Museu da Casa Rosada, em Buenos Aires

Anteriormente conhecido como Museo del Bicentenario, este museu foi construído em 2011 durante o governo da então presidente Cristina Kirchner, e este local foca em apresentar o passo a passo da construção da nação argentina desde seu início através de objetos, vídeos e outros artefatos (por isso o nome Bicentenario, pois o país completara 200 anos de existência em 2011). Com o novo governo Macri, o nome foi trocado e passou a se chamar Museu da Casa Rosada, como forma de desvincular a imagem do governo anterior, mas a essência é a mesmíssima.

Bandeira da Argentina, localizada na Plaza de Mayo (em frente à Casa Rosada)

Bandeira da Argentina, localizada na Plaza de Mayo (em frente à Casa Rosada)

Antes de continuar a comentar, eu fiquei muito chateada, pois eu não visitei a Casa Rosada, e em breve vou fazer um post sobre isso.

Enfim, não visitamos o prédio da sede do governo argentino, porém tiramos fotos do exterior, que foi o que deu (que triste) e continuamos o planejado do dia visitando o Museu Casa Rosada (o tema do post, mesmo). Ele se localiza nos fundos da Casa Rosada, na av. Hipolito Yrigoyen: a entrada é uma estrutura de vidro.

A visita começa numa sala que possui um vídeo explicativo e alguns objetos e imagens sobre o local onde o museu se encontra: as ruínas da antiga aduana Taylor. Segundo o que foi explicado, a Casa Rosada foi construída às margens do Rio da Prata e as galerias da aduana ficavam obviamente debaixo d’água. Ou seja, todo o espaço daquele museu originalmente era todo afogado, e se você olhar no mapa, as margens do Rio da Prata se encontram muito mais longe que seu curso original – depois do novo bairro de Puerto Madero.

Dentro do Museu Casa Rosada

Dentro do Museu Casa Rosada

A visita continua com uma espécie de linha do tempo: desde a Revolução de 1810 até os dias de hoje. Cada “era”, digamos assim, é dividida entre os arcos das galerias, com cada espaço representando sua época devida, através de um rico acervo composto de objetos importantes, quadros, documentos, fotos e vídeos explicativos que ajudam a entender o contexto da história argentina para leigos.

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Essa linha do tempo que citei acima é dividida em 14 partes que são denominadas em:
– De la Revolución;
– La anarquía. Rosas, el restaurador de las leyes. Unitarios y Federales;
– Organización del Estado Nacional;
– Gran inmigración y el orden conservador;
– Del sufragio popular, el Radicalismo y las luchas sociales;
– De la década Infame al ascenso de Perón;
– El Peronismo;
– La Libertadora: La proscripción de las mayorías;
– La resistencia Peronista. Organizaciones políticas y sociales;
– La dictadura militar: El Proceso;
– La recuperación democrática y sus límites;
– El Neoliberalismo;
– La recuperación política, económica y social. El Bicentenario.

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Uma coisa que me chamou a atenção foram os vídeos. Eles me fizeram compreender de uma maneira simples, como que a história da Argentina se desenvolveu. Também adoro ficar admirando objetos antigos, o que enriquece muito este museu.

Para concluir, existe uma exposição permanente no local. A obra “Ejercicio Plástico” do artista mexicano David Siqueiros está conservada no local e uma guia fica explicando o contexto da obra, datada dos anos 1930. O que é mais interessante sobre essa obra é que ela é um sótão, literalmente.

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Este artista, o Siqueiros, pintou essa obra no sótão de uma casa em Buenos Aires, e o processo de recuperação (iniciado em 1990) exigiu que todo o cômodo fosse retirado, num processo pioneiro no mundo. Achei a obra meio obscura, até angustiante, mas é admirável e cheias de nuances para observar.

Estilo de "Ejercicio Plástico"

Estilo de “Ejercicio Plástico”

O Museu Casa Rosada (ou Bicentenario, para àqueles que ainda não se adaptaram à nova nomenclatura) é bem tranquilo e interessante. Ele não consome muito tempo de visita e se encaixa em diversas programações, por estar tão próximo de outras coisas que merecem visita em Buenos Aires. Vale muito a pena conhecer.

Passagens compradas: Curaçao

Finalmente decidimos para onde vamos em Setembro! Vamos passar alguns dias no Caribe, mais especificamente em Curaçao, uma das chamadas “Ilhas ABC” (Aruba, Bonaire e Curaçao). Estou realmente animada com essa viagem por alguns motivos, dentre eles o fato de conhecer um lugar novo, a oportunidade de relaxar de fato por alguns dias e também de comer novas coisas e tirar belas fotos!

Já estava com esse pensamento de viajar em Setembro, por causa das minhas férias da faculdade e feriado da pátria, e acabamos resolvendo de supetão o destino. A intenção era encontrar um lugar próximo daqui, onde poderíamos chegar sem precisar fazer muitas conexões e também onde a passagem não fosse tão cara.

Achamos uma passagem em conta pela Copa Airlines, e certamente é o melhor custo-benefício por causa da distância e do tempo de conexão. Já voei pela companhia antes e gostei bastante de todo o atendimento e dos voos em si.

Mas depois de ver tantas fotos e depoimentos de quem já foi pra lá, estou cada vez mais encantada com a ilha e animada com as coisas que vou encontrar! Desde já posso salientar algumas coisas e lugares que já vou guardar na agenda e me preparar para visitar!

Me preparar para passar o dia na praia/piscina: Diferentemente de outras viagens, o objetivo desta é principalmente relaxar. Quando voltei da minha última viagem, para a Califórnia, eu andei tanto e fiz tantas coisas que eu cheguei mais cansada do que renovada! Se possível, vou passar a maior parte do tempo dentro d’água, relaxando e aproveitando essas paisagens lindas da ilha.

Mergulhar ou fazer snorkel: Já vi que Curaçao tem vários tipos de atividades assim, e sinceramente estou me preparando para ir observar os peixinhos no coral (risos). Mas falando um pouco mais sério, sempre quis fazer atividades assim! Vale ressaltar que a última vez que eu fui pra praia foi há 7 anos atrás em Margarita, também no Caribe.

Aproveitar o spa do hotel: Afinal de contas, não é todo dia que você vai pro Caribe e tem a oportunidade de aproveitar um bom spa.

Explorar o centro de Willemstad: A capital de Curaçao é bem charmosinha e colorida, lembrando muito a Holanda, sua colonizadora. Andar por aquelas ruazinhas e encontrar pequenas pérolas deve ser incrível e certamente um passeio desses deve durar o dia todo. Prepararei minha câmera para capturar alguns momentos!

Fazer compras: Já descobri que Curaçao é excelente para fazer compras, especialmente perfumes, maquiagens, roupas, bolsas… tudo o que eu gosto!

Explorar alguma praia distante: Confesso que eu não gosto tanto assim de praias e não é nossa intenção alugar carro (condição que muitos blogs consideram indispensável). Nosso hotel será central e pretendemos fazer a maioria dos nossos passeios a pé, mas se culminar de alugarmos um carro por um, dois dias, acho que será bem interessante de ir para alguma praia um pouco mais distante, como Port Marie, Cas Abou, Kenepa Beach ou alguma outra.

E claro… comer comida típica: Já estou procurando restaurantes especializados em cozinha internacional mas a intenção é comer algo tipicamente caribenho!

Estou aguardando ansiosamente por Setembro e assim que voltar, escreverei o que eu puder sobre Curaçao! Partiu Caribe!

No coração de Viena

Em Viena, um dos principais hotspots para quem está por lá é o palácio Hofburg, um dos palácios oficiais dos Habsburgos, assim como Schönbrunn. Ele fica localizado no centro de Viena, próximo ao Parlamento, ao Rathaus, e a uma pequena distância a pé da Catedral de São Estevão.

Esse palácio é de grande influência histórica, sendo ele o centro de várias decisões tomadas por vários imperadores, onde o “Concerto de Viena” aconteceu, e hoje em dia, também abriga o escritório do Presidente Federal.

Hoje em dia, esse “complexo” de museus abriga várias coisas, sempre chamativas ao público, e que você tem que conhecer!

Wien

Wien

  • A coleção de prata imperial mostra diversos acessórios que faziam parte do cotidiano dos Habsburgos, como enormes centros de mesa, prataria refinada, pratos com decorações diferentes e outros tipos de louças e talheres que os membros da família imperial usavam no seu dia a dia. (Foco para os espremedores da Sisi).
  • O museu da Sissi mostra diversos aspectos da vida da imperatriz. Objetos pessoais, cartas, fotos e muitas coisas levam a uma jornada interessante e informativa sobre uma das mulheres mais reconhecidas da história.
  • A visita aos apartamentos imperiais mostra de fato como os membros da família Habsburgo viviam. Tudo num puro luxo e divina ostentação! Detalhes dos cômodos, roupas, árvore genealógica, quadros e muitas outras coisas são muito interessantes.

Seguem alguns objetos dos Habsburgos :)

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Essas três atrações fazem parte de um mesmo ingresso que custa um pouco mais de 13 euros, com direito a audioguia em vários idiomas. Além disso, existem outras coisas para se fazer ao redor de Hofburgo, como por exemplo:

  • A escola de equitação espanhola oferece apresentações de alguns dos melhores cavalos treinados do mundo, e também mostra ao público alguns treinos específicos. As vestimentas são tradicionais e existem apresentações rotineiramente por alguns países do mundo.
  • Andar de charrete em Viena é bem charmoso! Porém os preços são salgados, podendo chegar até a 50 euros por volta.
  • O museu de história natural de Vienna é super parecido a outros museus do tipo, mas com certeza tem seus destaques, possuindo uma das maiores e mais antigas coleções do mundo! O museu foca desde à evolução humana até fatos sobre o sistema solar.
  • O museu Albertina possui uma das maiores coleções de arte moderna do mundo. Ela possui diversos desenhos, obras impressionistas e também algumas pérolas de grandes artistas, como Monet.
  • O Volksgarten é junto com o Prater, um dos principais jardins de Viena. Ele fazia parte do complexo de jardins privativos do Hofburg, mas foi aberto ao público ainda no século XIX. Grandes compositores performaram por lá.
  • O Schmetterlingshaus é um borboletário que abriga várias espécies. O espaço é modesto, mas é bem confortável. Uma visita diferente para quem está em Viena.

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Claro que Viena é cheia de coisas para fazer, especialmente nesta região! Somente descobrindo tudo a pé é quando se tem uma real dimensão do potencial turístico da cidade.

 

 

Airport review: Flughafen München (MUC)

O aeroporto Franz Josef Strauss, próximo a Munique é o segundo maior aeroporto da Alemanha e serve de hub para a Lufthansa e companhias parceiras da Star Alliance. Pelo fato do aeroporto de Frankfurt estar saturado, Munique começou a receber mais voos, e atualmente está em reformas para uma terceira pista e terminal.

Este aeroporto é simplesmente um dos mais bonitos e organizados em que já estive. Em todas as ocasiões estava passeando pela cidade, e anotei alguns pontos para compartilhar aqui especialmente sobre o Terminal 2 (o maior):

Área de check in: 

Como citei antes, o aeroporto de Munique é hub para a Lufthansa e para a Star Alliance, e a área de check in fica no primeiro andar, logo após as escadas rolantes. Existe um elevador bem amplo para quem tem malas maiores. Para fazer o check-in, primeiramente é necessário imprimir os cartões de embarque numas maquininhas, e depois se dirigir à área de check in das malas. Dificilmente existem filas e o processo é bem rápido.

Raio-x e afins: 

As filas tendem a ser um pouco maiores devido à qualidade da revista feita pelos policiais. Se existe pressa, é melhor passar logo por essa região.

Restaurantes e alimentação em geral:

Antes e depois da área de check-in, existe uma enorme variedade de restaurantes, bares e lanches, e todos de boa qualidade. Eu recomendo ir para o bar da Erdinger, logo na frente do desembarque onde é possível tomar a cerveja mais popular da Alemanha ao mesmo tempo assistindo a um jogo de qualquer esporte, e comendo boa comida.

Informação para o turista: 

O balcão fica em frente ao desembarque, onde gentis atendentes que falem inglês tiram as principais dúvidas do turista. Eles também dão mapas e panfletos da cidade, se pedir.

Transporte para o centro da cidade: 

Existem as linhas S1 (azul claro) e S8 (preto) do metrô que saem do aeroporto em direção ao centro. Ali perto do desembarque existe uma máquina onde é possível comprar a passagem, disponibilizada em alemão, inglês e francês por exemplo. Comprando o Single day ticket é possível pegar o trem e ainda poder andar um pouco mais no metrô pelo resto do dia.

Como pegar esse trem?

É necessário sair do terminal 2 e entrar no prédio à frente, com uma grande letra S em verde (símbolo do sistema de trens). Esse terminal do S-bahn é bem grande e tem vários restaurantes e lojas de todo o tipo. Tem que descer a escada rolante e ir para o lado esquerdo, de onde parte a linha S8, que chega ao centro bem mais rápido que a S1 por causa da quantidade de paradas. Existem paineis mostrando quanto tempo falta para a chegada do trem, e que horas o trem partirá.

Mapa do metrô e trens de Munique

Mapa do metrô e trens de Munique

Wi-fi e internet: 

Existe wi-fi grátis por 30 minutos. É preciso fazer um pequeno cadastro, e logo logo a internet será disponibilizada. Após os 30 minutos pode-se conseguir um maior tempo de conexão, mediante pagamento no cartão de crédito.

Tomadas: 

Existem tomadas em lugares específicos tanto antes e depois do check-in. Não falta energia para ninguém.

Dormir no aeroporto: 

Caso exista necessidade de pernoitar no aeroporto, existem dois hoteis na região do aeroporto. Caso gastar dinheiro por lá não seja uma prioridade, é possível dormir sim, mas o aeroporto só disponibiliza camas em períodos de calamidade, como uma nevasca que feche as pistas.

Duty free:

O Duty free de Munique é bom e amplo, e vários produtos são vendidos a bons preços lá. Ponto de atenção negativo é a falta de cerveja alemã à venda por lá.

Como já citei antes, o aeroporto de Munique é organizado e bem confortável. Ele é totalmente preparado para passageiros em conexão

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Sisi, a imperatriz da Áustria

Pensa numa pessoa popular na Áustria, Hungria, e no mundo, por que não? Todos sabem a história dela de cor, mulheres acham ela linda e de certeza muitas a invejaram pelo estilo de vida e privilégios que ela recebeu. Estou falando da Imperatriz Elisabeth da Áustria, ou simplesmente Sissi, considerada um mito até os dias de hoje.

Vou contar a história dela. A princesa Elisabeth von Wittelsbach nasceu em uma das mais famosas cortes da Europa e passou sua infância na linda Baviera. Aos 15 anos, ela foi acompanhar sua mãe e irmã para um encontro com o imperador austríaco Francisco José I. Até então, a irmã estava prometida ao jovem monarca, mas ele se apaixonou por Elisabeth ao invés da sua prometida, que estava de luto e estava vestindo preto.

Retrato de Sisi em 1861

Retrato de Sisi em 1861

Os dois se casaram e aparentemente começaram a viver uma vida de conto de fadas. Os dois tiveram quatro filhos e Sissi se tornou um mito da beleza. Os filmes feitos sobre ela mostravam uma princesa alegre e que aproveitava a vida, mas relatos de hoje em dia mostram justamente o contrário.

A imperatriz estava tendo uma vida infeliz na corte e além do mais, era mal vista por todos devido à preferência pela Hungria sobre a Áustria. Ela também não tinha um bom relacionamento com a sogra, que escolheu o nome da primeira filha de Sissi sem consentimento, e a impediu de participar da educação dela. Em uma viagem para Budapeste, as duas filhas que tinha até então ficaram doentes com diarreia, e a mais velha morreu com apenas dois anos.

A jovem Sissi é uma das pessoas que possui um dos mais antigos registros de anorexia do mundo. A cintura dela era muito fina, de aproximadamente a largura de um pescoço comum e pesava cerca de 50 kg em mais de 1,70 de altura. O IMC dela seria considerado de risco nos dias de hoje.

Após a morte de Sophia, sua filha mais velha, Sissi se recusou a comer por vários dias (hábito que cultivaria ao passar por momentos difíceis) e criou alguns hábitos alimentares no mínimo peculiares. Ela não comia nenhum tipo de alimento sólido, e possuía espremedores especiais para toda a sua comida. Reza a lenda de que Sissi pedia pra espremer um bife cru para que ela pudesse tomar o caldo que saísse dele.

Ela também era bem vaidosa. Ela tinha um cabelo bem comprido, chegando até na altura dos joelhos, que costumava decorar com flores de ouro branco cravejado com diamantes. A escovação diária do cabelo levava horas! Fora isso, ela se pesava três vezes ao dia. Outra coisa interessante foi que ela proibiu pinturas e fotografias oficiais dela aos 30 anos, para criar uma imagem de beleza jovem eterna cultivada até hoje.

Sissi também viajou bastante. Ela passou anos viajando pela Europa, e além pela paixão pela Hungria, passou um bom tempo em Corfu, na Grécia, onde também se apaixonou.

A paixão pela Hungria era evidente. Sissi era uma presença constante na ópera de Budapeste e passava grande parte do seu tempo no palacete de Godollo, que já escrevi sobre aqui. Ela também criou laços políticos especiais com Gyula Andrássy, que acabou virando primeiro ministro da Hungria após o pacto que criaria a Áustria-Hungria. Ela serviria como ponte política entre ele e o imperador.

A saúde e vida pessoal da imperatriz começaram a desandar, e ela viajou e passou uma temporada na Ilha da Madeira para se recuperar de uma tuberculose. Após voltar à Áustria-Hungria, e ao casamento com o imperador, ela decidiu ter mais um filho, e ele ficaria sob os cuidados dela. A sogra Sophie morreu e o controle da vida dos filhos novamente seria de Sisi.

Os anos passaram e a tragédia abalou a família imperial de novo. O filho mais velho, Rudolf, que herdaria o trono, acabou se suicidando com a sua amante. Um ano depois, seu grande amigo Gyula Andrássy também morreu e após isso, ela se tornou extremamente depressiva, reclusa e só passou a usar preto. Suas incríveis viagens passaram a ser uma válvula de escape para a imperatriz.

Elisabeth recusava a presença de seguranças, e em 1898 um fanático italiano a assassinou em Genebra. Ele estava desesperado por atenção e procurou matar a primeira pessoa famosa pela frente. Ao descobrir que a Imperatriz da Áustria estava na cidade, ele a atacou com uma espécie de estilete e fugiu. Sisi estava fazendo compras com uma amiga e não havia percebido que estava ferida. Elas iriam até um encontro em um barco no Lago Genebra, onde começou a passar mal.

Isso se deu pelo fato de que os espartilhos de Sisi eram tão apertados que o ferimento no coração quase não sangrou. Ela morreria no dia seguinte.

O Imperador Francisco José ficou extremamente triste com a morte de Elisabeth e passou os anos seguintes tentando se aproximar do novo herdeiro do trono Austro-Húngaro, o seu sobrinho Francisco Ferdinando. Ele morreria em um atentado em Sarajevo a 1914, que acabou sendo um estopim para a Primeira Guerra Mundial. Em cartas para sua filha Gisela, ele admitiu que a morte de Ferdinando era um alívio para uma grande preocupação. O imperador morreria em 1916.

Essa história digna de romances de Hollywood é cativante para os austríacos e também para os húngaros. Para eles, Sissi é sua eterna imperatriz e sua figura é estampada em todos os cantos de Viena.

Chocolates, cartões postais, bolsas, canetas, cosméticos, livros e todo qualquer tipo de souvenir de Sissi são encontrados com facilidade em Viena e em Budapeste. Eu mesma comprei um kit de banho da Sissi numa caixinha em forma de coração (risos). Vários DVDs com a sua biografia e seus filmes estrelados por Romy Schneider dos anos 1950 também estão à venda.

Dois dos museus dedicados à Sissi se encontram no seu palácio de verão de Godollo, e um, mais conhecido e completo em Viena, no complexo Hofburg. O ticket do museu Sisi também dá direito à coleção de prataria dos Habsburgo e dos Kaiserappartments.

O museu Sisi é lindo e mostra com detalhes toda essa história que contei da Imperatriz. Ele fica aberto das 9 às 17:30 normalmente e contém audioguias que contam a história dos lugares pedaço por pedaço. Esse museu também possui objetos como diários, roupas, joias, sapatos, e a roupa que ela usava quando foi assassinada, junto de laudo médico e afins.

Fora isso, o museu é bem equipado com tecnologia e tem iluminação interessante. A entrada é um pouco mais de 10 euros e de certeza é uma visita obrigatória em Viena. Fora isso, não dá pra sair nem de Viena ou Budapeste sem algum souvenir da Sissi!