Olá novamente! Esse texto é a continuação deste aqui, onde comecei a falar sobre a grade do primeiro período do curso de Arquitetura e Urbanismo. O primeiro texto focou nas 4 matérias mais gerais desse semestre, e agora vou falar das outras 4 disciplinas que tivemos. Também vou falar o que é, o que eu achei, e se é difícil ou não.
(spoiler: o próximo post vai ser sobre viagens!)
5. Introdução à Profissão do Arquiteto
Acho que é comum que a maioria dos cursos possuam uma matéria introdutória, seja de algum conteúdo importante, ou da carreira, como é o caso dessa disciplina. Quando eu estudei Economia, eu tive Introdução à Economia: Micro e também a Introdução à Economia: Macro. Nesses dois casos, essa introdução focava nas duas grandes casas da economia, que derivam muitas outras áreas do estudo. Agora no caso de IPA, não foi uma introdução ao estudo da arquitetura, e sim, das áreas de atuação e outras reflexões sobre a carreira do arquiteto.
Essa matéria foi bem curtinha, com apenas uma aula por semana. A maior parte das aulas se direcionaram ao trabalho prático, que foi a idealização de um objeto escultórico. Eu até gostei do meu, mas houveram uma série de erros de interpretação que comprometeram o resultado final (minha culpa, mas fica a lição).
Nessa disciplina, tivemos uma ideia de como o arquiteto lida com as situações da vida prática, e aprendi algumas coisinhas logo de cara, como por exemplo, o que é um lugar e um não lugar (das pequenas coisas óbvias que não conseguíamos explicar com os termos corretos).
6. Expressão 1 – Desenho de Observação

Snapgram de hoje! Ainda estava finalizando o desenho do passarinho, ele ficou bem mais bonito!
O período termina na terça feira e essa é a única matéria que falta terminar. Infelizmente houve um problema de falta de professor no início do semestre, e por causa disso, demoramos a começar as aulas. Então estamos tendo reposição de aulas todos os dias e sempre desenhando como loucos!
Como o nome da matéria já diz, é desenho de observação, ou seja, o professor normalmente passa um desenho e temos que copiá-lo. Ele dá as técnicas necessárias para preparar o desenho e nós as reproduzimos da nossa maneira. A princípio trabalhamos só com grafite, mas nessa última semana, estamos utilizando lápis de cor aquarelável.
Acontece que eu nunca me achei boa desenhista. Eu tento ser esforçada e dar o melhor em todos os meus trabalhos, e o fato de ser detalhista me ajuda a por mais carinho nos desenhos. Pois todo esse cuidado trouxe resultados incríveis! Nem parece que fui eu que desenhei aquilo, haha.
Eu desenhei um pássaro com uma expressão tão real (ele parecia bem raivoso), que me orgulhei imensamente! Isso provou que eu posso desenhar sim! Então se você achar que para fazer Arquitetura é necessário desenhar bem, fique tranquilo que essa habilidade você vai desenvolver aos poucos!
Os materiais necessários para essa disciplina foram papel A3 para desenho (gramatura de preferência de 180 a 200g), lápis B (comprei do HB até o 6B), borracha para desenho, portfólio A3, pasta A3 com alça e lápis de cor aquarelável.
7. Expressão 2 – Desenho na Arquitetura

Detalhes de algumas árvores que desenhamos para Expressão 2
Na verdade, essa é uma matéria do segundo período, mas que foi adiantada para este semestre. No lugar dela teríamos aula de Fotografia, mas esta vai ficar para o 2017/2.
Essa aula de desenho é diferente da anterior. Esses desenhos são mais técnicos, com o objetivo de desenharmos plantas baixas no final do semestre. Nessa matéria muitos materiais foram pedidos e utilizados, como o papel A2 milimetrado, tubo ou pasta para guardar papel (comprei o tubo), grafites 0.5 e 0.9, canetinhas de ponta fina e de ponta grossa, escalímetro, e canetas nanquim pretas de espessuras variadas (utilizei as canetas nanquim descartáveis 0.05, 0.2, 0.5, 0.8 e 1.0, fora uma coleção de Stabilos coloridas 0.4 – e também ganhei um conjunto de colecionador de nanquins recarregáveis, mas que nunca utilizei)
A princípio começamos escrevendo linhas e letras, daí treinamos a mão livre e criamos o nosso padrão de alfabeto. Aos poucos o professor ia explicando a notação de paredes de concreto, tijolo, madeira, etc. Também aprendemos a desenhar árvores e outros tipos de vegetação para planta baixa. Depois aprendemos a fazer uma planta baixa de uma casa e de um prédio.
Nessas plantas baixas temos que indicar tudo: paredes, piso, iluminação, portas, janelas altas e baixas, tomadas, interruptores, telhado. Foi uma matéria trabalhosa, mas que no fim, gostei de fazer.
8. Estudo da Forma 1

Uma das minhas maquetes favoritas de Forma: a Adição em Malha (Não é igual à malha da segunda maquete)
Essa disciplina, de longe, foi a mais trabalhosa de todas! Não achei ela ruim nem chata, mas tiveram altos momentos de tensão durante o semestre.
Em Forma, aprendemos os princípios das maquetes, sendo que nesse semestre o foco seria o volume. Toda semana teríamos que entregar no mínimo uma maquete inspirada nos assuntos que o professor passava, inspirados em Ching.
Forma acabou se tornando difícil para muitos alunos pelo fato de que as maquetes consomem muito tempo e atenção das pessoas. Às vezes as pessoas tinham dificuldade na gestão de tempo e acabavam virando a noite cortando e colando papeis. Felizmente isso nunca aconteceu comigo e sempre entreguei minhas maquetes a tempo, e sem perder muito sono.
Acabamos utilizando muitos materiais que muitos (eu inclusa) ainda não haviam utilizado. Durante todo o semestre, cada um teve que comprar MUITOS papeis coloridos, MUITO papel triplex ou cartolina de gramatura alta, MUITO papel paraná, MUITAS seringas, cola de contato, cola de silicone (gostava de usar as duas), espátula, tábua de corte, estilete, régua de metal, lixas, esquadros, e ainda tivemos que arrumar um caderno A3 para que pudéssemos anotar nossos projetos de maquete.
Como utilizamos estilete, teve muita gente que se cortou. Felizmente acidentes ainda não aconteceram comigo, mas não fiquei isenta dos machucados. Nas duas primeiras maquetes eu ainda estava me adaptando a como cortar direito com o estilete e criei um calo no meu dedo indicador direito. Um belo dia esse calo abriu e ardeu bastante, e essa parte do meu dedo já ficou com a pele mais grossa que o normal. *eyeroll*
Sobre a minha evolução na disciplina: comecei mal, já que algumas peças da minha primeira maquete não estavam perfeitas. Ainda inventei de lixar algumas arestas e o professor reclamou muito disso, pois elas pareciam que tinham sido cortadas com lâmina cega, e acabei levando 7. A segunda maquete ele pensou que estava incompleta, pois o assunto era malhas, e a minha intenção era evidenciar um desenho que seria feito com as sombras dos módulos. Ele achou vazia e me deu nota 7.
Sempre busquei ouvir os conselhos dele e sempre comparei meu trabalho com os outros, e sempre quis melhorar para conseguir os elogios! A partir da terceira ele começou a elogiar mais o meu trabalho e mantive boas notas por bastante tempo! Nunca tirei 10, mas tirei algumas notas 8.5, 9 e 9.5.
Sempre pedia feedbacks e sentia que eu evoluía a cada semana. Eu queria muito que ele fizesse duas coisas comigo: os bons trabalhos ele tirava foto, e estas serão mostradas para os nossos calouros se inspirarem, e às vezes (mais raramente), ele chamava a atenção da sala para mostrar uma maquete que ele considerasse boa. Ele tirou foto de todas as minhas maquetes, com exceção das duas primeiras e da última, e ele mostrou uma maquete minha para a sala uma vez. Isso te faz sentir bem, sério, haha.
A última maquete eram 3 em 1. Eu gostei muito de uma e foi a que eu tive melhor nota. As outras duas eu não gostei e também não tive inspiração para melhorar. Minhas notas nessas duas foram menores do que eu já estava me acostumando a receber, mas também não foi uma tragédia.
Ainda existe a parte 2 dessa matéria, que vai acontecer agora em 2017/2. Já estou curiosa para o que vai acontecer.
Enfim, felizmente não reprovei em nada!! Agora é torcer para continuar assim! Provavelmente em dezembro (quando termina o próximo período da faculdade), vou dizer como foram as disciplinas, e espero também ter passado em tudo.