Vai um tinto aí?

Nas aulas de História do Brasil aprendemos que o café foi a base da economia brasileira até o crack de 1929, e que nosso café era conhecido mundialmente pelo seu sabor único e exótico. Na verdade, lendo um pouco mais sobre o assunto, recebi uma informação de que o café brasileiro abriu as portas para o consumo mundial lá pelo século XIX.

Realmente nosso café é muito gostoso e o Brasil é líder na produção mundial, mas eu como boa latina quando penso em café, penso na Colômbia! Essa associação vem do ótimo papel que a marca Juan Valdez e sua mulinha fizeram para à associação do café com o colombiano comum.

Primeiramente o café foi cultivado por missionários espanhóis na região andina da Colômbia, e por volta do século XIX a produção cresceu ao mesmo tempo que a população ia aos poucos colonizando a região. Lá pelos anos 60, a modernização das fazendas levou a um aumento da produção, que aliadas à constantes pesquisas de desenvolvimento e inovação junto à promoção do seu produto fazem com que o café da Colômbia seja vanguarda mundial no assunto.

Falando em vanguarda, quando eu vou pra lá meus primos fazem o famoso “tinto” (que é café escuro) o tempo todo. E o tinto é tão delicioso que o gosto do café fica sutil, sem ser sem gosto. Simplesmente no ponto!

Lá eles fazem o tinto primeiramente esquentando a água num pequeno bule, depois simplesmente adicionavam um tipo de pó de café e pronto. A diferença dele pro nosso café brasileiro é que o tinto é mais suave e mais ralo. Como citei antes, simplesmente certinho!

Se eu quisesse colocar açúcar, creme, leite ou qualquer outra coisa no café, eu estava livre, mas só daquele jeito, o tinto clássico, já é bom. O engraçado foi que eu tentei fazer o mesmo processo que aprendi na Colômbia no meu intercâmbio lá na Rússia com um café brasileiro e não deu certo! (Leia-se: ficou horrível, risos).

O café na Colômbia é uma bebida de confraternização, de amizade, de informalidade. Por lá, talvez a bebida mais semelhante nesses tipos de confraternizações seja o aguardente, mas nada que tire a majestade do café.

Existem também tours especializados conhecidos como “rota do café” que englobam os departamentos de Risaralda, Quindío e Caldas, onde o povo já é acostumado com vários turistas do mundo todo interessados em conhecer a produção cafeeira da região. Por lá também existem hotéis fazenda muito chiques!

Esqueça o aguardente e beba logo café! Tenho certeza que o café colombiano não é igual a nenhum outro!