Olá, quanto tempo!

24 de julho de 2019. Essa foi a data do meu último post.

Eu tinha comentado que eu iria a Las Vegas… na época eu até tinha criado uma categoria aqui no site só pra isso. O nome dela era “passagens compradas”. Era uma espécie de “anúncio” dizendo para onde eu iria direcionar a minha próxima aventura, meio que preparando meus leitores e me organizando mentalmente para possíveis posts futuros ou tópicos para abordagem.

Na verdade, eu já estava em marcha lenta naquela época. Quando eu comecei esse blog no ano de 2012 (isso mesmo! Já se passaram 11 anos), o mundo da internet era “só mato”, haha. Eu iniciei esse processo devido à minha viagem para a Rússia. Era muito difícil de encontrar informações sobre a experiência de viver naquele país, e eu queria que outras pessoas não passassem o mesmo que eu. Por isso, resolvi abrir meu coração e apresentar tudo o possível que vivi ali.

Por bastante tempo funcionou! O meu tráfego aumentou imensamente, comecei a receber emails com dúvidas na minha caixa de entrada, cheguei a escrever para outro site (!), até que uma série de coisas aconteceram.

Primeiramente, a mudança dos tempos. Com a popularidade do Instagram, as pessoas diminuiram muito a busca de informações através dos blogs. Hoje em dia, o Tiktok também consumiu uma parte do público. Lá pra 2015 resolvi abrir a minha primeira conta no Instagram direcionada a esse tipo de conteúdo, o @camillapelomundo. Mas confesso que abri essa página por… abrir. Eu tinha medo que alguém pegasse esse username e eu ficasse a ver navios.

De certo modo, funcionou. Mas também não. O @ é meu, e minha foto continua lá até hoje. Porém perdi a senha e não postei nada. Mas a ideia persistiu.

Em agosto de 2017, eu abri a minha segunda conta para dar suporte ao blog. Eu esqueci quais eram os primeiros usernamenes, mas atualmente é o @sziacamilla (que inclusive está fixado aqui na lateral da página). A princípio, eu queria compartilhar informações junto à edição de fotos, mas conforme o passar do tempo, os textos viraram emojis e a empolgação era mínima. Eu não respondia nenhum comentário, não curtia a foto de nenhum seguidor e apenas postava por… ter medo do esquecimento.

Vez ou outra eu sumia, e voltava por lá. Atualmente estou postando mais coisas por lá, com uma empolgação diferente. Ainda estou tentando me adaptar aos reels e… querendo saber como exatamente o Tiktok funciona (ele ainda não entrou na minha mente… sinal da idade).

Outra coisa foi a mudança de carreira. Comecei a estudar Arquitetura e no momento estou formada e trabalhando na área. Caso você não conheça nenhum arquiteto (a), saiba que esta é uma área que consome muito tempo! Seja no ambiente acadêmico ou profissional.

Então eu lamento, mas troquei esse site pelos posts no Instagram. Eu sempre quis fazer algo muito bem feito por aqui, então levava muito tempo para escrever e realizar toda a produção dos posts. E tempo… era o que eu não tinha.

Aconteceu outra coisa que me atingiu bastante. A guerra na Ucrânia me afetou de um modo que eu me senti culpada por ter posts que falavam da minha vivência na Rússia. Temendo que alguma palavra viesse à tona (visto que meus posts sobre a Rússia tinham um grande alcance), eu… arquivei tudo.

Me senti péssima por fazer isso, mas achei que o momento pedia tal ação. No futuro eu pretendo reativá-los, pois essa experiência com certeza me transformou para uma pessoa melhor. Isso vai acontecer no futuro… não sei quando… mas vai.

E para finalizar, queria dizer aquele famoso ditado… ano novo, vida nova! Apesar da minha vida corrida, resolvi separar 20 minutos do meu dia para escrever algo por aqui. E pretendo falar sobre algumas dessas experiências e pensamentos que não cheguei a compartilhar por aqui.

Desta maneira, voltamos à ideia inicial da origem do blog: relatos. Não sou jornalista, nem pesquisadora. Sou apenas uma entusiasta do bem estar e da vivência, que gosta de compartilhar a experiência. A princípio, não pretendo compartilhar fotos aqui (fica a deixa para acessarem minha conta no Instagram, haha).

E queria dizer que tem viagem nova sim! Em breve, novos relatos virão.

É isto. Se passaram 24 minutos. Szia/sziasztok!

As ladeiras de Olinda

Olá, internet! Como escrevi nesse post aqui, estava com passagens compradas para o Recife. A intenção não era ficar somente na capital pernambucana, e sim, conhecer o máximo de praias. Mas quando deu um tempinho fomos até Recife, e depois seguimos até Olinda.

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Um pouco sobre Olinda

Olinda é uma cidade pernambucana que possui aproximadamente 400 mil habitantes, e que foi fundada nos primeiros anos do Brasil Colônia, em 1535. Pernambuco foi a capitania hereditária mais bem sucedida, e como Olinda era a vila principal, ela logo virou a capital dali.

Olinda também foi uma das cidades que ficaram sob domínio holandês, ainda no século XVII, mas os portugueses retomaram o controle logo depois. Não sei o que vocês acham, mas não vi a influência holandesa tão aparente em Olinda quanto ela é de fato em Recife.

Por ser tão antiga, Olinda possui muitas edificações características do período colonial, e aposto que muitas coisas destas casas não mudaram muito desde então. Por isso, essa cidade é um museu a céu aberto! Charmosíssima, chama muito a atenção dos interessados em história (como eu, haha).

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As ladeiras

Não é fácil subir (e descer) as ladeiras de Olinda, mas não é uma tarefa complicada e impossível. Comparando com Minas Gerais, até que o desafio não é tão difícil.

Primeiramente, é preciso saber que existem pontos interessantes na parte baixa de Olinda. A orla é bem legal de caminhar, mas acho que não dá pra pegar uma praia. Eu até queria fazer um post sobre isso no futuro, e vou já deixar esse tópico na minha lista. Acontece que a maré está corrompendo uma parte do litoral nordestino (desculpa se não usei o termo correto!), de maneira que o mar cada vez mais avança para o continente, reduzindo a faixa de areia da praia.

Aparentemente as praias de Olinda tiveram bastante peso em sua história. Não pesquisei tão profundamente assim, mas é triste saber que uma cidade com tanta importância histórica não possui uma faixa de areia tão marcante assim.

Enfim, a parte baixa de Olinda possui uma série de edifícios históricos interessantes. Eles me pareceram ser do estilo Eclético, e senti uma vibração muito positiva vindo deles. Algo me parecia familiar. Algum tempo depois percebi que aquelas casinhas me lembravam muito a casa da minha bisavó, com seus detalhes antigos e muito cativantes para mim.

De ponto turístico (isso não contando o próprio conjunto da obra do centro histórico, que é uma atração por si só), talvez o local mais interessante seja a Igreja do Carmo. Muito charmosa, é possível visitá-la. No dia que eu fui, teria um festival gastronômico, e várias barraquinhas estavam montadas em seu entorno.

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Eu iria falar sobre as ladeiras, correto? Você começa o trajeto justamente pela Igreja do Carmo. Siga pela rua do Bonfim, e em algum momento dobre à direita para a Rua Ladeira da Sé. Como o nome já diz, essa rua é… uma ladeira, haha. A subida não é tão íngreme assim (juro), mas tem um pedacinho que dá uma cansadinha.

Chegando lá em cima, tudo compensa. Você para exatamente na frente da Catedral da Sé de Olinda (outra razão por aquela rua se chamar assim), e você pode passear um pouquinho pelas imediações.

Confesso que escrever até esse ponto foi meio difícil, mas ainda assim pretendo fazer um post sobre a caixa d’água, a própria catedral da Sé, e até das comprinhas que fiz ali perto.

Enfim. Depois de caminhar bastante lá por cima (e tirar muitas fotos na beira de um precipício), chegou a hora de descer pela ladeira da Misericórdia. O nome pode até ter a ver com a igreja e tudo, mas desculpem o trocadilho… misericórdia! Nem as ladeiras de Ouro Preto foram tão difíceis de andar assim!

Enfim, a conclusão é: vá para Olinda calçando um sapato bem confortável. Roupas leves e água também são essenciais. A academia pelo menos estará feita.

 

“Escadaria para o paraíso”

Nós temos dias e dias. Em alguns deles, a nossa inspiração está canalizada para algumas coisas, e sinto que hoje é um dia que preciso colocar meu coração pra fora, tentando expressar um pouco mais de emoção. Nesses dias eu gosto de relembrar algumas coisas, especialmente o que já me fez refletir. Por isso, vou compartilhar um pequeno momento que me fez pensar muito, já que estou tão emotiva assim.

Ainda agora escutei Stairway to Heaven, e por mais que essa música seja daquelas que me faz “viajar” nas emoções e tal, me fez lembrar de um outro dia de reflexão que eu tive. Diferentemente de agora, que estou deitada de qualquer jeito em cima da minha cama, eu estava num lugar muito especial, em Praga. Pode parecer um white people problem, mas não é, sério, haha.

Enfim, vou contar como foi esse dia. Eu e minha flatmate decidimos passar um final de semana em Praga, já que era tão pertinho! É muito legal saber que muitas cidades legais estão ao seu alcance, então decidimos meter a cara e ir!

Chegamos cedinho em Praga, fizemos algumas coisas e tal… e queríamos ir visitar também o Castelo de Praga, localizado pertinho de Malá Strana. O nosso hostel era em Mála Strana mesmo, então nada era muito longe dali.

A questão é que o Castelo de Praga fica bem no alto de uma montanha, e tem uma pernadinha até o topo! Hoje em dia, acho que subiria mais tranquila, mas naquela época… medo.

Antes de falar mais assim, queria dizer que eu acho que não tive muita noção mesmo. Primeiramente: eu viajei com uma mochila, e só. Mas o problema não é a quantidade de coisas que cabem numa mochila, e sim, somente a presença dela! Não me toquei de que poderia ter levado uma pequena bolsinha só para usar na rua como a minha flatmate fez. Andar pra cima e pra baixo com a mochila foi horrível, e a dica que levo pra sempre é: passeie pelas cidades com uma bolsa mais prática.

Então eu e minha flatmate fomos caminhar por Mála Strana numa tarde de sábado e foi muito bom! Conhecemos boa parte dali, e em determinada hora decidimos começar a subida até o castelo. Até dava pra subir usando o transporte público, mas decidimos ir a pé, por uma escadaria gigantesca que te leva até o topo da montanha. E eu com a mochila.

A mochila ajudou, mas eu era muito sedentária também, além de estar acima do peso. Acho que paramos no meio do caminho algumas vezes (tadinha da minha flatmate, eu deveria estar atrapalhando muito o passeio dela), já que eu não aguentava subir tanta escada! Minhas costas doíam muito, meus joelhos nem se fala. Meu pé ainda estava se recuperando do acidente, e cada passo doía muito!

Mas tinha uma recompensa: a vista. A cada parada naquela escadaria, a vista de Praga era tão linda que me deixava mais calma – e estimulada pra continuar subindo. Afinal de contas, eu já estava ficando cada vez mais próxima do fim, e não fazia sentido descer. E também a vista ficava tão bonita… aos poucos o nível de gratidão ia crescendo.

Chegamos! Eu procurei ainda agora o número de degraus, e achei o número de 208. Não sei vocês, mas eu acho que esse é um número significativo!

Tudo doía muito (só pra reforçar), e estava muito, mas muito cansada. Estava sem energias para desbravar o local, tanto é que minha flatmate perguntou se eu queria ir conhecer um jardim lá, e disse que não, que a esperaria ali.

Ela caminhou, e fiquei sentada num batente por ali, que tinha uma vista incrível! A perdi de vista e nem sei pra onde ela foi, só sei que fiquei sentada ali observando a vista e o movimento.

Eu acho que ela deve ter passado pelo menos uma hora passeando… e eu fiquei pensando. Nunca refleti tanto na minha vida! Pensei na minha vida, nos meus sonhos, em coisas que aconteceram no passado, em pessoas que passaram pelo meu caminho, pensei em muita, muita coisa.

Refleti sobre a vida, sobre meu propósito, sobre minha existência. Chorei muito. Lembrei de alguns sustos que já tinha passado. Lembrei do acidente que tinha quase destruído meu pé. Me perguntei o que estava fazendo ali. Que decisões eu poderia ter tomado, e como elas afetariam o meu destino, e consequentemente a minha ida até ali.

Também observei as pessoas. Como elas eram felizes! Como elas aparentavam estar felizes. Eram famílias, casais. Senti que não estava dividindo esse momento com ninguém que eu amava. Toda aquela viagem era só… eu! Conheci pessoas maravilhosas no caminho, e que pretendo levar para minha vida inteira, mas os outros que sempre estão comigo nos bons e maus momentos não estavam. Percebi que estava sozinha. Não importava quantas pessoas estavam ao meu redor, me senti mais só que nunca. Mesmo se a minha flatmate chegasse naquele momento, eu iria me sentir só. Nós criamos um elo maravilhoso, mas seria só por aquelas semanas. Provavelmente nunca mais nos veremos de novo, e isso é verdade. Moramos em lados opostos do mundo, e será muito difícil conseguirmos nos ver pessoalmente.

Pensei tudo isso olhando para uma cidade linda, com uma vista linda. Eu via as pessoas subindo e descendo aquela escadaria. Eu via cabecinhas se movendo na Charles Bridge. Eu procurava identificar os edifícios de Praga. Notei que o prédio Ginger e Fred se destacava no meio de um mar de edifícios.

Minha cabeça explodiu. Teve um momento que não me lembro que estava pensando em algo. Acho que estava só existindo.

Normalmente eu uso essa expressão quando estou mal, doente, sei lá. Mas eu provavelmente estava com um sorriso no rosto, tentando escutar o barulho das pessoas ao meu redor e sentindo o vento. Ver como a cor do céu mudava, conforme o tempo passava.

Senti muita gratidão. Muitas pessoas não chegam a ter um décimo de oportunidades que eu tenho. Como eu poderia retribuir isso?

Pensei muitas coisas por que meu corpo doía muito. Parte pelo sedentarismo, parte pela mochila, e parte pelo pé acidentado. Mas eu tive um dos momentos mais significativos da minha vida ali. Observando o nada e o tudo ao mesmo tempo. E eu estava ao lado da escadaria. Escadaria para o paraíso. Stairway to heaven.

Se eu pudesse, eu comprava a escadaria pro paraíso. Ou pelo menos uma passagem pra Praga. Ou pra Budapeste. Ou pro Peru, que é o lugar que mais sonho conhecer. Será que todo brilho vira ouro?

Como eu fui de São João del Rei a Tiradentes

Olá, internet! Hoje eu vou relatar como fiz o trajeto entre São João del Rei e Tiradentes, que são duas cidades históricas mineiras que você tem que conhecer! Já falei nesse post aqui que eu sempre quis conhecer Minas Gerais, já que sempre tive essa paixão por cidades antigas.

Infelizmente só pude passar oito dias em terrinhas mineiras, então tive que montar meu roteiro com muito cuidado, e escolhi a dedo os locais que queria conhecer, assim como o tempo que iria passar em cada local. Por isso, vou explicar direitinho nesse post como foi a experiência do trajeto entre essas duas cidades.

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@Tiradentes

Juntando as duas viagens numa só

São João del Rei e Tiradentes são muito próximas, então faz todo o sentido deixar essas duas cidades juntas num só trecho da viagem. O mapa diz que a distância aproximada entre elas é cerca de 25 minutos, então já podemos ver que um bate-volta é super possível.

Como falei neste post aqui, nós preferimos fazer essa viagem toda de ônibus, então não nos preocupamos com aluguel de carro nem nada. O que pretendíamos era deixar algumas cidades como “hubs”, de onde partiríamos para outras. No caso dessas duas cidades, escolhemos São João como nosso ponto de partida, justamente pela cidade ser maior, e ter acessos mais fáceis.

Sobre a Maria Fumaça

Nós vimos vários relatos da Maria Fumaça entre São João e Tiradentes, e claro que nos interessamos! Seria uma viagem excelente de ser feita, mas infelizmente não deu.

A questão é que como tínhamos pouco tempo de férias, os dias não batiam. O nosso roteiro definiu um determinado dia para que visitássemos Tiradentes, e nesse dia específico, não havia viagem da Maria Fumaça. Na verdade, os dias e horários desse passeio variam muito com a época do ano, e quando estivemos lá (outubro), esse passeio só estava sendo oferecido uma vez por semana, e os horários eram muito ruins. Como queríamos ir e voltar no mesmo dia, o tempo de permanência entre a chegada e a partida era muito pouco e achamos que não valeria a pena.

O preço é um ótimo determinante também. A passagem de ida e volta custa R$ 70, enquanto pagamos bem menos pelo outro método, haha. Também não faríamos muuuita questão de ir de trem: só queríamos ir para Tiradentes, passar o tempo que fosse necessário, e depois retornar ao hotel.

Qual foi o método que escolhemos?

Como a nossa preocupação era ir para Tiradentes e voltar no mesmo dia, acabamos preferindo ir nos bons e velhos ônibus. Como as duas cidades são bem próximas (na verdade Tiradentes é mais um distrito que uma cidade, mas enfim), existe uma linha de ônibus que faz esse trajeto direto, com pouquíssimas paradas.

O ônibus é da linha municipal de São João del Rei mesmo, então pagamos o preço de duas passagens comuns, coisa de 10 reais no total, considerando ida e volta. Se tivéssemos ido de Maria Fumaça, seria 140 para nós duas!

Tá que nem deve se comparar uma viagem de Maria Fumaça com a de um ônibus de linha, mas pra mim, a economia foi muito bem vinda!

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@Tiradentes

Como faz para pegar esse ônibus?

Nos dirigimos até o Museu Ferroviário, e bem na frente dele fica uma parada de ônibus que é bem movimentada. Essa parada fica bem em frente ao canal (ou riacho, enfim) que corta o centro de São João. Esperamos o ônibus como qualquer outra pessoa, até aparecer algum que tinha escrito “Tiradentes” no seu visor.

Os atendentes do hotel nos falaram que esse ônibus passa nas paradas a cada 50 minutos, aproximadamente. Acho que tínhamos acabado de perder o ônibus, pois passamos pelo menos uns 25 minutos esperando algum passar.

Quando esse ônibus apareceu, foi bem tranquilo. Entramos, pagamos nossas passagens, sentamos e só esperamos.

O trajeto

A ida até Tiradentes atravessou ainda uma parte de São João del Rei, mas depois que saímos da cidade, avistamos uns lugares muito lindos, e acredito que por ali deveria passar a linha ferroviária da Maria Fumaça. Uma boa parte da estrada era de paralelepípedos, e me senti num local bem bucólico! Realmente foi muito amável, e tivemos vistas muito gostosas!

Já a volta foi pela estrada, não mais pelos paralelepípedos. Como já estávamos cansadas de tanto ter caminhado por Tiradentes, aproveitamos o caminho para relaxar e sentir o vento no rosto.

Também é importante saber que os ônibus chegam e saem de Tiradentes pela estação rodoviária dali. Ela é bem pequenininha e é basicamente do lado dos pontos mais importantes da cidade, ou seja, não é uma caminhada longa.

Outros métodos

Além da Maria Fumaça e de ônibus, é muito possível pegar um táxi até Tiradentes. Até consideramos fazer isso caso o ônibus demorasse mais um pouco a passar na parada.

Nem preciso falar sobre carro próprio também, né? Se você tem os métodos para ir de carro (experiência dirigindo em estradas também), faça isso.

Valeu a pena ir de ônibus?

Como falei mais acima, o importante era chegar e sair de Tiradentes. O preço foi ótimo, mas já imaginamos que o conforto não foi tão significativo assim.

Como atingimos nosso objetivo, achei válido e recomendo a experiência.

Villa de Leyva e memórias

A primeira vez que fui a Villa de Leyva foi em 2003. Eu já era grandinha o suficiente para me lembrar de muitos detalhes, e algumas coisas foram tão marcantes que sempre quis ter a oportunidade de voltar lá e ver tudo… de novo!

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Me lembro que tinha uma praça central – normalmente na América Espanhola essas praças são chamadas de Plaza Mayor – e o piso dela era de pedras amarelas. Não de paralelepípedos, mas pedras grandes, e era muito difícil de caminhar. Dava pra estacionar bem no meio da praça, e foi lá que ficamos.

Ao redor da Plaza Mayor haviam várias casinhas brancas com telhado de barro, e elas eram divididas em várias lojinhas, que vendiam artesanatos. Era cada coisa linda! Saíamos de uma loja e entrávamos em outra, e sempre com uma sacolinha a mais! Compramos tanta coisa que por muito tempo a decoração da nossa casa era puramente colombiana, e algumas dessas coisinhas vieram dali.

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Uma loja ao redor da Plaza Mayor que vende ruanas e ponchos

Me lembro que não haviam tantos turistas. Quando víamos algum, eles falavam espanhol, e pareciam latinos mesmo. Os mais “exóticos” eram nós, os brasileiros.

Como não esquecer da viagem de carro até lá? Villa de Leyva fica num vale, e pra isso precisamos descer a montanha numa estrada cheia de curvas. O ouvido espocava e estalava, e nunca havia sentido essa dor na minha vida. Na volta me lembro claramente do meu primo me oferecendo um chiclete apimentado de metro que tinha o desenho de uma régua. A quantidade de centímetros que você mastigava te dava um apelido, algo como “você é forte por conseguir mastigar essa quantidade de chiclete”.

Pois é… recentemente consegui voltar para Villa de Leyva. Agora em Boyacá eu falei com meus primos e disse que topava viajar para qualquer lugar dali que eles quisessem, mas eu dei todas as indiretas possíveis sobre Villa de Leyva, haha. Fizemos uma programação e encaixamos essa viagem para um determinado dia lá.

Quando cheguei, vi que muita coisa continuava a mesma, mas tudo estava muito diferente! As ruas com suas pedras gigantes continuavam as mesmas. As casinhas ainda eram brancas e ainda possuíam telhadinhos de barro. As ruas continuavam floridas. As montanhas estavam iguais! O cenário que vi enquanto meu primo me dava o chiclete apimentado há muitos anos era o mesmo!

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Ruas adjacentes seguem esse padrão: piso de pedras, casas brancas com esquadrias de madeira (pintadas de verde escuro) e telhadinhos de barro

Não conseguimos estacionar o carro no meio da Plaza Mayor, nem nas ruas adjacentes. Hoje é proibido e os oficiais multam mesmo! Isso é uma coisa boa (eu acho), pois ajuda a preservar o local, impedindo que uma variedade de carros entupam sua área mais icônica.

Cadê os artesanatos? A estrutura das lojas continua no mesmo lugar, mas seu conteúdo mudou. As “artesanías” viraram bares, pizzarias e outros estabelecimentos mais internacionais, quero dizer, sem muita essência boyacense.

Enquanto em 2003 nós éramos provavelmente os únicos estrangeiros dali, hoje em 2018 vi muitos gringos nos arredores da Plaza Mayor. Alguns até aparentavam estar perdidos, mas quando estava quase indo na direção deles para oferecer ajuda (aparentemente eles não falavam espanhol), eles pegaram suas malas e saíram sem rumo como se estivessem procurando alguma coisa.

Assim, eu fico muito feliz que Villa de Leyva esteja atraindo visitantes que não são da Colômbia. Boyacá em geral é muito bonita e basicamente desconhecida do público internacional, então me enche de orgulho saber que uma pequena parte de minha terra esteja atraindo pessoas de lugares tão diversos.

É impressionante ver como a cidade cresceu. Ela ainda continua pequena se compararmos com outras cidades, mas me lembro claramente de alguns lugares nos arredores que eram cercados pelo nada e que hoje já possuem comércios e uma vida mais animada.

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Uma varandinha

Uma frase que eu sempre falo é “o tempo passa e nem percebemos”. Tempo passou muito rápido. 15 anos se passaram num piscar de olhos. É interessante comparar a primeira e a segunda visita e ver o que mudou e o que continua igual. Sabe… isso não é uma comparação ruim tipo aquelas que dizem que tal coisa é raiz e outra coisa é nutella. O passado foi muito bom, mas o presente também é bom no seu tempo. O mais legal é ver que você presenciou duas situações diferentes: como era, e como é.

Leyvinha continua linda! Hoje é meu primeiro dia de férias (teoricamente ainda não estou 100% de férias, mas falta bem pouco), então me inspirei em fazer um relato mais pessoal, mas eu queria muito em breve (tipo amanhã) escrever sobre algumas coisas interessantes para fazer em Villa de Leyva, assim como outras informações importantes.

Mas o importante é que me senti muito realizada com a minha volta para Villa de Leyva. Sinto que realizei um pequeno sonho de visitar novamente esse local.

Como foi o 2° período de Arquitetura? – Disciplinas

Olá, internet! Ano passado eu fiz este post e este post onde falei um pouco das disciplinas do meu primeiro período cursando Arquitetura e Urbanismo. No segundo post eu disse que voltaria no final do segundo semestre pra dizer como tudo tinha sido em relação as disciplinas e tal… spoiler: nunca voltei.

Como voltei a postar textos recentemente (e abri uma exceção pra Arquitetura e Urbanismo, por que eu acho que é importante compartilhar essa experiência aqui também, além das viagens), vou continuar falando o que eu achei das disciplinas. Mas antes de falar do meu período atual, vamos voltar a falar do segundo.

(Post será longo para padrões Sand, logo avisando! :)

1. Informática na Arquitetura 1 e Estudo da Forma 2

Primeiramente, vamos começar com o primeiro baque mais forte que tivemos como turma na nossa caminhada no curso. É curioso observar os textos mais antigos e ver quais eram minhas preocupações. Defendi a estrutura do curso (e ainda a defendo em alguns aspectos), mas sentimos um golpe muito grande chamado falta de professor.

Acontece que alguns professores estavam em doutorado e não teve quem ministrasse essas duas disciplinas acima. Forma 2 seria a nossa primeira disciplina que iríamos “continuar”, e Informática seria nosso primeiro contato com os aplicativos, no caso o Autocad.

Não deu pra 2017/2, mas já dou outro spoiler pra vocês: fizemos agora essas duas disciplinas em 2018/1. Felizmente ninguém se atrasou e tivemos uma espécie de “final feliz” (dependendo pra quem você pergunta).

No momento oportuno (ou seja, post sobre o 3° período), vou falar sobre essas duas disciplinas direitinho.

2. Paisagismo 1

Agora o principal baque pessoal. Eu tinha tempo livre e decidi adiantar uma disciplina do quarto período (que é o que irei começar mês que vem), mas acabei desistindo por motivos pessoais.

Ou seja, sem meias palavras, essa foi minha primeira reprovação no curso. Felizmente não foi uma reprovação doída, de uma disciplina que eu estudei, me matei de estudar e acabei falhando – eu reprovei por que em determinado momento eu não fui mais para as aulas.

Poderia ter trancado? Claro! Só que como eu estava no segundo período, eu não poderia fazer o trancamento e só descobri isso no momento que o sistema impediu que eu fizesse isso. Se eu soubesse que era proibido trancar disciplinas no segundo período, provavelmente nem teria me matriculado e esperaria o quarto período pra fazer certinho.

Da próxima vez, teremos um final feliz (espero eu, haha).

3. Topografia

Falando em finais felizes, é o que teremos daqui até o final do post :)

Topografia foi uma disciplina bem pesada, e foi a primeira que teríamos aula prática de campo, montando teodolito, ficando no sol, medindo coisas e fazendo todos os procedimentos para o cálculo de determinadas áreas. Eu achava que essa seria a disciplina mais complicada do semestre: maior carga horária, cálculos, aula prática, disciplina de outro departamento… mas acabou nem sendo.

Olhando num retrospecto, achei bem gostoso estudar topografia. A disciplina não é difícil, os cálculos não são trabalhosos, os mapas não são difíceis de compreender e a parte teórica é até gostosa de entender (acho que meus amigos que devem ler isso podem pensar que estou louca, haha).

Algo que foi muito bom foi que Topografia foi a primeira disciplina onde não fiz a Prova Final! Os critérios de nota da UFAM mudaram neste semestre e lá basicamente diz que se determinado aluno atinge média de exercícios igual ou maior que 8, este já é dispensado de fazer prova final! Foi o que aconteceu: não fiz a final, passei com uma boa nota e sem demais preocupações.

4. Teoria e História da Arquitetura 1

Falei acima que achava que Topografia seria a disciplina mais difícil do semestre, e como eu estava errada! A mais difícil com certeza foi história, para minha surpresa!

Amo história e acho que já falei isso em outros posts, mas sofri muito pra passar nessa disciplina! Era muita, mas muita informação pra estudar: coisa de 1000 slides cheios de texto e informações por prova, fora textos dos livros da bibliografia da ementa. Mesmo gostando de ler e entender sobre o assunto, sentia que não conseguia absorver toda a informação, e omitir qualquer detalhe na prova causava algum desconto, então sentia que precisava escrever a minha vida pra colocar todos os detalhes que sabia, haha.

Eu viajava muito nas aulas de história (no bom sentido, sempre!), pois imaginava como eram as estruturas, pensava nas características daquela determinada sociedade, e imaginava todo um contexto que não saía da minha cabeça! Era tanta informação nova que sempre voltava exausta pra casa!

Estudei muito pra poder passar, e mesmo assim História foi a disciplina que tive nota mais baixa até hoje (talvez alguma matéria consiga essa proeza nesse mesmo semestre, mas honestamente espero que não, haha), mas no geral eu gostei da experiência e tenho salvo todos esses slides no meu computador até hoje. :)

5. Fotografia

Eu tinha uma outra impressão da fotografia antes de fazer essa disciplina. Eu sempre gostei de fotografar paisagens, sendo que algumas fotos ficam maravilhosas e outras eu acabo vendo pequenos defeitos que me fazem “desgostar” dela.

Nessa disciplina acabamos aprendendo algumas coisinhas com a câmera, como fotos de zoom in/out, fotos com fundo em movimento, regra dos terços e até fizemos nossa própria câmera pin hole, e digo desde já que foi horrível montar essa câmera, tanto pela falta de materiais na cidade, quanto pela facilidade do filme queimar.

Fotografia também foi de longe a disciplina mais cara de todas. Toda semana tínhamos que imprimir um determinado número de fotografias. No local mais conveniente pra mim (shopping), a impressão de cada foto custava R$10. Menos mal que alguém descobriu uma loja no centro que imprimia a mesma foto a R$3, e foi uma mão na roda quando tínhamos que entregar um número maior de fotos por semana.

O ensaio final foi de 12 fotos e tema livre. Escolhi tirar fotos de pés, mas não de um ponto de vista podólatra e tal, e sim por que me inspirei em alguns igs que mostram sapatos em pisos diferentes! Amei o conceito, e como estava com pouco tempo para tirar as fotos, não mostrei uma grande quantidade de sapatos, haha. O nome do meu ensaio foi em francês, e cada foto tinha um nome (em francês também). Procurei também dar uma sequência, e realmente espero que o professor tenha gostado. Confesso que nunca mais vi essas fotos desde a entrega, haha.

6. Projeto Arquitetônico 1

Para concluir o post, preciso falar da nossa primeira disciplina de Projeto. Nela, tivemos que projetar uma casa para uma família, e ali aprendemos os primeiros conceitos de partido arquitetônico, programa de necessidades e outras características que são essenciais para definirmos o que queremos no nosso projeto.

O início foi bem difícil, mas eu acho que evoluí muito no processo, e continuo fazendo isso até hoje. Se compararmos a Camilla da primeira apresentação para a Camilla de hoje (que tem que fazer um corte do telhado amanhã mesmo), a evolução é impressionante! Apesar de hoje não gostar do projeto da minha primeira casa, eu evoluí algumas ideias que me fazem gostar muito mais do trabalho que eu faço hoje e aparentemente, isso está em mudança constante.

Tivemos que apresentar nossa casa para a turma. Algumas pessoas tiveram dificuldade nesse ponto, mas eu não. Meu problema maior foi mais a questão técnica de como representar as coisas, mas como uma professora falou para mim nesse semestre, é preciso ser autodidata em alguns aspectos. Eu fui atrás, me dediquei muito e tento fazer isso até hoje (e sinto que não vou parar de) pois sempre quero melhorar meus projetos e impressionar as pessoas, especialmente a principal pessoa: eu mesma.

 

Pois é, em breve eu farei esse post para o terceiro período. Muita coisa aconteceu (e ainda está acontecendo). Mas que fique claro que mesmo com os perrengues, as dificuldades, as noites sem dormir e todo estresse que acarreta com isso, não tenho dúvidas de que essa foi a melhor escolha que fiz em minha vida! Cada dia que se passa eu sou mais apaixonada por tudo isso, e grata por ter mais essa oportunidade na minha vida. É isso. Até logo :)

 

A importância de salvar fotos

O último post que escrevi foi no dia 5 de setembro de 2017. Quanto tempo! Primeiramente tenho que dizer que tem vezes que eu não consigo dar sequência às coisas. Às vezes posto muitas fotos e depois paro. Publico textos seguidos aqui e depois paro. Começo a academia e depois paro. Começo a cuidar da minha saúde e depois paro.

Depois. Sempre confio no depois. Depois eu termino. Mas tem vezes que depois eu não termino e depois paro. Foi isso que aconteceu com Minas Gerais.

Dos lugares no Brasil que eu mais queria conhecer, Minas Gerais encabeçava minha lista! Amo história, construções coloniais, e claro, um pouco de vida cosmopolita. Achei Belo Horizonte organizadíssima, com ótimos restaurantes, pessoas bonitas e educadas. O interior é lindo demais e eu tenho muitas pautas para postar aqui. Mas depois.

Eu absolutamente não tenho nada que reclamar da minha semana mineira. Reencontrei alguns amigos que fiz quando morava em Budapeste, visitei a faculdade onde meu avô estudou, e claro, conheci muitas coisas que vi nos livros de história.

Mas depois… cheguei na minha casa e demorei para salvar as fotos que tirei. Levei a minha câmera e o meu celular. Selfies e fotos onde eu aparecia de corpo inteiro nos lugares ficaram todas no celular. A câmera, como quase sempre, ficou com as fotos dos detalhes, dos prédios e de situações inusitadas, ou seja, não apareci em nenhuma fotografia.

Confiei na tecnologia e um belo dia desliguei meu celular para economizar bateria (o bichinho já não está nas melhores condições). Quando o liguei de novo, tudo havia desaparecido! Contatos, aplicativos e as FOTOS. Tudo que estava no cartão de memória misteriosamente sumiu! Só porque eu desliguei o celular!

Muitos momentos desapareceram, não só da viagem como outros! Para uma pessoa que gosta de conservar momentos e memórias como eu, perder isso foi como levar um tapa na cara, um soco no estômago! Isso me afetou tanto que eu perdi a empolgação de postar, tanto aqui, quanto no Instagram. Se eu já perco sequência de postagem normalmente, imagina com uma situação dessas!

O “prêmio de consolação” foi saber que as fotos da câmera ainda estavam lá, mas elas não provam que eu estive em Minas Gerais porque… eu não apareço nelas. Tirando umas 5 fotos que postei no meu Instagram pessoal e as histórias, não tenho mais nenhum registro do meu rosto em terrinhas mineiras.

Temos sempre que aprender algo com nossos erros, não? Eu recentemente voltei de uma viagem longa e maravilhosa para Bogotá! Eu iria visitar a terrinha há uns dois anos, e tive que cancelar a viagem abruptamente uma semana antes. Dessa vez correu tudo bem, e tenho muito conteúdo novo pra escrever, mas o mais importante foi que eu consegui salvar as fotos dessa viagem em lugares seguros, e mesmo que o meu telefone surte e apague tudo de novo, elas não se perderão!

Essa viagem me deu fôlego novo pra escrever, e quero muito poder compartilhar ao máximo tudo que vi e apreendi (fora as outras coisas que queria escrever sobre outros lugares e situações).

É isto. Obrigada por chegarem até aqui! :) <3

 

 

O mais novo desafio (que já tem alguns meses)

Olá, internet! Faz um pouco mais de 4 meses que não posto nada aqui, e o motivo para isso é tempo. Pautas sempre são muitas, mas estava com pouco tempo livre para postar e para acompanhar a maioria dos blogs que sigo. O motivo disso é muito simples: realizei um sonho antigo e comecei a fazer o curso que sempre desejei, mas que os caminhos da vida sempre me desviaram. Estou estudando Arquitetura e Urbanismo! :)

Vou escrever esse post com muito carinho, espero que gostem, mesmo não sendo sobre viagens! Criei uma categoria chamada “Arquitetura e Urbanismo”, vou escrever algumas coisinhas sobre o tema, mas o blog vai continuar se chamando Camilla pelo Mundo! :)

Então, há exatamente 1 ano e 3 dias eu me tornei economista, e tenho muito orgulho disso! Adoro estudar economia, e esse é um dos cursos que abrem a sua mente e te ajudam a compreender o mundo. Sempre existe uma resposta pra tudo, o campo de atuação é bem amplo, mas eu vivia com uma sensação de que eu estava fazendo algo errado: mas eu sentia isso desde os 17 anos, então para mim, parecia ser um sentimento normal.

Um breve resumo da minha vida acadêmica: no segundo ano do ensino médio, eu queria muito estudar Arquitetura, mas esse curso só existia em faculdades particulares aqui na cidade. Minha família foi sempre bem preconceituosa (não vejo palavra mais semelhante para demonstrar esse sentimento) em relação a faculdades particulares, então a minha opção era estudar na pública e pronto. Como não havia escolha, eu decidi que iria prestar vestibular para Engenharia Civil. Até então eu amava matemática e achava que não teria maiores problemas.

No terceiro ano do ensino médio o professor de matemática era ruim, e do nada eu deixei de ser uma aluna nota 10 e passei a ser mediana, mesmo que esforçada. Fiquei apavorada com a minha queda de rendimento e desisti dessa vontade de fazer Engenharia. No meio do ano iria acontecer o vestibular na Estadual e eu escolhi o curso por eliminação, e foi dessa maneira que eu me inscrevi para Odontologia. Acabei passando e fiz avanço de série (a pior semana da minha vida), fui aprovada, e comecei a faculdade enquanto meus amigos ainda estavam no colégio. Esse é um dos maiores arrependimentos da minha vida.

No final desse mesmo ano, eu também passei para Odonto, só que na Federal. Hoje também considero um erro, pois eu já estava cursando a mesma faculdade na Estadual, então perdi meus pontos de graça. Nunca me vi sendo dentista, e me sentia muito triste na faculdade. Tomei coragem e acabei desistindo do curso, e voltei a estudar.

O novo ano começou e era o primeiro onde o Enem iria servir para selecionar os alunos para entrar na faculdade, e outra notícia me deixou bem animada: o curso de Arquitetura iria começar na Federal ainda naquele ano!! Fiz o Enem, sinto que não estudei o bastante, mas mesmo assim consegui uma boa nota.

Antes o Sisu era diferente, já que todas as chamadas tinham sua própria seleção, e me inscrevi. Como era o primeiro ano tanto do Sisu quanto da Arquitetura, ninguém estava acostumado com o sistema. O site era difícil de acessar, as pessoas não sabiam o que esperar, mas me inscrevi pra Arquitetura! No primeiro dia, estava em terceiro lugar. No segundo, eu caí bastante mas ainda estava dentro do número de vagas. No terceiro (o último), eu já não estava na lista.

Fiquei arrasada, mas ainda tinham duas outras chamadas do Sisu! Será que eu colocaria Arquitetura de novo? E se eu não passasse? Iria deixar meus pais desapontados por não estudar na Federal?

Nesse meio tempo entre primeira e segunda chamada do Sisu, o meu pai foi numa faculdade particular que até então tinha o melhor curso de Arquitetura e Urbanismo da cidade, ele pegou umas informações e ficou decidido que eu me matricularia lá caso eu não passasse.

Então, na segunda chamada do Sisu, me bateu medo. Eu não acreditava em mim, sempre pensava que os outros eram muito melhores, e decidi optar por um curso que me agradava, e que eu teria condições de passar. Foi aí que escolhi Economia, pelos motivos que citei acima. Eu sabia que iria passar, e acabei passando mesmo. O primeiro ano foi de empolgação, e mesmo gostando de estudar sobre o assunto, eu sentia que estava carregando um fardo. A alegria diminuiu e terminei a faculdade como se fosse uma obrigação, tanto que o meu sentimento não era de alegria por ter concluído um curso tão importante, e sim de alívio.

Vários pontos de interrogação surgiram na minha cabeça, pois os planos que existiam no início do curso foram destruídos. Eu achava que queria realizar certas coisas, e depois descobri que não, eu tinha desprezo por estes planos. Essas ideias se resumem em duas palavras: concurso público.

Cresci com a minha mãe me falando sobre os concursos, a estabilidade e blá blá blá. Eu juro que tentei dar uma chance para esses estudos, mas não deu. Não gosto de estudar os assuntos sobre Direito e não suporto a ideia de trabalhar para qualquer ente federado. Quando tive certeza disso, já estava com o diploma na mão, com a videoaula ligada e todas as minhas perspectivas para o futuro no chão.

Eu juro que tentei! Passei 6 meses trancafiada num quarto estudando noite e dia, e mesmo assim não fui bem para o concurso que estava estudando com tanto afinco. Eu me sentia um lixo, pois eu não conversava com ninguém, não conhecia ninguém, não estava tendo resultados e estava vendo que eu estava deixando de viver minha vida pra ficar estudando para alguma coisa de um assunto que eu odiava para ganhar um salário que para mim, não compensava esse esforço. Mesmo sabendo que esse é um esforço de longo prazo, sabe-se lá quando eu iria passar! Se em 6 meses eu não aguentei, imagina dois, três anos de estudo!

Antes disso, me inscrevi pro Enem de novo. A justificativa era passar pra Direito, pois isso me auxiliaria nos estudos para concursos, mas eu sentia que se eu passasse, eu já chegaria derrotada, pois eu não suportava a ideia de fazer faculdade de Direito. A minha mãe me pressionou tanto a seguir a carreira dela que ela conseguiu fazer o contrário.

Me surpreendi com a minha nota! Acho que inclusive foi melhor que a tentativa anterior, e de novo, sem estudar para isso. Por sorte minha (não a da minha mãe), a nota de corte para Direito estava mais alta do que a minha melhor nota, e deixei o destino cuidar disso, pois escolhi Arquitetura como primeira opção no Sisu!

Novamente o destino seguiu o ritmo: nos primeiros dias eu estava dentro… no final, eu estava fora! Fiquei triste de novo e deixei Design como a segunda opção. Eu era a segunda colocada em Design (ou seja, estava quase passada) e iria tentar a sorte na lista de espera pra Arquitetura. Nota: antes eu nem sabia da existência da lista de espera, talvez se eu fosse um pouco mais paciente, eu teria passado para Arquitetura ao invés de Economia.

Aí que veio a melhor notícia do ano até agora! Numa segunda feira de manhã saiu o resultado do Sisu. Eu já estava direcionando o meu olhar para a opção de Design, para confirmar minha aprovação, mas aí eu li a seguinte frase: Parabéns! Você foi aprovada na primeira opção!!

A nota de Design havia sido descartada e eu estava finalmente realizando o meu sonho! Eu fiquei tão feliz que chorei muito! A pessoa que ficou mais feliz com isso foi a minha avó, que teve a melhor reação!

O fardo que eu sentia quando eu estudava Odonto e Economia não existia mais! Nunca me senti tão leve e tão feliz na minha vida! Agora a minha única preocupação é a idade, pois eu vou me formar muito mais velha que meus colegas. Mas a idade é só um número, certo?!

Pois é, desde o início do ano, estou ocupadíssima fazendo as maquetes, plantas baixas e outras coisinhas da faculdade! Voltando ao início do texto, é esse o motivo de estar tão sem tempo! A faculdade de Arquitetura é uma das que consomem mais tempo e dinheiro, por causa dos trabalhos manuais, mas isso é outro tema.

E também esse é o primeiro texto de muitos a serem lançados até o fim do mês. As minhas férias da faculdade estão começando (infelizmente sem viajar né?) e terei um tempinho para escrever algumas coisas que meus dedos estão implorando!

Espero que esse seja o primeiro post de muitos da categoria “Arquitetura e Urbanismo”, e se você leu esse texto até agora, espero que tenha gostado! Aguarde que em breve escreverei mais coisas! :)

O relato sobre a minha visita à Colonia del Sacramento

Olá pessoal! Quem me acompanha por aqui já sabe que eu estou fazendo relatos sobre os destinos da minha última viagem, onde conheci Montevidéu, Colonia del Sacramento e Buenos Aires. Não é segredo para ninguém que me encantei especificamente com o Uruguai, e realizei um pequeno sonho da minha vida ao conhecer a Colonia del Sacramento.

Para deixar o relato bem completo, dividi o post em algumas partes. Para concluir o raciocínio sobre Colonia del Sacramento, hoje vou contar pra vocês o relato da visita. Espero que gostem! :)

Acompanhe também: De Montevidéu a Colonia del Sacramento de ônibus

Detalhes das casas

Detalhes das casas

Então, saímos de Tres Cruces no ônibus das 9:30, e apesar do mapa indicar que a viagem entre Montevidéu e Colonia dura um pouco mais de 2h, a viagem chegou próximo de 3h devido as paradas que o ônibus faz no caminho. Até então tudo bem, pois tínhamos um pouco de folga, mas não queríamos abusar.

Chegamos em Colonia aproximadamente 12:30 e a nossa intenção era procurar um lugar para guardar as malas. Não existem muitos guarda-volumes disponíveis na região, e acabamos encontrando um bem em frente à rodoviária e a estação hidroviária, numa loja especializada em artigos para viagens. Pagamos 10 reais por duas malas e sem limite de tempo. Menos mal que eles aceitavam real, daí não gastaríamos mais nossos preciosos pesos só para guardar as malas!

Lá nessa loja onde deixamos as nossas malas, perguntei se eles tinham algum mapa de Colonia. O que eu tinha era o Google Maps: já tinha marcado com estrela os principais lugares da cidade, mas não queria ficar gastando a bateria do meu celular à toa. Gentilmente ele me deu um mapa e me explicou onde ficavam algumas das principais atrações da cidade. Agradeci e fui conhecer Colonia!

Farol da Colonia del Sacramento

Farol da Colonia del Sacramento

Acompanhe também: 8 fotos imperdíveis para tirar na Colonia del Sacramento

Saímos dali e fomos em direção à Av. General Flores, que é a principal da cidade. Pela maior parte de sua extensão, tinha muitas lojas, restaurantes, pessoas vestidas como gauchos tomando mate sentados nos bancos espalhados pela rua.

Tinham tantos restaurantes pelo caminho, e a maioria vendia adivinha o quê: carne! O cheirinho era bem gostoso, e ao mesmo tempo que a cidade aparenta ser (e é) turística, o clima era muito de cidade de interior.

Caminhamos, caminhamos e caminhamos, sempre em linha reta, até chegarmos na “fronteira” entre as partes nova e velha de Colonia. Confesso que não sabia nem pra onde olhar, já que estava muito feliz e emocionada de estar ali!

Fronteira

Fronteira

Saímos da Gen. Flores e entramos na rua Vasconcellos, em direção à Basílica del Santíssimo Sacramento. Igrejinha linda no centro de uma cidadezinha de aparência colonial é bem linda, já imaginem! Na frente da igreja tem uma pracinha e ficamos lá um pouco.

Depois nos dirigimos até o Farol: até hoje existem ruínas do que um dia foi um antigo convento português que foi demolido pelos espanhois. Dá para subir no topo do farol, mas devido ao nosso tempo reduzido, ficamos no chão.

Após o Farol, fomos em direção à orla de Colonia, onde tirei algumas fotos clichês com o rio como background, haha. Terminamos de andar pela orla, sempre apreciando a bela paisagem do río de la Plata e voltamos até o centro histórico de Colonia, que é bem pequeno.

Mapa da Colonia del Sacramento nos azulejos

Mapa da Colonia del Sacramento nos azulejos

Caminhamos pelas ruas que ainda não tínhamos entrado e achamos tudo lindo! Ruas de paralelepípedos, azulejos portugueses, e uma sensação de volta ao passado, tudo fantástico!

Para terminar o dia, nos sentamos no Pier de Colonia, sentindo o vento fresco no rosto e aproveitando a linda vista do río de la Plata. Alguns minutos depois, começamos a caminhada em direção ao guarda volumes e em seguida, ao terminal hidroviário, onde iríamos diretamente para Buenos Aires.

Acompanhe também: Atravessando o Río de la Plata

Esse trajeto durou aproximadamente duas horas, mas com certeza vale a pena pernoitar em Colonia. Fizemos assim com a intenção de ganhar um dia a mais em Buenos Aires, mas no final acabou não valendo a pena.

Deveria ter sido ótimo passar a tarde inteira aproveitando o centro histórico de Colonia, e ficamos com aquela sensação de que fizemos tudo correndo. Nem comer direito nós conseguimos!

A experiência faz o homem, então seria interessante aproveitar um dia inteiro em Colonia sem sombra de dúvida. A cidade é linda e encantadora, além fazer parte de um período importante na história do nosso Brasil. Já pensou se Colonia tivesse ficado definitivamente do lado português?

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O relato sobre a Torre Eiffel e eu sozinha

Olá a todos! Hoje vou falar sobre a Torre Eiffel que é, provavelmente a estrutura mais famosa do mundo. Por ser um monumento super mega famoso, uma infinidade de blogs e sites já falou sobre ela, mas depois de mais de 4 anos de blog, achei que eu deveria falar sobre também!

Especificamente, esse post tem um caráter bem pessoal, e vou contar de maneira rápida como foi minha ida até lá em 2012, sozinha e desimpedida na forma de um relato. Depois separei algumas curiosidades sobre a Torre Eiffel. Espero que gostem!

Torre Eiffel, no verão

Torre Eiffel, no verão

O contexto da viagem

Em fevereiro de 2012, eu estava sentada na cozinha do hostel em Moscou fazendo pesquisas de passagens na internet, com o intuito de encontrar um lugar para passar uma semana livre. Eu tinha a Europa inteira à minha disposição, mas como era a minha primeira viagem 100% sozinha, eu ainda tinha muito medo de me jogar.

Mesmo em Moscou eu não estava sozinha. Os meus amigos que me acompanharam no intercâmbio ficaram ao meu lado o tempo todo, então decidimos passar uma semana livre com todos juntos na capital russa.

Fora isso, ainda tinha outra semana livre, onde eu poderia ir para qualquer lugar. A princípio, eu iria viajar com um amigo para Praga e depois Paris, que era onde saía o nosso voo de volta para casa. Só que durante essa semana de folga em Moscou nós brigamos e não queria mais viajar com ele.

Tive sorte, pois até já tinha comprado a passagem para Praga, mas o cartão não autorizou a compra. Ele foi sozinho e eu tinha que escolher outro lugar. Pensei bastante até que enfim consegui falar com uma amiga que morava em Londres na época. Até hoje quero conhecer o Reino Unido e perguntei se ela estaria lá, mas justamente no dia seguinte à nossa conversa ela pegaria o voo de volta para o Brasil.

Então aceitei a sugestão da minha mãe e decidi comprar a passagem para Paris mesmo, e eu já conhecia a cidade, mas não de maneira profunda. Como eu estaria completamente sozinha, achamos que seria melhor ir para um ambiente mais “familiar”, para que no futuro eu pudesse ir para lugares novos por conta própria. Também ajudava o fato de que o meu voo de volta para o Brasil seria via Charles de Gaulle, então eu não precisaria comprar outra passagem. Naquela mesma noite, compramos as passagens pra Paris com conexão em Istambul.

Acompanhe também: Airport review: Istanbul Atatürk (IST)

A tarde que fui para a Torre Eiffel

Em um dos dias que estive em Paris, decidi caminhar tranquilamente pelo Champ de Mars e imediações, já que da outra vez eu não tive tempo para fazer isso. Para tanto, desci na estação Bir-Hakeim, que fica na linha 6 do metrô.

Embaixo

Embaixo

Diferentemente de muitos outros locais em Paris, a saída da estação de Bir-Hakeim não fica ~~exatamente~~ na entrada da Torre Eiffel. Saindo do metrô, existiam algumas plaquinhas com setas indicando a direção para chegar até a torre, o que não é difícil. Na verdade, simplesmente seguindo a margem do Sena e vendo a torre gigante bem na sua frente dá pra ter uma noção de onde fica.

Acompanhe também: Passear por Paris com a ajuda do metrô

Direção!

Direção!

Enfim, cheguei em baixo da torre e a minha intenção era subir mas desisti ao ver o tamanho da fila. Na verdade, já imaginava que a fila para subir na Torre seria imensa, mas desanimei totalmente quando vi ao vivo. Pensei: pra quê subir se vou gastar muito tempo na fila e ficar lá só um pouquinho e descer? O meu dinheiro estava contadinho também, então decidi economizar, haha.

Numa viagem futura a Paris aí sim vou fazer questão de subir. Hoje em dia possuo uma câmera muito melhor, o que vai me render muitas fotos excelentes!

Champ de Mars

Champ de Mars

Então fiquei no chão, apreciando o Champ de Mars (Campo de Marte), que é um a área verde de 42 hectares que fica entre a Torre Eiffel e a École Militaire. Estava com alguns biscoitos na bolsa e sentei num banquinho e fiquei apreciando a paisagem: as pessoas indo e vindo e a Torre Eiffel magnífica ao meu lado.

Quando me entediei fui ao laguinho que fica ali ao lado e me encantei com os patos que lá estavam. É impressionante como no centro de uma grande cidade os animais conseguem viver em harmonia.

Patinhos

Patinhos

Caminhei e explorei o Campo de Marte, mas estava muito incomodada por estar sozinha. Era ruim ter que passar o dia sem ninguém para conversar, para compartilhar meus sentimentos naquele lugar maravilhoso. Enquanto eu via os casais e as famílias unidas, me dava um aperto no coração por não ter ninguém para aproveitar esses dias comigo.

De qualquer maneira, foi ótimo passar esse tempinho ali. Não subi, não enfrentei fila, mas fiquei admirando cada detalhe da Tour Eiffel lá de baixo.

École Militaire

École Militaire

Concluindo, segui meu caminho e fui em direção à École Militaire. Antes de chegar lá, fui conhecer o Mur pour la paix, que é uma escultura de vidro que teve como inspiração o Muro das Lamentações de Jerusalém. Ali possuem várias mensagens sobre paz em diversos idiomas.

Scuplture

Scuplture

Meu próximo destino seria os Inválidos, já que eu queria ver onde o Napoleão estava enterrado.

Para terminar, alguns fatos e curiosidades sobre a Torre Eiffel

Acredito que a maioria das pessoas que tem o mínimo de informação sobre cultura conhecem ao menos a silhueta da Torre Eiffel, mas ela é mais que um monumento qualquer. Só para dar um gostinho, vou citar algumas curiosidades sobre a Tour:

  • A Torre Eiffel originalmente seria a porta de entrada da Exposição Mundial de 1889. Atualmente conhecida como Expo, a feira sempre acontece em cidades diferentes pelo mundo, com o intuito de apresentar novas tecnologias para o público em geral.
  • Por causa desse objetivo específico (participação na Expo), a torre seria desmontada com o fim do evento. Felizmente isso não aconteceu.
  • Quando foi construída, a Torre Eiffel era a estrutura mais alta do mundo construída pelo homem.
  • Ela possui 324 metros de altura e pesa mais de 7000 toneladas.
  • Mesmo não sendo mais a mais alta estrutura do mundo, ela ainda continua sendo o prédio mais alto de Paris!
  • Seu nome é uma homenagem ao engenheiro principal da obra, o Gustave Eiffel.

Espero que tenham gostado! Amanhã tem mais um post novo! Um abraço!

Tour

Tour