A importância de salvar fotos

O último post que escrevi foi no dia 5 de setembro de 2017. Quanto tempo! Primeiramente tenho que dizer que tem vezes que eu não consigo dar sequência às coisas. Às vezes posto muitas fotos e depois paro. Publico textos seguidos aqui e depois paro. Começo a academia e depois paro. Começo a cuidar da minha saúde e depois paro.

Depois. Sempre confio no depois. Depois eu termino. Mas tem vezes que depois eu não termino e depois paro. Foi isso que aconteceu com Minas Gerais.

Dos lugares no Brasil que eu mais queria conhecer, Minas Gerais encabeçava minha lista! Amo história, construções coloniais, e claro, um pouco de vida cosmopolita. Achei Belo Horizonte organizadíssima, com ótimos restaurantes, pessoas bonitas e educadas. O interior é lindo demais e eu tenho muitas pautas para postar aqui. Mas depois.

Eu absolutamente não tenho nada que reclamar da minha semana mineira. Reencontrei alguns amigos que fiz quando morava em Budapeste, visitei a faculdade onde meu avô estudou, e claro, conheci muitas coisas que vi nos livros de história.

Mas depois… cheguei na minha casa e demorei para salvar as fotos que tirei. Levei a minha câmera e o meu celular. Selfies e fotos onde eu aparecia de corpo inteiro nos lugares ficaram todas no celular. A câmera, como quase sempre, ficou com as fotos dos detalhes, dos prédios e de situações inusitadas, ou seja, não apareci em nenhuma fotografia.

Confiei na tecnologia e um belo dia desliguei meu celular para economizar bateria (o bichinho já não está nas melhores condições). Quando o liguei de novo, tudo havia desaparecido! Contatos, aplicativos e as FOTOS. Tudo que estava no cartão de memória misteriosamente sumiu! Só porque eu desliguei o celular!

Muitos momentos desapareceram, não só da viagem como outros! Para uma pessoa que gosta de conservar momentos e memórias como eu, perder isso foi como levar um tapa na cara, um soco no estômago! Isso me afetou tanto que eu perdi a empolgação de postar, tanto aqui, quanto no Instagram. Se eu já perco sequência de postagem normalmente, imagina com uma situação dessas!

O “prêmio de consolação” foi saber que as fotos da câmera ainda estavam lá, mas elas não provam que eu estive em Minas Gerais porque… eu não apareço nelas. Tirando umas 5 fotos que postei no meu Instagram pessoal e as histórias, não tenho mais nenhum registro do meu rosto em terrinhas mineiras.

Temos sempre que aprender algo com nossos erros, não? Eu recentemente voltei de uma viagem longa e maravilhosa para Bogotá! Eu iria visitar a terrinha há uns dois anos, e tive que cancelar a viagem abruptamente uma semana antes. Dessa vez correu tudo bem, e tenho muito conteúdo novo pra escrever, mas o mais importante foi que eu consegui salvar as fotos dessa viagem em lugares seguros, e mesmo que o meu telefone surte e apague tudo de novo, elas não se perderão!

Essa viagem me deu fôlego novo pra escrever, e quero muito poder compartilhar ao máximo tudo que vi e apreendi (fora as outras coisas que queria escrever sobre outros lugares e situações).

É isto. Obrigada por chegarem até aqui! :) <3

 

 

Visitas guiadas no Teatro Solís

O Teatro Solís é um dos principais pontos de interesse de Montevidéu, e não tem como não notar sua forte presença no centro da capital uruguaia. Como sou apaixonada por teatros e qualquer construção que envolva arte e cultura, a visita ali é indispensável.

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Fachada

O que é?

O Teatro Solís é a mais famosa casa de espetáculos de Montevidéu. Suas origens remontam a meados do século XIX, quando arquitetos na cidade começaram a esboçar um projeto que criaria um teatro com condições de tornar a capital do Uruguai num importante centro da ópera.

Sua abertura oficial neste exato lugar ocorreu no ano de 1856, e o teatro permaneceu aberto até 1998, quando se iniciou uma grande renovação. Em 2004, o teatro foi reaberto ao público, onde permanece aberto à visitações e a espetáculos desde então.

Acompanhe também: Minha opinião sobre o Bus Turístico de Montevidéu

Onde fica e como visitar?

O Teatro Solís se localiza bem perto da Plaza Independencia, próximo à Cidade Velha, no cruzamento entre as avenidas Buenos Aires e Bartolomé Mitre. É totalmente possível de encaixar a visita guiada no dia que der para fazer os passeios no centro de Montevidéu.

Dependendo do dia da semana, os horários de visitação podem variar. O site do teatro apresenta todos os horários disponíveis para a visita guiada, e o tour em português custa só $60, bem baratinho!

O dia que conheci o Teatro Solís foi uma terça feira, e só tinha um horário de visitação disponível (16h). Mesmo assim, não precisa ter pressa em comprar os ingressos, já que a bilheteria só abre 30 minutos antes das visitas.

Acompanhe também: Almoçando no Mercado del Puerto

Como é a visita e o que vemos?

Como eu falei um pouco acima, a visita guiada pode ser feita em português, e o nosso guia foi um uruguaio que falava um bom português, ainda com sotaque, mas sem problemas para compreender os fatos.

Ele contou a história do Teatro, fundação, origem dos materiais, estilo de arquitetura, curiosidades, origem do nome Solís, por que aquelas coisas funcionavam daquele determinado jeito, e por aí vai.

O grupo devia ter pelo menos uns 20 brasileiros (eu acredito que tinha mais gente no tour em português do que o de espanhol!), mas não foi difícil de acompanhar ou de escutar o guia.

A visita guiada começa no lado de fora, passa por uma espécie de hall onde as pessoas costumavam fazer o social antes das apresentações e termina no camarote, onde podemos tirar fotos e apreciar a beleza do local.

Durante esse tempo, o guia fica contando fatos interessantes sobre o teatro, construção e outros afins.

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Vale a pena visitar?

Então, eu acho que vale a pena visitar o Teatro Solís sim. O ingresso tem valor barato, é próximo ao centro histórico de Montevidéu e da Plaza Independencia, e querendo ou não, o Teatro Solís é um dos símbolos uruguaios mais importantes.

A visita não é longa: leva aproximadamente 45 minutos do início ao fim. Dessa maneira, uma visita ali não compromete outras coisas para fazer durante o dia.

Apesar de não ser tão vibrante em cores e ouro quanto o Teatro Colón ou a Ópera de Viena (duas das casas de espetáculo mais conhecidas do mundo), o Teatro Solís tem seu charme, fazendo com que ali seja um local agradabilíssimo.

 

Vida na Irlanda: Phoenix Park em Dublin

Escrito por Larissa Pinheiro

Olá, gente! É preciso dizer antes de mais nada que é um prazer iniciar essa coluna aqui no blog da minha amiga Camilla Sandoval. Muito obrigada por me ceder esse espaço. Vamos às introduções: meu nome é Larissa, tenho 25 anos e atualmente moro na Irlanda, numa pequena cidade chamada Strokestown localizada no condado de Roscommon. Sou natural da cidade de Manaus no Estado do Amazonas, onde morei maior parte da minha vida. E pra falar de Irlanda não tem maneira melhor de começar essa categoria falando sobre um dos meus lugares favoritos daqui que é o Phoenix Park.

O Phoenix Park é considerado o maior parque da Europa. Ele possui 700 hectares (7 milhões de metros quadrados). Se você achava que o Central Park em Nova Iorque era grande, o Phoenix Park é muito maior!

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Um pouco sobre

O Parque foi inaugurado no ano de 1662 pelo mais ilustre vice rei da Irlanda, James Butler, duque de Ormond, em nome do rei Charles II. Sua área já foi muito maior no passado, hoje em dia ele se estende até quase Kilmainham, lado sul do Rio Liffey.

Natureza

Muita gente conhece o lugar pelos cervos (veados) que lá habitam. Sim, existem muitos morando lá e muitas pessoas vão para conhecê-los, alimentá-los (eles amam cenouras, vá preparado!) e, claro, tirar muitas selfies com os amiguinhos. O parque possui uma natureza incrível e 30% de sua área é coberta por árvores.

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Atrações

Afinal, o que tem pra fazer no tal Phoenix Park? Vamos lá a lista de lugares para conhecer dentro do parque.

  • Dublin Zoo
  • Pope’s cross
  • A casa do Presidente da Irlanda
  • Wellington Monument (maior obelisco da Europa)
  • Magazine Fort
  • People’s garden
  • Farmleigh
  • Ashtown Castle

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Como chegar?

O parque fica localizado em Dublin 8 próximo a estação de trem e LUAS (metrô de superfície da cidade) Heuston. Meu conselho, caso você queira aproveitar bem sua ida ao parque e conhecer todas ou a maioria das atrações, poupe suas perninhas e pegue o ônibus (25, 26, 37, 38, 39, 70 ou 46A) ou se preferir pegue o LUAS linha vermelha até a estação Heuston.

Vale muito a pena uma tarde no Phoenix Park em qualquer época do ano. Mas o verão, em especial, é ideal! Mesmo que você não veja todas as atrações é bom ir lá pra relaxar, tomar um sol, encontrar os amigos, ler um livro ou, caso você tenha bicicleta a sua ida ao parque se  torna muito mais interessante, lá tem uma ciclovia bem grande por todo o parque.

Obelisco

Obelisco

Bom, esse foi o meu texto falando sobre o Phoenix Park e também o meu convite para todo mundo que deseja vir à Irlanda e explorar esse lindo país. Eu posso escrever mais sobre a minha querida ilha esmeralda. É só pedir que eu volto.

Para mais informações sobre o parque, acesse o site oficial do Phoenix Park!

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8 fotos imperdíveis para tirar na Colônia del Sacramento

Olá, pessoal! Hoje eu preparei uma lista especial para as pessoas que gostam de apreciar o ambiente tirando fotos. Essa foi uma paixão redescoberta há pouco tempo, e combinada a lugares marcantes, pode render imagens inesquecíveis.

Há pouco tempo conheci a Colônia del Sacramento, no Uruguai. Sonhava em conhecer esse local há muito tempo, desde o ensino médio, onde estudávamos história do Brasil. Estava tão feliz naquele dia, pois conheci um lugar em que sempre me encantava pelos livros.

Acompanhe também: O relato sobre a minha visita à Colonia del Sacramento

Já estou preparando um post de como foi o meu dia na Colônia del Sacramento assim como outras informações úteis, mas por enquanto vou listar para vocês as 8 fotografias imperdíveis que você precisa tirar nessa cidadezinha histórica do Uruguai!

  1. Farol da Colônia del Sacramento
    Farol da Colonia del Sacramento

    Farol da Colonia del Sacramento

    Essa estrutura branca é o Farol da Colonia del Sacramento, um dos marcos da cidade. Se prestar bem a atenção, existem umas ruínas que o cercam, e como a placa em destaque diz, elas pertenciam ao antigo convento de San Francisco.
    O convento foi construído pelos jesuítas em 1694 e destruído em 1704 pelos espanhóis (10 aninhos só), para dar local ao farol. Esse é um dos reflexos das disputas entre Portugal e Espanha no local: os espanhóis queriam apagar vestígios de estruturas portuguesas.

2. Muelle de Yates

Pier e Río del Plata

Pier e Río de la Plata

A Muelle de Yates (algo como Pier de Iates) não é um dos lugares mais visados da Colônia, mas foi onde eu tirei algumas das minhas melhores fotos. Depois de um tempo caminhando, ali parece ser um lugar tranquilo para relaxar e ao mesmo tempo apreciar o Río de la Plata e o que acontece ao seu redor.
Local tranquilo, calmo e organizado.

3. Azulejos portugueses

Mapa da Colonia del Sacramento nos azulejos

Mapa da Colonia del Sacramento nos azulejos

Como Colonia del Sacramento é uma cidade que conseguiu manter muitas características coloniais de Portugal, em vários lugares podemos ver os clássicos azulejos portugueses: azuis e brancos.
Esse mapinha da cidade pintado em azulejos é uma graça, mas confesso que acho que eles não são portugueses de fato. Mas em todas as ruas do centro histórico, os nomes destas são indicados nesses azulejos, assim como outros prédios são adornados por eles.

4. Paseo de San Gabriel

Pracinha localizada ali

Pracinha localizada ali

O Paseo de San Gabriel é uma rua que margeia o Río de la Plata. Ela não é tão pitoresca quanto as demais ruelas da cidade, mas ainda conserva as ruas de pedrinhas, possui muitas árvores, e essa pracinha onde tirei essa foto.
Um outro lugar onde acho que acredito que dá para tirar fotos incríveis são os rochedos localizados logo abaixo: até queria ir, mas o medo de me molhar era maior, haha.

5. Margens do Río de la Plata próximo à Esquina del Faro

Pessoa nos rochedos

Pessoa nos rochedos

Na minha opinião, esse é o melhor lugar para tirar fotos mais naturais com o Río de la Plata ao fundo. Próximo ao Farol da Colonia, existem infinitas possibilidades de fotos ali.
Informal, bonito, natural e divertido. Fora o gostoso vento que bate ali.

6. Ruelas antigas

Ruelinha

Flagrada mandando snapchat no meio da ruelinha

A maioria das ruas da Colonia del Sacramento são assim – de pedra. Então o simples fato de caminhar em ruelas coloniais já é motivo para tirar muitas e muitas fotos.
Como dá pra ver, essa foto não foi da minha autoria, haha. Estava tão empolgada que estava registrando tudo!

7. Ruas novas

Rua na Colônia del Sacramento

Rua na Colonia del Sacramento

Conhecer a parte antiga da Colonia del Sacramento é imprescindível, mas caminhar pela parte nova também é muito agradável. A cidade de maneira geral é pequena, com menos de 30 mil habitantes, então já imagine que ali possui o ar gostoso de interior!
Algumas das principais ruas da parte nova da cidade são assim: arborizadas e amplas.

8. Casas antigas, em geral

Detalhes das casas

Detalhes das casas

Como Colonia é uma cidade colonial (nossa, olha o pleonasmo), muitas casinhas são assim: feitas de pedra, ou possuem uma aparência bem antiga. Cada uma é diferente entre si e possuem seu charme característico.
É fácil de se encantar com cada esquina!

 

Espero que tenham gostado! :)
Em breve, postarei um relato de como foi esse dia na Colônia del Sacramento, no Uruguai! Vou incluir informações importantes para visitantes, e tudo que você precisa saber para ir até lá!

Por dentro do Teatro Colón

Um dos principais passeios para quem vai a Buenos Aires é a visita guiada ao Teatro Colón. Este local é um dos ícones da cidade: sua localização central, importância histórica e cultural, e a combinação da arquitetura com opulência só confirmam que a visita ao teatro é imprescindível e marcante. Certamente um must go!

Tapete Vermelho

Tapete Vermelho

Antes de continuar, quero deixar claro um detalhe! A Argentina está sofrendo com uma grande inflação nos últimos tempos, então o preço de tudo subiu! Quando visitei o Teatro Colón (setembro de 2016), o ingresso custava 250 pesos. Por enquanto o preço continua o mesmo, só que não se assuste ao chegar lá e ver um valor maior ainda, numa data futura.

Para começar, este teatro demorou quase 20 anos para ser construído (1889-1908), em substituição a outro Teatro Colón bem menor, e que se localizava em outro lugar. Com a inauguração do prédio novo muitas companhias passaram a se apresentar lá, fazendo com que aos poucos o teatro se consolidasse como principal complexo artístico da cidade de Buenos Aires.

Figurinos de apresentações anteriores

Figurinos de apresentações anteriores

Figurinos de apresentações anteriores

Figurinos de apresentações anteriores

Em 2014, o National Geographic listou as 10 principais Opera Houses no mundo inteiro. De acordo com a lista, o Teatro Colón ocupa a terceira posição, e alguns dos requisitos para tanto foram a incorporação de diversos estilos arquitetônicos, a quantidade de artistas renomados que já se apresentaram ali, e a presença de um próprio departamento cênico em suas dependências.

Por motivos de curiosidade, as outras 9 Opera Houses da lista são o Teatro alla Scala em Milão, Teatro di San Carlo em Nápoles, a Royal Opera House em Londres, o Teatro Bolshoi em Moscou, a Opera House de Sydney, a Ópera de Paris, a Ópera Royal do palácio de Versailles, a Staatsoper de Viena e o Lincoln Center em New York.

Voltando a falar do Teatro Colón, a minha visita guiada foi toda em espanhol, mas foi muito tranquilo de entender e de acompanhar a guia. O Teatro é rico em detalhes e não dá para ficar nenhum momento sem prestar atenção em alguma coisa.

Atenção para o vitral

Atenção para o vitral

Os detalhes de ouro e os vitrais do teatro são belíssimos, não dá para parar de reparar.

Artigo de decoração

Artigo de decoração

Palco

Palco

O salão do teatro é gigantesco. Muitos dizem que a acústica do local é perfeita, e de fato, não podemos falar muito alto, senão era capaz de todos ali dentro nos escutarem.

Interior do teatro

Interior do teatro

Uma coisa que achei curiosa (e bem cruel) era o local que era destinado às viúvas. Elas não poderiam aparecer em público desacompanhadas, mas o direito delas visitarem o teatro era mantido. Isso era possível pois reservaram uns locais escondidos com grades onde elas ficariam ocultas, mas também não poderiam acompanhar as óperas direito.

Peça feita em um só bloco de mármore. Detalhes em relevo perfeitos.

Peça feita em um só bloco de mármore. Detalhes em relevo perfeitos.

Antigamente, os melhores lugares do teatro.

Antigamente, os melhores lugares do teatro.

O lustre também é magnífico! Sou fã dessas estruturas, e assim como em muitos teatros, existe uma sistemática que faz com que um cabo de aço leve o lustre até o chão com o objetivo de limpá-lo e de fazer sua manutenção devida.

Teto e lustre

Teto e lustre

Mais uma vez, visita recomendadíssima!
Valor: 250 pesos argentinos (valores do fim de 2016)
Horário: das 9h às 17h, com saídas a cada 15 minutos. (Sujeito à disponibilidade)
Localização: Tucumán 1171 (Estações de metrô: Tribunales ou 9 de Julio)

Você viaja pra Budapeste e encontra Roma

A Hungria de hoje tem todos os tipos de influência vindas de outros países da Europa, como os grandes boulevards herdados do Império Austro-Húngaro, os Gyros (sdds) e os banhos vindos da influência dos turcos, durante muito tempo de invasão. O que quase ninguém sabe é que Budapeste tem uma grande influência de Roma.

Acontece que o rio Danúbio (carinhosamente chamado de “Duna” em húngaro) era uma das fronteiras do Império Romano na sua maior dimensão. A província onde parte da atual Hungria se encontrava era chamada de “Pannonia”, e diferentemente como o Aegyptus, a Cappadoccia, a Mauretania e as Germanias, seu nome romano não prevaleceu para a posterioridade. (Aegyptus seria um equivalente ao Egito; Cappadoccia para a Capadócia, região da Turquia; Mauretania era considerada uma região do norte da África, onde ficaria o Marrocos hoje mas que denomina outro país na região do Saara; e as duas Germânias são uma base para a Alemanha de hoje).

Foto do mapa que eu tirei em Budapeste. Máquina simples + pessoa baixinha + altura não são boas combinações.

Foto do mapa que eu tirei em Budapeste. Máquina simples + pessoa baixinha + objeto em altura não são boas combinações.

Toda a região da atual Buda estava sob a jurisdição da Pannonia, e justamente uma capital foi construída no que hoje é conhecida como “Óbuda”, a região mais antiga de Budapeste. Essa capital era como qualquer outra cidade romana, com um mercado, um templo, casas e ruas.

Olha que eu costumo pesquisar bastante sobre os lugares que estou indo visitar, mas só descobri essas ruínas no trem a caminho de Szentendre, com dois amigos. Elas tinham forma de aquífero, e fomos pesquisar a respeito em casa.

Pesquisando um pouco depois, descobrimos que havia um museu dedicado a essas construções, que era chamado de Aquincum (aquífero em latim), e que havia um espaço ainda com muitas ruínas. Era o que tínhamos visto. Decidimos ir lá ver, porque né…?

Eu fui com o Diego, um amigo de Minas até Batthany Tér, na linha vermelha do metrô, onde pegaríamos o trem metropolitano que tem início ali, e a parada final em Szentendre. Como a parada do Aquincum era ainda dentro dos limites de Budapeste, não precisaríamos pagar a passagem, pois tínhamos os passes municipais.

O trem sai como de 8 em 8 minutos, e apesar dele ser antigo, a ida é confortável pois você ainda pode escolher um lugar pra sentar. Esperamos até chegar na parada “Aquincum”, e descemos.

Estávamos indo fim da tarde já, e o museu fechava tipo uns 20 minutos depois de chegarmos. Era ainda um dia de semana, e só tinha ~nós dois~ no parque inteiro. Eu achei super estranha a sensação de estar no meio daquelas ruínas milenares só com o Diego, mas eu liguei aquela tecla famosa e fui conhecer.

Glimpse das ruínas.

Glimpse das ruínas.

Realmente não há muito o que ver ali. Existem algumas ruínas, e indicações sobre que lugares elas eram. Uma ruína era o mercado da cidade, outra era um templo dedicado a uma deusa, e havia inclusive um modelo de como seria uma tradicional casa romana, com modelo de sala, quarto e móveis.

Modelo de uma casa Romana

Modelo de um cômodo Romano.

Também tem uma parte que mostra algumas relíquias achadas nas escavações, como vasos, porcelanas e algumas estátuas. Realmente é de se impressionar que Budapeste foi sim um reduto da cultura romana por anos!

Algumas restaurações em antigos prédios.

Algumas restaurações (e adaptações) em antigos prédios.

Então, pra quem tem alguns dias de sobra, é interessante passar umas duas horas para conhecer o Aquincum. Foi uma programação totalmente diferente de todas que eu já tinha feito em Budapeste, especialmente pelo fator surpresa. Mas depois de já ter conhecido Roma, o Aquincum não me impressionou muito.

Fica uma crítica para o desenvolvimento do turismo em Budapeste: o Aquincum é um lugar de um tremendo potencial, mas ele é basicamente ignorado pelas autoridades e guias de turismo em Budapeste. Se mudasse um pouco a divulgação do local, e se aumentassem relatos de visita, além de instigar outras pessoas a ir, o local pode se tornar um outro marco para a cidade. Tenho certeza de que se certas providências fossem feitas, o Aquincum teria muito mais visitantes do que eu e o meu amigo naquela tarde.