, ir no inverno pode me dar uma nova perspectiva – e mais fotos.

É possível chegar a Rothenburg por trem ou pela Autobahn A7. A cidade fica bem perto de Nuremberg, e fica mais ou menos na metade do caminho entre Frankfurt e Munique. Após chegar na cidade, procurar a entrada da cidade medieval, já que existe uma outra cidade – mais moderninha – do lado de fora.

O sonho bávaro

A primeira vez que eu fui à Alemanha foi em 2010 com a minha família, e acabei não conhecendo muitas cidades, somente Frankfurt, Munique, Cochem, que é uma cidadezinha à beira do rio Mosela, e Rothenburg ob der Tauber, a cidade mais linda que eu visitei em toda a minha vida, que deu inspiração à cidade aonde o Pinóquio (sim, o do filme) morava!

Em meados do ano passado, comecei a planejar uma nova viagem com a minha mãe, e bateu a vontade de voltar a Munique pra conhecer um pouquinho mais, e relembrar bons momentos de 2010.

A primeira parada dessa viagem foi Milão. Depois de passar o natal por lá, fomos direto pra Munique. Saímos de Malpensa por volta do meio-dia, onde pegamos nosso voo pra Munique. Compramos nossas passagens no site da Lufthansa, mas o nosso voo era operado por outra companhia, a Air Dolomiti. Essa empresa é italiana, mas tinha sido adquirida pela Lufthansa algum tempo antes, e no nosso trecho, as aeronaves eram da Embraer.

O voo foi super confortável, recebemos chocolates italianos e lencinhos umedecidos. Acabei nem provando os chocolates, por eles serem amargos. Não sou muito fã.

Pouco mais de 1h no avião, e chegamos em Munique. O aeroporto é muito grande e cheio de opções de restaurantes, lojas, entretenimento e bares. Apesar do aeroporto de Malpensa ter muita coisa, o de Munique era maior, mais organizado e mais clean, de uma maneira geral.

Depois de me deslumbrar um pouco com o aeroporto, busquei alguma informação de onde comprar a passagem de trem para sair do aeroporto. Existem duas linhas do metrô (S1 e S8) que saem do aeroporto, e que levam à diversas estações depois. Não sei informar se existe algum tipo de carteirinha de estudantes, ou um ticket semanal ou mensal. Acabei comprando a passagem única em uma máquina bem no meio do aeroporto. Cada uma (uma pra mim, e outra pra minha mãe) saiu por €10,40 cada. Achei caro.

Enfim, saímos do terminal 2 em direção à estação de trem que fica bem em frente ao aeroporto. Como era dezembro, havia uma “winter fair” em um espaço entre a estação e o terminal. Era a coisa mais linda! Cada barraquinha feita de madeira à mão, com detalhes natalinos, de neve, e algumas luzinhas coloridas enfeitavam o lugar! Pra completar, uma música do clima agradou muito!

Essas barraquinhas vendiam muitos produtos artesanais, como meias, luvas, chocolates, o Bratwurst (pão com salsichão), uma espécie de maçã do amor. Tudo muito lindo e encantador!

Outro detalhe muito importante era a temperatura. Naquele dia em Munique, estava quente! 13 graus numa época em que o normal é -10! Definitivamente levamos o calor do Amazonas pra Alemanha! ;)

Precisávamos ir ao nosso hotel. Segundo direções na internet, era só pegar a linha S8 em direção à estação Rosenheimer Platz, e que teria um elevador bem na estação de metrô. Dito e feito. Achamos o tal elevador e já saímos no saguão do hotel.

Era 25 de Dezembro, e na Alemanha, nada, absolutamente nada funciona!!! Fomos dar uma volta ao redor mas tudo estava fechado. Super triste. Nem deu pra acreditar que no meio de uma das cidades mais importantes da Europa, não se via uma alma na rua! Dei um desconto por que era natal…

No dia seguinte, faríamos um passeio pela Bavária. Iríamos a Linderhof, a Oberhammagau e ao castelo de Neuschwanstein, que até então era o meu sonho de viagem!

Era.

O passeio pra Linderhof foi incrível! Jamais pensei que gostaria tanto. Na verdade, até comprar o ticket no conceirge do hotel, nem sabia da existência dele. O Ludwig II, o rei louco da Baviera construiu esse palacete para descansar e passar alguns momentos de paz. Vale a visita! Tudo muito lindo, e parecia até uma casinha de boneca!

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Palacete de Linderhof

Depois de Linderhof, fomos direto à cidadezinha de Oberhammagau, que é conhecida mundialmente pelas pinturas em todas as paredes das casas da cidade, e principalmente pela encenação da Paixão de Cristo, que acontece uma vez por década, e que envolve todos os 5000 habitantes da cidade. Vale ressaltar que essa encenação acontece desde o século XIV.

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Exemplo de pintura nas paredes, presentes em quase todas as cidades de Oberhammagau

Então, partimos pra Hohenschwangau, o povoadozinho que fica no sopé do castelo de Neuschwanstein. Eu estava prestes a realizar meu sonho, mas acabei sofrendo um acidente, e o tempo que eu passaria visitando o castelo, acabou sendo passado no hospital. Saí de muleta e tudo. Claro que saí arrasada por não ter realizado meu sonho, mas também (ou pior ainda) de ter passado o que eu passei por lá.

Mas o fato do meu pé estar machucado não impediu em nada o prosseguimento da viagem. No dia seguinte fomos a Viena, onde passamos 3 dias de muito frio e dor no pé. Mas nós voltaríamos a Munique no dia 30. O clima do réveillon estava no ar, e todo mundo foi celebrar nas ruas!

Acabamos por fazer o mesmo trecho – compra ticket no aeroporto, vai para a S8, mas dessa vez, nós iríamos a um hotel em Marienplatz – praça mais famosa de Munique. Só que eu não me lembrava exatamente como fazia pra chegar no hotel. Minha mãe se estressou comigo, e quando eu vi, já estávamos na Platzl, em frente ao Hofbräuhaus. Dali eu já sabia como fazer pra chegar no Hotel!

Depois de uma boa noite de sono, fomos desbravar uma Munique ainda com muitas lojas fechadas – era 31 de dezembro. Andamos bastante, e fomos conhecer muitas coisas da cidade que ainda não conhecíamos.

Realmente Munique é apaixonante. Eu moraria lá muito fácil. Pra completar, fui comer em um restaurante japonês em Platzl, onde comi os melhores sashimis da minha vida! Juro que quis ir contemplar algo bem alemão, como o Hofbräuhaus, mas as filas sempre eram enormes, e já tava muito mais frio do que os 13 graus da chegada.

Voltamos à Marienplatz pra ver os fogos de artifícios da virada do ano. Chegamos umas 22:30, e ainda não tinha muita gente, mas o frio estava cortante! Logo tudo começou a lotar, e as pessoas são livres para soltar fogos de artifício. Quanto mais lotado, mais perigosos esses fogos estavam! Estávamos na capital mundial da cerveja, e já tinha muita gente bêbada por lá. Os fogos estavam saindo pra todos os lados…

Deu meia noite, e os fogos de artifício da prefeitura – os oficiais – começaram a iluminar o céu. As badaladas do cuco do Rathaus também deram a entender que 2013 tinha chegado, e com grande estilo!

No dia seguinte, bem cedo, tínhamos que voltar ao aeroporto pra pegar o nosso voo pra Milão antes de voltar ao Brasil. Nunca eu vi um lugar tão deserto em toda a minha vida! No metrô, só um grupo de turistas chineses. Ressaca estava certamente comandando tudo por lá.

Eu sinceramente queria ter conhecido mais da Baviera. Infelizmente não ter ido à Neuschwanstein foi um fato bem triste, mas ainda existem outras oportunidades com certeza. Fora isso, existe uma infinidade de lugares interessantes que já coloquei na minha lista de turismo, como passear pelas lindas ruas de Nürnberg, ver um teatro de marionetes de Augsburg, visitar o campo de concentração de Dachau, voltar a Rothenburg ob der Tauber e comprar muitas miniaturas e cucos, além de conhecer outros lugares que não tive oportunidades de ir em Munique, como o Olympiapark, o Deutches Museum, e assistir um jogo do meu Bayern lá na Allianz Arena, certo?!