As pesquisas

Faz tempo que eu não pesquiso coisas para uma viagem grande. Minha última grande experiência tinha sido justamente em 2019 com a viagem a Las Vegas, mas foi diferente. Eu iria para o casamento de uma amiga, então meio que já existia um “cronograma” e algumas ideias e vontades do pessoal que nos acompanhou. Dessa vez, vou completamente só e preciso saber exatamente quais locais preciso de fato ir.

Considerando que já fui a Paris outras vezes, a maior parte dos outros blogs e listas só postam o óbvio. Estou meio cansada de abrir qualquer página que é intitulada “10 coisas pra você fazer em Paris” ou “Onde você deve ir em Paris”, e até “O que você não pode deixar de fazer quando ir a Paris” (são todos nomes genéricos, tá?! Mas a intenção é a mesma).

O que me deixa justamente cansada é a generalização de tudo isso. Eu já sei alguns itens dessas listas de cor, e elas sempre contemplam a Torre Eiffel, o Arco do Triunfo, a Notre Dame, o passeio de bateau mouche… eu realmente quero ir para lugares que ainda não fui… nem sequer passei perto!

Alguns dos lugares que pretendo ir incluem as obras de Le Corbusier, como a própria Villa Savoie. Difícil vai ser alguém que queira me acompanhar neste turismo arquitetônico!

Também gostaria de ver o campo onde o 14 Bis voou pela primeira vez. Se não me engano foi no Bois de Boulogne, e parece que esse espaço é pouco visitado.

Em qualquer fim de semana eu gostaria de visitar os jardins do Monet e chegar até o Mont Saint Michel! Serão duas aventuras e espero que consiga ir!

Mas claro, tem lugares “óbvios” que eu confesso que não fui em Paris, hehe. Eu nunca visitei o Moulin Rouge, por exemplo. Talvez dessa vez eu só tire fotos na frente mesmo, já que não sei se estou disposta a gastar um horror de suados euros para assistir um show de sei lá… uma hora?

Outro “delito” que cometi nas minhas idas a Paris foi não ter visitado o Sacré Coeur!!! Dessa vez não escapa!

O Centre Pompidou já está na lista! O utilizei bastante como estudo de caso durante a minha faculdade de Arquitetura.

Agora também confesso que gostaria de refazer algumas visitas. Versailles, por exemplo. Minhas fotos por lá são absolutamente péssimas. Desculpem a sinceridade e talvez a falta de sentimento comigo mesma, mas eu estava muito mal vestida no dia que fui pra lá. Além disso, a qualidade da minha câmera em 2010 era baixíssima… então já sabem o motivo dessas fotos serem inexistentes no meu portfólio, haha.

Além do mais, não conheci os jardins adequadamente. Só fui até o espelho d’água e… pronto! O condado da Maria Antonieta… não vi nem a cor!

Outra experiência que não tive foi de subir a Torre Eiffel. Apesar de já ter algumas fotos com a mesma, e também ter aproveitado uma tarde no Champ de Mars, não tive vontade/paciência para esperar a subida nos elevadores. Agora essa desculpa não vai colar, haha.

E as fachadas? Pretendo fotografar várias! Assim como filmar! Nota mental: não esquecer de separar os cartões de memória!

Para completar, semana passada fiquei assistindo a última temporada de Emily em Paris… ótima forma de eu me iludir um pouco, não? (risinhos) E confesso que o estímulo de ficar assistindo a série me deu uma gana de pesquisar um pouco mais sobre lugares que dessa vez não escaparão à minha presença!

Além do mais, fiquei pesquisando o que eu poderia fazer nos meus poucos dias livres e nos fins de semana. Mas cheguei à conclusão de que eu só vou conseguir pensar adequadamente lá. Mas já estou com muitas ideias! Agora a maior preocupação se chama dinheiro! Infelizmente com a instabilidade que as instituições estão sofrendo (especialmente depois de hoje), creio que o mercado irá se comportar mal e consequentemente… o euro indo às alturas… aiai! (Mas prometi que não ia falar nada nesse âmbito… enfim)

Passagens Compradas – Paris

Apesar de estar aqui novamente, 11 anos após o primeiro parágrafo escrito, existe uma grande semelhança. É a empolgação. Mas para quê?

Em 2012, como disse no post de ontem, eu arrumei minhas malas em direção à mãe Rússia. Em 2013, foi a vez de me preparar para uma experiência na Hungria. Hoje, em 2023, estou prestes a embarcar no meu terceiro intercâmbio, e dessa vez num lugar não tanto “exótico”. Vou passar um mês na França!

Minhas passagens já estão compradas, e assim como os antigos posts da aba “Passagens Compradas”, me preocupei em fazer essa espécie de anúncio, assim como eu fazia anteriormente.

Como disse, se passaram 11 anos da Rússia e quase 10 da Hungria. Dessa vez a facada pelas passagens foi muito mais profunda. Se calcularmos em termos nominais, gastei mais que o dobro do valor que foi a passagem para Budapeste. Reflexo dos tempos atuais, onde o custo de vida do brasileiro subiu exorbitantemente. Eu não queria entrar muito do mérito da análise econômica nem política neste post, apesar de me posicionar categoricamente contra muitas questões que aconteceram nos últimos anos, mas uma coisa é fato. Essa viagem para a França está sendo muito mais difícil de lidar (no âmbito financeiro) do que nas vezes anteriores. Enfim…

Dessa vez também, outros medos estão aparecendo. Coisas que não ocorriam com a Camilla jovem adulta que resolveu conhecer o Leste Europeu.

Estou preocupada com o local que vou morar. Se o transporte até o Centro será fácil (porque já me conformei que não vou morar no centro de Paris), se eu terei um banheiro limpo (e também já desisti do banheiro privativo), se eu verei ratos pela casa (já vi relatos de que na capital francesa, não é estranho você ver um bichinho desses nas casas, especialmente no térreo), e inclusive medo de arrombamento e incêndio! Lembrando que eu morei em prédios soviéticos antigos, onde provavelmente tudo já aconteceu por lá. Mas diferentemente dos prédios soviéticos que possuem uns 50-60 anos de idade, essas edificações francesas já são centenárias!

Temo também pela xenofobia, pela misoginia e tantas outras coisas. Não sei quem são as pessoas que vão cruzar comigo no dia a dia. Se elas são amigáveis a estrangeiros ou não… se eles acham que mulheres sozinhas na rua usando transporte público são um alvo. Falando em transporte público, tenho medo dos pickpocketers sim! Afinal de contas hoje, já na casa dos 30 anos, entendo com mais clareza o valor do dinheiro e de todo esforço que damos em conseguir nossos bens preciosos!

Ter medo é humano. E hoje essas coisas não passam despercebidas, diferentemente da Camilla que foi pra Rússia e pra Hungria.

Mas eu não estou falando mal dessa experiência! Eu estou muito feliz de estar indo a Paris! Estou cheia de planos! Estou animada para tirar muitas e muitas fotos, assim como conhecer os lugares que não fui! Estou animada para conhecer meus colegas de curso, imaginando que alguns deles possam ser de origens que ainda não tive tanto contato! Estou ansiosa para conhecer minha host family e entender como que a mente de um francês funciona! Estou contando os dias para pegar esse avião com destino a Londres, e poucas horas depois, outro me levará a Paris!

Paris é um sonho. Eu estive a um passo de ir para a Espanha, na verdade. Mas a Cidade Luz me iludiu! E vou compartilhar aqui os meus pensamentos… as minhas sinceridades… Estou feliz de verdade! Mas desta vez estou atenta a problemas e questões que eu não tinha antes. Acho que por causa disso, talvez essa experiência francesa seja mais completa!

Olá, quanto tempo!

24 de julho de 2019. Essa foi a data do meu último post.

Eu tinha comentado que eu iria a Las Vegas… na época eu até tinha criado uma categoria aqui no site só pra isso. O nome dela era “passagens compradas”. Era uma espécie de “anúncio” dizendo para onde eu iria direcionar a minha próxima aventura, meio que preparando meus leitores e me organizando mentalmente para possíveis posts futuros ou tópicos para abordagem.

Na verdade, eu já estava em marcha lenta naquela época. Quando eu comecei esse blog no ano de 2012 (isso mesmo! Já se passaram 11 anos), o mundo da internet era “só mato”, haha. Eu iniciei esse processo devido à minha viagem para a Rússia. Era muito difícil de encontrar informações sobre a experiência de viver naquele país, e eu queria que outras pessoas não passassem o mesmo que eu. Por isso, resolvi abrir meu coração e apresentar tudo o possível que vivi ali.

Por bastante tempo funcionou! O meu tráfego aumentou imensamente, comecei a receber emails com dúvidas na minha caixa de entrada, cheguei a escrever para outro site (!), até que uma série de coisas aconteceram.

Primeiramente, a mudança dos tempos. Com a popularidade do Instagram, as pessoas diminuiram muito a busca de informações através dos blogs. Hoje em dia, o Tiktok também consumiu uma parte do público. Lá pra 2015 resolvi abrir a minha primeira conta no Instagram direcionada a esse tipo de conteúdo, o @camillapelomundo. Mas confesso que abri essa página por… abrir. Eu tinha medo que alguém pegasse esse username e eu ficasse a ver navios.

De certo modo, funcionou. Mas também não. O @ é meu, e minha foto continua lá até hoje. Porém perdi a senha e não postei nada. Mas a ideia persistiu.

Em agosto de 2017, eu abri a minha segunda conta para dar suporte ao blog. Eu esqueci quais eram os primeiros usernamenes, mas atualmente é o @sziacamilla (que inclusive está fixado aqui na lateral da página). A princípio, eu queria compartilhar informações junto à edição de fotos, mas conforme o passar do tempo, os textos viraram emojis e a empolgação era mínima. Eu não respondia nenhum comentário, não curtia a foto de nenhum seguidor e apenas postava por… ter medo do esquecimento.

Vez ou outra eu sumia, e voltava por lá. Atualmente estou postando mais coisas por lá, com uma empolgação diferente. Ainda estou tentando me adaptar aos reels e… querendo saber como exatamente o Tiktok funciona (ele ainda não entrou na minha mente… sinal da idade).

Outra coisa foi a mudança de carreira. Comecei a estudar Arquitetura e no momento estou formada e trabalhando na área. Caso você não conheça nenhum arquiteto (a), saiba que esta é uma área que consome muito tempo! Seja no ambiente acadêmico ou profissional.

Então eu lamento, mas troquei esse site pelos posts no Instagram. Eu sempre quis fazer algo muito bem feito por aqui, então levava muito tempo para escrever e realizar toda a produção dos posts. E tempo… era o que eu não tinha.

Aconteceu outra coisa que me atingiu bastante. A guerra na Ucrânia me afetou de um modo que eu me senti culpada por ter posts que falavam da minha vivência na Rússia. Temendo que alguma palavra viesse à tona (visto que meus posts sobre a Rússia tinham um grande alcance), eu… arquivei tudo.

Me senti péssima por fazer isso, mas achei que o momento pedia tal ação. No futuro eu pretendo reativá-los, pois essa experiência com certeza me transformou para uma pessoa melhor. Isso vai acontecer no futuro… não sei quando… mas vai.

E para finalizar, queria dizer aquele famoso ditado… ano novo, vida nova! Apesar da minha vida corrida, resolvi separar 20 minutos do meu dia para escrever algo por aqui. E pretendo falar sobre algumas dessas experiências e pensamentos que não cheguei a compartilhar por aqui.

Desta maneira, voltamos à ideia inicial da origem do blog: relatos. Não sou jornalista, nem pesquisadora. Sou apenas uma entusiasta do bem estar e da vivência, que gosta de compartilhar a experiência. A princípio, não pretendo compartilhar fotos aqui (fica a deixa para acessarem minha conta no Instagram, haha).

E queria dizer que tem viagem nova sim! Em breve, novos relatos virão.

É isto. Se passaram 24 minutos. Szia/sziasztok!