“Escadaria para o paraíso”

Nós temos dias e dias. Em alguns deles, a nossa inspiração está canalizada para algumas coisas, e sinto que hoje é um dia que preciso colocar meu coração pra fora, tentando expressar um pouco mais de emoção. Nesses dias eu gosto de relembrar algumas coisas, especialmente o que já me fez refletir. Por isso, vou compartilhar um pequeno momento que me fez pensar muito, já que estou tão emotiva assim.

Ainda agora escutei Stairway to Heaven, e por mais que essa música seja daquelas que me faz “viajar” nas emoções e tal, me fez lembrar de um outro dia de reflexão que eu tive. Diferentemente de agora, que estou deitada de qualquer jeito em cima da minha cama, eu estava num lugar muito especial, em Praga. Pode parecer um white people problem, mas não é, sério, haha.

Enfim, vou contar como foi esse dia. Eu e minha flatmate decidimos passar um final de semana em Praga, já que era tão pertinho! É muito legal saber que muitas cidades legais estão ao seu alcance, então decidimos meter a cara e ir!

Chegamos cedinho em Praga, fizemos algumas coisas e tal… e queríamos ir visitar também o Castelo de Praga, localizado pertinho de Malá Strana. O nosso hostel era em Mála Strana mesmo, então nada era muito longe dali.

A questão é que o Castelo de Praga fica bem no alto de uma montanha, e tem uma pernadinha até o topo! Hoje em dia, acho que subiria mais tranquila, mas naquela época… medo.

Antes de falar mais assim, queria dizer que eu acho que não tive muita noção mesmo. Primeiramente: eu viajei com uma mochila, e só. Mas o problema não é a quantidade de coisas que cabem numa mochila, e sim, somente a presença dela! Não me toquei de que poderia ter levado uma pequena bolsinha só para usar na rua como a minha flatmate fez. Andar pra cima e pra baixo com a mochila foi horrível, e a dica que levo pra sempre é: passeie pelas cidades com uma bolsa mais prática.

Então eu e minha flatmate fomos caminhar por Mála Strana numa tarde de sábado e foi muito bom! Conhecemos boa parte dali, e em determinada hora decidimos começar a subida até o castelo. Até dava pra subir usando o transporte público, mas decidimos ir a pé, por uma escadaria gigantesca que te leva até o topo da montanha. E eu com a mochila.

A mochila ajudou, mas eu era muito sedentária também, além de estar acima do peso. Acho que paramos no meio do caminho algumas vezes (tadinha da minha flatmate, eu deveria estar atrapalhando muito o passeio dela), já que eu não aguentava subir tanta escada! Minhas costas doíam muito, meus joelhos nem se fala. Meu pé ainda estava se recuperando do acidente, e cada passo doía muito!

Mas tinha uma recompensa: a vista. A cada parada naquela escadaria, a vista de Praga era tão linda que me deixava mais calma – e estimulada pra continuar subindo. Afinal de contas, eu já estava ficando cada vez mais próxima do fim, e não fazia sentido descer. E também a vista ficava tão bonita… aos poucos o nível de gratidão ia crescendo.

Chegamos! Eu procurei ainda agora o número de degraus, e achei o número de 208. Não sei vocês, mas eu acho que esse é um número significativo!

Tudo doía muito (só pra reforçar), e estava muito, mas muito cansada. Estava sem energias para desbravar o local, tanto é que minha flatmate perguntou se eu queria ir conhecer um jardim lá, e disse que não, que a esperaria ali.

Ela caminhou, e fiquei sentada num batente por ali, que tinha uma vista incrível! A perdi de vista e nem sei pra onde ela foi, só sei que fiquei sentada ali observando a vista e o movimento.

Eu acho que ela deve ter passado pelo menos uma hora passeando… e eu fiquei pensando. Nunca refleti tanto na minha vida! Pensei na minha vida, nos meus sonhos, em coisas que aconteceram no passado, em pessoas que passaram pelo meu caminho, pensei em muita, muita coisa.

Refleti sobre a vida, sobre meu propósito, sobre minha existência. Chorei muito. Lembrei de alguns sustos que já tinha passado. Lembrei do acidente que tinha quase destruído meu pé. Me perguntei o que estava fazendo ali. Que decisões eu poderia ter tomado, e como elas afetariam o meu destino, e consequentemente a minha ida até ali.

Também observei as pessoas. Como elas eram felizes! Como elas aparentavam estar felizes. Eram famílias, casais. Senti que não estava dividindo esse momento com ninguém que eu amava. Toda aquela viagem era só… eu! Conheci pessoas maravilhosas no caminho, e que pretendo levar para minha vida inteira, mas os outros que sempre estão comigo nos bons e maus momentos não estavam. Percebi que estava sozinha. Não importava quantas pessoas estavam ao meu redor, me senti mais só que nunca. Mesmo se a minha flatmate chegasse naquele momento, eu iria me sentir só. Nós criamos um elo maravilhoso, mas seria só por aquelas semanas. Provavelmente nunca mais nos veremos de novo, e isso é verdade. Moramos em lados opostos do mundo, e será muito difícil conseguirmos nos ver pessoalmente.

Pensei tudo isso olhando para uma cidade linda, com uma vista linda. Eu via as pessoas subindo e descendo aquela escadaria. Eu via cabecinhas se movendo na Charles Bridge. Eu procurava identificar os edifícios de Praga. Notei que o prédio Ginger e Fred se destacava no meio de um mar de edifícios.

Minha cabeça explodiu. Teve um momento que não me lembro que estava pensando em algo. Acho que estava só existindo.

Normalmente eu uso essa expressão quando estou mal, doente, sei lá. Mas eu provavelmente estava com um sorriso no rosto, tentando escutar o barulho das pessoas ao meu redor e sentindo o vento. Ver como a cor do céu mudava, conforme o tempo passava.

Senti muita gratidão. Muitas pessoas não chegam a ter um décimo de oportunidades que eu tenho. Como eu poderia retribuir isso?

Pensei muitas coisas por que meu corpo doía muito. Parte pelo sedentarismo, parte pela mochila, e parte pelo pé acidentado. Mas eu tive um dos momentos mais significativos da minha vida ali. Observando o nada e o tudo ao mesmo tempo. E eu estava ao lado da escadaria. Escadaria para o paraíso. Stairway to heaven.

Se eu pudesse, eu comprava a escadaria pro paraíso. Ou pelo menos uma passagem pra Praga. Ou pra Budapeste. Ou pro Peru, que é o lugar que mais sonho conhecer. Será que todo brilho vira ouro?

O que fazer em Malá Strana?

Olá a todos! Semana passada eu fiz um post sobre a Cidade Velha de Praga, a Staré Město, e para continuar a falar sobre a capital da República Tcheca, vou falar hoje sobre o que eu vi e o que é bom fazer em Malá Strana.

Essa região é conhecida como a Cidade Baixa, e ela fica do outro lado da Cidade Velha, bem no sopé do Castelo de Praga. Ela é bem diferente de Staré Město mas possui um lindo charme!

Acompanhe também: Staré Město, a cidade velha de Praga

Praça

Praça

Onde se localiza e quais são suas características gerais?

Como adiantei no texto anterior, Malá Strana se localiza na margem esquerda do rio Vltava, lembrando que a cidade de Praga é cortada por esse rio em duas grandes zonas, leste e oeste. Enquanto a Cidade Velha, a Cidade Nova e o bairro judaico de Josefov se localizam na margem direita do rio, a Cidade Baixa e o Castelo de Praga se localizam no lado oposto.

Acompanhe também: O bairro judaico de Praga e suas curiosidades

A Cidade Baixa possui características muito distintas, comparadas a outras zonas da cidade. Essa região é cheia de jardins, canais e palacetes de estilo barroco, onde vivia a antiga nobreza tcheca.

Suas ruelas tradicionais de paralelepípedos merecem ser exploradas a pé, cada uma com pubs, restaurantes, artistas de rua e muita, mas muita arte! Ali é um ótimo lugar para se hospedar também, inclusive o hostel que escolhi se localiza nesta região.

Tenho uma coisa para confessar também. Gostei mais das fotos que tirei da Cidade Velha! :/

Acredito que um dia inteiro de caminhada é o suficiente para conhecer toda Malá Strana: existem muitos lugares a se explorar, como esses que vou listar aqui agora.

I have this thing with streets

I have this thing with streets

Algumas atrações de Malá Strana

A Lennon Wall é provavelmente uma das atrações mais simbólicas de toda a cidade de Praga. Em meados dos anos 1980, este ordinário muro começou a ser preenchido com letras de músicas dos Beatles, citações do John Lennon e outras mensagens de paz.

Aos poucos, esse muro virou símbolo da resistência do povo tcheco contra a opressão do regime comunista imposto pela antiga Tchecoslováquia. Curiosamente, a maneira mais simbólica e desafiadora que jovens simples como eu e você fizeram para peitar o comunismo foi… escrevendo! Os comunistas até pintaram o muro de branco algumas vezes, mas as mensagens (felizmente) teimavam a voltar!

Hoje em dia, esse muro recebe muitos visitantes, e alguns ainda fazem suas contribuições para o muro.

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A Igreja de São Nicolau fica numa pracinha bem no coração de Malá Strana. Essa igreja é linda (se não a mais linda da cidade) e possui um estilo barroco inconfundível. Ela é aberta ao público, mas não pode tirar foto com flash do lado de dentro.

A pracinha que fica em frente à igreja é super movimentada também. Como ela está localizada num local estratégico de Malá Strana, existem muitas lojinhas e restaurantes ao redor. Não gosto de falar que um prédio é fotogênico, mas este é o caso da igreja com a pracinha, haha.

Curiosidade interessante sobre a igreja: sua construção demorou 100 anos do início ao fim!

Street view

Street view

Entrada da Igreja

Entrada da Igreja

Honestamente não sei como ali se chama, mas existe uma “pequena ponte dos cadeados” em Praga, que atravessa um pequeno canal adjacente ao rio Vltava.

Como já virou moda em alguns lugares do mundo, os cadeados que representam um casal cada ganhou seu espaço cativo na capital tcheca. Mais amor, por favor! <3

Ah, parece que dá para andar de barquinho nesse canal. Se você tiver tempo e dinheiro, acho que é uma atração que vale a pena!

O canal

O canal

No post sobre a Cidade Velha, falei um pouco sobre a Charles Bridge (Ponte Carlos), e vale a pena citar aqui de novo, já que essa ponte liga Staré Město justamente à Malá Strana. Esta ponte Carlos (Charles Bridge) é juntamente com o relógio astronômico, o principal símbolo de Praga. Essa ponte pedestre e medieval foi construída por Carlos, o rei tcheco mais conhecido, em meados do século XVI.

Originalmente a ponte que vemos hoje foi construída em substituição a outra que foi destruída por uma enchente. Também contei a história dela em outro post, onde tentei contar resumidamente tudo que envolve este belíssimo lugar!

Acompanhe também: A conexão de Praga

Vista da pontinha da Charles Bridge

Vista da pontinha da Charles Bridge

Eu poderia falar nesse post sobre o Castelo de Praga, mas teoricamente ele fica numa região de Praga separada só para ele, a Hradčany. Mas fica a dica que Malá Strana fica logo abaixo do castelo, no sopé do morro onde se localiza a melhor vista da cidade.

Mas como já dá para imaginar, essa região mais próxima ao castelo tem muitas ladeiras! Andar ali cansa bastante, mas existem uma série de lojas, patisseries, pubs e outros bem tipicamente tchecos. Encontrei ali os melhores preços para lembrancinhas.

Não parece, mas é uma ladeira íngreme

Não parece, mas é uma ladeira íngreme

Eu também posso destacar alguns outros lugares que são bem avaliados na internet em Malá Strana como a Torre Petrín, o Museu Franz Kafka e o Palácio Liechtenstein. Infelizmente tempo foi um problema e não consegui visitar nesse fim de semana off. Mas já está anotado na wishlist!

 

Staré Město, a cidade velha de Praga

Praga, sem dúvida alguma, é uma das cidades mais bonitas da Europa Central, e grande parte de sua beleza vem da Cidade Velha, ou Staré Město em tcheco. O local é chamado de Cidade Velha devido ao fato de que esta é a região mais antiga da capital Tcheca, datando do século XII.

A maior parte das atrações da cidade estão ou orbitam a Cidade Velha, fazendo com que a visita ali seja indispensável a qualquer viajante. Então, este é o post de hoje: o guia completo da Cidade Velha de Praga! :)

Praga-1

Praga-1

Onde se localiza e quais são suas características gerais?

Uma coisa que ajuda para um melhor entendimento de Praga é conhecer seu mapa. A capital da República Tcheca é dividida pelo rio Vltava em duas grandes partes. A Cidade Velha se encontra na parte leste, enquanto a Cidade Baixa e o Castelo de Praga se localizam a oeste.

Vou deixar a parte oeste da cidade em outro post, já que existem muitas coisas interessantes nessa região da cidade! Só a subida a pé para o Castelo de Praga já merece um post inteiro.

Falando agora de Staré Město, esta conserva muitas características de suas origens medievais. Este bairro é composto quase que inteiramente de ruelas pedestres, com pequenas casinhas coloridas alegrando o espaço com suas estátuas e pinturas.

Segundo o nosso guia do Walking Tour, Praga era uma cidade rodada por muralhas que hoje já não existem mais. Dentro dessas muralhas se localizava a Staré Město, considerada coração e área nobre da cidade.

Acompanhe também: Walking Tours em Praga

Mesmo com o passar do tempo e a transformação de várias partes da cidade, Staré Město continua com suas características medievais e pitorescas, sendo um lugar de encher os olhos e as câmeras de qualquer pessoa.

Antes de continuar a falar sobre Staré Město, preciso compartilhar que Praga é uma das cidades que mais vi turistas na rua! Não se espante com a quantidade de pessoas, especialmente em volta do relógio astronômico.

Algumas atrações de Staré Město

A Old Town Square é a praça principal da cidade, e em torno dela se encontram os principais museus, restaurantes e igrejas da cidade. Os prédios que a circulam são coloridos e alguns possuem pinturas na sua decoração.

No final de semana que estive lá, uma feirinha bem interessante se localizava nos arredores da praça. A grande maioria vendia comidinhas (comi um bratwürst lá), mas algumas barracas vendiam artesanato. Na minha opinião, essa feira combina muito com o local.

Old Town Square

Old Town Square

O relógio astronômico é provavelmente o principal símbolo de Praga. Sua estrutura, cores, e o significado de cada pequena estátua são amplamente estudados por historiadores e entusiastas. É impressionante a quantidade de pessoas que ficam em volta do relógio!

A cada hora durante o dia (acredito que só não funciona de madrugada), uma pequena apresentação com cucos, bonequinhos e música acontece. Em tempos antigos, isso era uma comemoração pelo fato de que mais uma hora do dia havia passado. Lembrando que em tempos medievais, as pessoas acreditavam que o fim do mundo podia vir a qualquer momento.

Eu já fiz um post bem detalhado sobre o relógio astronômico, onde procuro explicar um pouco da sua história e seus significados. O chamado “Orloj” de Praga certamente merece a atenção de quem passeia por Staré Město.

Acompanhe também: 10 coisas que você não sabia sobre o Orloj de Praga

Foto do Orloj tirada bem cedinho. Ainda não haviam muitos turistas na área.

Foto do Orloj tirada bem cedinho. Ainda não haviam muitos turistas na área.

A Torre da Pólvora (ou Torre do Pó) é uma estrutura localizada bem nos limites da Cidade Velha, e este é o único pedaço restante da antiga muralha que rodeava a capital tcheca.

Sua aparência semelhante a um portal não é em vão, já que a torre era uma estrutura que dava acesso às rotas comerciais do resto da Europa, já que Praga era um importantíssimo entreposto comercial.

Durante o reinado de Maria Teresa, a grande imperatriz da Áustria, essa torre teve a função de guardar pólvora, motivo pelo qual ela recebe este nome hoje em dia.

Sair por aí...

Sair por aí…

A ponte Carlos (Charles Bridge) é juntamente com o relógio astronômico, o principal símbolo de Praga. Essa ponte pedestre e medieval foi construída por Carlos, o rei tcheco mais conhecido, em meados do século XVI.

Originalmente a ponte que vemos hoje foi construída em substituição a outra que foi destruída por uma enchente. Também contei a história dela em outro post, onde tentei contar resumidamente tudo que envolve este belíssimo lugar!

Acompanhe também: A conexão de Praga

A ponte Carlos também serve como uma “fronteira” de Staré Město, mas ao mesmo tempo ela possui a função de ligar a Cidade Antiga com a Cidade Baixa, que como disse antes, fica do outro lado do rio. Hoje em dia existem outras pontes que fazem essa ligação, mas a Charles Bridge teve essa função originalmente.

Multidão na Charles Bridge

Multidão na Charles Bridge

Fora essas atrações importantes, é muito válido conhecer a pé as ruas de Staré Město. As ruas são muito bonitinhas, e existem muitas lojas que vendem uma série de artigos relacionados à República Tcheca. Fora isso, existe uma imensidade de museus (tipo o museu do chocolate, museu da cerveja, museus com temas medievais, entre outros) e lugares onde comidinhas típicas são vendidas.

Fachadas

Fachadas

Roupa típica tcheca

Roupa típica tcheca

Centro de Praga

Centro de Praga

Bem cedo e chovia muito

Bem cedo e chovia muito

Amei Praga e pretendo voltar. Só passei um fim de semana na cidade, e tinha tanta, mas tanta coisa pra fazer que com certeza acabei não conhecendo tudo que queria. Mesmo assim, procurei caminhar por todas as ruas que podia, e adorei o que vi. Com certeza, uma das cidades mais lindas da Europa!

 

 

10 coisas que você não sabia sobre o Orloj de Praga

Uma das principais atrações de Praga é o “Orloj”, que é nada mais nada menos que um relógio astronômico de tecnologia medieval instalado em 1410. Ele é o terceiro relógio deste tipo mais antigo no mundo, e o mais antigo ainda em funcionamento, e se encontra bem na praça central de Praga, na chamada “Cidade Velha”.

Foto do Orloj tirada bem cedinho. Ainda não haviam muitos turistas na área.

Foto do Orloj tirada bem cedinho. Ainda não haviam muitos turistas na área.

Várias coisas deixam esse relógio bem atrativo para o público em geral, como a idade, funcionalidade e visual. E quando eu falo em público, digo milhares de pessoas por dia admirando a beleza do relógio, paradas por vários minutos na frente do relógio, seja observando, tirando fotos ou filmando.

Multidão em Praga-1

Multidão em Praga-1

Acompanhe também: O bairro judaico de Praga e suas curiosidades

Mas existem vários motivos pelos quais o relógio chama a atenção. Vou listar 10 deles, essenciais para quem é curioso de saber mais sobre a origem de certas coisas. :)

1. Como falei antes, o Orloj teve suas primeiras partes instaladas em 1410. Porém com o passar dos anos, várias partes foram adicionadas, como estátuas (como as dos apóstolos) e outras seções do relógio. As últimas modificações foram feitas no século XIX.

2. O relógio já sofreu vários reparos, especialmente quando ele parou de funcionar algumas vezes. Porém na Segunda Guerra Mundial, ele foi bem danificado após o ataque alemão na “Revolta de Praga”.

3. O Orloj tem duas grandes fachadas:  de cima além de mostrar a hora e o anel do zodíaco, ele também mostra a posição do Sol no céu. Se o “sol” se encontra na parte azul mais escura, é o meio do dia; se for na parte branca, estamos no início ou no final do dia; se for na amarela, estamos ou no amanhecer ou no crepúsculo, e na parte preta, é noite. Estações do ano são consideradas e o relógio nunca falha.

5. Além da presença do Sol dourado no relógio, também há a representação da Lua. Em geral, ele mostra a presença de cada um destes astros na elipse da Terra.

6. A de baixo já mostra o calendário, que além de apontar o dia do ano em que estamos, apresenta o signo do zodíaco correspondente. O Brasão de Praga também se encontra bem no meio, assim como figuras representando estações do ano.

7. Uma das estátuas presentes ali é a da morte (que é um esqueleto), e ela curiosamente toca um sino. Outras figuras curiosas são do Turco tocando violão (que representa a ameaça dos Otomanos),  do Avarento (um Judeu representado com um saco de dinheiro) e da Vaidade (olhando num espelho).

8. A cada hora, uma pequena “apresentação” (com duração de cerca de um minuto) acontece, juntando sempre milhares de pessoas. Essa apresentação é uma espécie de “comemoração” pela passagem de mais 60 minutos.

9. Durante a época comunista, o relógio continuou funcionando, porém alguns significados das coisas foram alterados. Por exemplo, o homem com a venda era considerado “a falta de criatividade”.

10. Dá para subir para o topo da torre onde se encontra o relógio! Que tal tirar algumas fotos interessantes? :)

Então, o Orloj deve sim ser visitado em uma viagem para Praga. Para alguns, ele pode parecer “desapontante”, pois “ele é só um relógio”, “ele é muito velho”, ou até “o show é muito curto”. Lembrando que essas pequenas coisas são as interessantes de descobrir em qualquer viagem. Além do mais, a história do relógio e da capital da República Tcheca são profundamente interligadas, sendo assim, um símbolo gigante para os habitantes dali.

Um pequeno prazer

Às vezes eu paro e penso o quanto nós reclamamos da vida. “Trânsito está ruim e demoro pra chegar em casa”. “A unha acabou de quebrar”. “Não quero acordar cedo amanhã”. “Queria comer uma determinada coisa que não tem aqui em casa”. “O meu time acabou de perder o jogo”. E por aí vai.

Mas às vezes percebemos que o prazer se encontra nas pequenas coisas! Como foi bom poder andar descalça no chão, após passar um mês com o meu pé enfaixado. Um mergulho na piscina nunca foi tão gostoso, depois de passar um inverno longe de casa. Como é bom comer o que você gosta quando você está morrendo de fome!

Para percebemos isso sem ter que passar por certas situações, a reflexão é perfeita. Nada que uma bela paisagem possa resolver.

O meu papel de parede do desktop é uma foto minha no Castelo de Praga. Naquele dia, a minha roomate queria visitar os jardins do castelo, coisa que eu não queria fazer, já que eu já vi muitos jardins na vida e não é algo que me interesso. Enfim, eu acredito que ela passou cerca de uma hora passeando pelo jardim. O que eu fiz durante esse tempo todo? Nada! Isso mesmo, absolutamente nada.

Praga <3

Praga <3

Sabe aquele momento na vida em que você tem que tomar decisões efetivas para o futuro? Futuro profissional, pessoal, saúde, viagens, ambições, amigos, e todas as questões que parecem não ter resposta depois de alguns anos. Eu fiquei lá, sentada, por cerca de uma hora apenas observando a beleza de Praga com a mente vazia e ao mesmo tempo cheia de perguntas e “estratégias” para se levar na vida.

Aquela vista era tão tranquila e pacífica que eu simplesmente quis aproveitar o momento. Eu estava lá! Lá mesmo, em uma das cidades mais belas do mundo, apenas comigo e fazendo reflexões que ninguém consegue entender.

A verdade é que eu estava morta! Era umas 7 da noite, o sol ainda não havia se posto e eu estava andando desde as 6 da manhã. Subir ali no Castelo de Praga não foi nada fácil e os meus joelhos e costas estavam gritando por ajuda durante a subida na escada. Esse momento de reflexão foi super útil, fisicamente falando, mas eu confesso aqui que uma lágrima caiu. Emoção? Viver, ser feliz e estar ali.

Eu acabei de falar que eu não gosto de jardins. Mas eu passei um dos momentos mais reflexivos das minhas viagens em um jardim. Em Paris eu havia acabado de sair da minha melhor experiência de vida, na Rússia, e estava ali para aproveitar uma semana de férias quando decidi passar pelos Jardins du Luxembourg para caminhar, relaxar e pensar no que acabava de ter acontecido.

Jardins du Luxembourg

Jardins du Luxembourg

Os Jardins du Luxembourg não estavam nos seus melhores dias, já que era inverno e as folhas ainda estavam crescendo. Mas deu pra sentar ali e ficar observando a Torre Eiffel bem de longe, com a mente limpa, sem preocupações.

Talvez a associação da experiência que eu tive na mãe Rússia não fosse tão fácil assim, mas esses pequenos prazeres me fizeram perceber que sim,  eu sou uma privilegiada por ter estado lá.

Quando der, eu vou passar algum tempo só observando a paisagem e “limpando a mente”. Esse pequeno prazer faz muito bem.

 

 

O bairro judaico de Praga e suas curiosidades

Um dos lugares mais interessantes e incríveis da capital da República Checa é o Josefov, que é nada mais nada menos o reduto da comunidade judaica em Praga. Localizado aproximadamente entre a praça do relógio astronômico e do pêndulo, o bairro judaico é um dos melhores lugares para conhecer, gastar, e tirar muitas fotos.

Aqui, vou procurar contar um pouquinho de história, curiosidades e alguns pontos de interesse para quem está de passagem por Praga.

História e Curiosidades

Primeiro vai um pouquinho de história (as usual). A região da Boêmia (ou seja, Praga e seus arredores) era uma das poucas regiões da Europa junto com a Polônia, o Império Russo, a Hungria e outras localidades do leste europeu a admitirem a população judia como povo livre. Mesmo assim eles não viviam nas mesmas condições que outros cidadãos, especialmente em Praga.

A população de Praga ficou dividida em basicamente duas regiões distintas. Os mais ricos moravam em Mala Strana e Stare Mesto (onde se encontram as ruelinhas e aquele ar medieval de Praga), enquanto os judeus, mais humildes, moravam em Josefov, em uma espécie de favela, segundo historiadores.

A questão foi que a população judaica foi crescendo tanto que o Josefov começou a não comportar tantas pessoas. Lembrando que Praga tinha uma muralha, o que deixava o Josefov “preso” entre as muralhas de Praga e o rio Vltava.

Lá pelo século  XIX (não sei informar exatamente quando), boa parte do bairro judaico e seus guetos foi demolido para a criação de boulevards ao estilo parisiense. Uma das principais avenidas ali é a av. Parizska (em tcheco, Avenida de Paris), cheia de lojas chiques e caras. Uma parte da população ficou sem casa, e os judeus que enriqueceram com o comércio conseguiram comprar apartamentos fora de Josefov. Porém, os mais humildes continuaram à margem da sociedade.

Cartier na av. Parizská

Cartier na av. Parizská

Top 5 Pontos de interesse do Bairro Judaico de Praga

1. Um dos lugares mais interessantes de se conhecer no bairro judaico é o Cemitério, onde esse problema de superpopulação e pouco espaço é bem evidente. Lembrando que como Praga é uma cidade bem antiga, o nível do solo era uns três metros mais baixo que o atual. Acontece que o cemitério foi ficando tão lotado com o tempo que camadas adicionais de terra foram sendo adicionadas para que mais corpos fossem enterrados com o tempo. Após alguns séculos de existência (mais precisamente entre 1439 até 1787), o nível do solo subiu tanto que hoje ele se encontra acima do nível da rua que passa ao lado. Mesmo com o passar dos anos, o cemitério judaico conseguiu manter sua aparência medieval e ele é bem pitoresco e curioso. Vale a pena a visita.

Cemitério judaico visto da grade

Cemitério judaico visto da grade

2. Ao lado do cemitério, se encontra a Jewish Cerimonial Hall, construída principalmente para abrigar cerimônias mortuárias. Com o passar dos anos, ali se instalou um museu sobre a história judaica. Muitos dos objetos dali curiosamente foram adquiridos durante a Segunda Guerra Mundial, quando os nazistas tiveram um interesse de construir um museu dedicado “à civilização extinta”, ou seja, sobre os judeus. Felizmente as atrocidades pararam, e hoje em dia, o museu celebra a história da população judia.

Cerimonial hall

Cerimonial hall

3. Ali pertinho do cemitério, se encontra a Old New Synagogue, que é a sinagoga mais antiga do mundo em atividade. Não tive a oportunidade de entrar lá, mas pude olhar pela janela (risos). Essa sinagoga é bem bonita e lembra aquele ar medieval da cidade. Esse nome confuso (sinagoga velha-nova) se deve ao fato de que ela quando foi construída lá pelo século XI, não era a única sinagoga da cidade. Por isso, o nome “Nova Sinagoga” foi dado. Com o crescimento da população, outras sinagogas foram sendo construídas, e ela passou também a ser chamada de “Velha”.

Old New Synagogue

Old New Synagogue

4. A sinagoga mais antiga da cidade era chamada de “Velha Sinagoga” e de acordo com registros históricos, ela era bem simples. Com o tempo, ela foi demolida, e em seu lugar, foi construída a Sinagoga Espanhola na segunda metade do século XIX. Ela recebeu esse nome por seus detalhes arquitetônicos, e no momento, ela é a mais importante da cidade.

Sinagoga espanhola

Sinagoga espanhola

5. Na frente da Sinagoga Espanhola, se encontra a estátua de Franz Kafka, o famoso escritor de romances em alemão. Ele nasceu em Praga (na época, parte do Império Austro-Húngaro) e viveu pelas redondezas da Sinagoga Espanhola. O seu local de nascimento está indicado com uma placa e vários guias dão informações sobre ele e sua obra.

Já falei demais por aqui! Mas reafirmo que é muito bom andar pelas ruas do Josefov, e prestar atenção em simples detalhes como fachadas, praças, estátuas e tudo mais. Ali existem muitos restaurantes bons, com direito a um especializado em comida brasileira e uma padaria deliciosa! Super recomendo as lojinhas dali, cheias de lembrancinhas e artesanatos! Quem tem interesse em história, curiosidades, arquitetura e afins, a visita ao Josefov é obrigatória para quem quer passar por Praga!

A conexão de Praga

Aquele momento que você percebe que você voltou no tempo ao atravessar a Charles Bridge (Ponte Carlos) em Praga. Já falei por aqui que Praga é uma daquelas cidades que estão bem preparadas para o turismo, e que inúmeras atrações pela cidade fazem de tudo para prender a atenção do turista, seja os peixinhos que ajudam na pedicure, os inúmeros artistas de rua e atrações incríveis, como a canoagem e passeio de balão.

Torre da Charles Bridge

Torre da Charles Bridge

O centro da atenção dos artistas (e dos turistas, claro) é a Charles Bridge, a histórica ponte de pedra que se tornou o símbolo da cidade, fazendo a conexão do Castelo de Praga com a cidade antiga!

A construção da ponte começou no século XIV, sob a jurisdição do rei Carlos (daí que vem o nome) e só terminou pra lá dos anos 1500. A construção desta ponte permanente (ela havia substituído uma outra ponte de pedra que havia sido danificada por uma enchente) foi o ponto que faltava para transformar Praga em um entreposto comercial na época, ligando a Europa ao Oriente. De certeza, a cidade cresceu muito depois disso.

Charles Bridge

Pelo background religioso de Praga, já dá para se imaginar que a ponte também segue esse estilo. Primeiramente, a ponte possui duas torres, sendo uma em cada ponta. Dá para se subir em uma escadinha pitoresca até o topo, e conseguir imagens incríveis.

Fora isso, várias estátuas se localizam por toda a ponte, e todas possuem algum tipo de significado religioso. Foca na estátua do São João Nepomuk, que foi condenado à morte jogado pela ponte no rio Vltava. Tocar na cabeça dele pode trazer boa sorte. E por favor, não toquem no cachorro! Ele traz má sorte!

A estátua da lamentação de Cristo também é bem famosa e representa Maria Madalena e a Virgem Maria tristes pela morte de Cristo na cruz. Uma curiosidade é que a cruz original foi destruída em outra enchente no Vltava. Além dela, também uma estátua de Cristo na cruz no Calvário se localiza na ponte.

Vista do Vltava

Vista do Vltava

Além das estátuas, a ponte é cheia de turistas e artistas! Muitos deles fazem autorretratos e caricaturas, alguns são ventríloquos, outros vendem pinturas a óleo e por aí vai. Entretenimento não falta por lá! Infelizmente não pude fazer minha caricatura por falta de dinheiro (chateada, Praga é meio cara), mas outras coisas tem preços bem acessíveis e bem interessantes!

Perceberam que falei bastante das enchentes nesse post? A Europa Central sofre com essas enchentes lá por junho e julho. Nesse ano de 2013, Praga sofreu outra grande enchente, e muitos se preocupam com a integridade da Charles Bridge, pois afinal de contas, ela não é uma ponte com muito recuo para a água, e obviamente ela é antiga! Isso pode torná-la um alvo fácil, mas se em 500 anos ela não foi destruída…

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O mais interessante foi perceber o contraste da Charles Bridge vazia e cheia. Assim que cheguei em Praga, poucas pessoas estavam na rua, por ser um sábado frio e chuvoso. Mas com o passar das horas, a calmaria da Charles Bridge se transformou em uma enorme passarela lotada de todos os tipos de pessoas, lembrando muito uma multidão.

Cheia ou vazia (quase nunca, por que né?), a Charles Bridge é linda de se apreciar, e é certeza de possuir boas opções de entretenimento ao redor.

Walking tours em Praga

Praga é uma cidade absolutamente linda! A cidade velha, o bairro judeu, a ponte Carlos, o Castelo de Praga e muito mais se encontram numa cidade que respira cultura o tempo todo. Uma das maneiras mais recomendáveis pelos concierges dos hotéis e pessoas que trabalham com turismo é participar de um walking tour.

Eu havia chegado sábado às 6:30 da manhã em Praga e fiquei andando o dia todo. Conheci a pé a cidade toda, atravessei a ponte Carlos várias vezes, subi no castelo, comprei várias lembrancinhas mas mesmo assim optei por fazer esse walking tour no dia seguinte.

Os tours são grátis e o ponto de encontro é geralmente às 14:00 na frente do relógio astronômico. Alguns guias carregam umas plaquinhas anunciando os waking tours em inglês ou até em outros idiomas e as pessoas se agrupam ao redor deles. Chegamos e a minha roomate escolheu um guia, e aguardamos a partida.

Geralmente os tours duram umas duas horas, que era o tempo que esse guia havia estipulado. Saímos no total de seis pessoas e ele começou por ali mesmo.

Neste walking tour passamos por:

  • Relógio astronômico;
  • Igreja Týnsky;
  • Old Town;
  • Charles Bridge;
  • Cemitério judeu;
  • Hotel Intercontinental;
  • Sinagogas;
  • Museu de arte de Praga;
  • Torre do pó.

Realmente passamos em vários lugares, e conseguimos muita informação sobre vários lugares. Por exemplo, o Relógio Astronômico está funcionando desde o século XV e é movido a energia solar. Ele consegue identificar o dia do ano e a luz do sol no dia independente da estação.

Outra curiosidade importante foi a questão do cemitério judaico. Já como eles não podiam ser enterrados em nenhum outro lugar da cidade, eles foram subindo camadas e camadas de terra para poder abrigar seus entes queridos. Hoje o cemitério é mais elevado que o nível da rua em uns 5 metros, ainda considerando que a cidade medieval tinha um nível do solo mais baixo.

Praga também foi uma cidade com muralhas por muito tempo. A cidade velha (parte de dentro) abrigava as famílias mais ricas e no lado de fora a população judaica vivia em uma espécie de favela. No século XIX a antiga área judaica foi urbanizada.

Sobre a Ponte Carlos, existem várias estruturas. Uma delas é o do menino Jesus banhado a ouro, que reza a lenda, dá fertilidade às mulheres. Ao lado dele existe uma estátua de um cachorro também banhada a ouro (não se sabe por quem) que já traz má sorte. Geralmente as mulheres passam a mão na cabeça do menino Jesus e após passam a mão na cabeça do cachorro. É como “conseguir” a sorte e depois abrir mão dela.

Eu não saberia dessas nem de outras curiosidades se não fosse o guia do walking tour, mas mesmo assim me arrependo de ter ido.

Enumero vários motivos como que o guia não levou duas horas para todo o tour, e sim um pouco mais de 4 horas. Dessas 4 horas ele comentou muito mais sobre o estilo arquitetônico dos prédios do que sobre história. Todos os prédios que ele apontava eram “art nouveau”, e ele demonstrou sua insatisfação com os prédios comunistas de forma bem severa.

Ele também passava a maior parte do tempo com coisas irrelevantes, como a textura dos prédios, e objetos. Ele também fazia o merchan de várias coisas, como a exposição de um amigo e ele até fez um break num restaurante de uma amiga para que nós o conhecêssemos (um restaurante que mais parecia um restaurante a quilo).

Em geral, não gostei desse guia em particular, e nem tive a chance de escolhê-lo ou de sair de lá pois o walking tour era algo que a minha roomate queria muito fazer. Minha indignação ficou no fato de eu não ter dado gorjeta a ele.

Se eu iria num walking tour lá novamente? Sim! O Walking tour é uma maneira excelente de conhecer Praga aos mínimos detalhes, mas recomendo sempre procurar um guia de uma empresa recomendada pelo hotel/hostel, ser rigorosa quanto ao tempo do tour e por onde passa, qual o tipo de informação que o guia vai passar e até mesmo a quantidade de pessoas com esse guia (sim, a quantidade de pessoas é um indicador bem interessante). No nosso caso terminamos em 4, e víamos outros guias com 20 pessoas ao redor.

Mas nada melhor que tentar descobrir ao máximo por si só! O sábado que eu passei andando me proporcionou as melhores fotos, visões, compras e descoberta de lugares. Praga sozinha já é de encher os olhos!

Os artistas de Praga

Praga, a capital da República Checa é sempre citada como uma dos pontos obrigatórios a qualquer visita na Europa. Realmente a cidade é linda e única no leste europeu!

Diferente de Budapeste, com um passado imperial e vários boulevards, Praga ainda mantém muitos resquícios medievais, como ruelinhas e antigas pinturas em prédios da cidade. E ainda diferente de Budapeste, o turismo é aproveitado até a última gota! Praga é uma cidade que tem um milhão de atividades, podendo deixar viajantes ocupados o tempo inteiro!

A cidade em si é bem tranquila de andar. Eu andei todo o centro medieval de lá, o bairro judeu, subi no castelo, fui e voltei várias vezes na Charles Bridge em um dia só. Essa foi uma das viagens mais mochileiras que eu fiz, e levei bem pouco dinheiro pra gastar. Acabei que não fiz 1/10 do que queria por lá, como comprar uma réplica do relógio astronômico, fazer uma pedicure tailandesa (sim, tem várias lá!), comer “churrasquinho” de morango com chocolate, subir no balão e por aí vai. Mas eu me diverti bastante, nos dois dias!

Primeiro que em cada cantinho de Praga, existem artistas fazendo todo tipo de trabalho! Muitos deles vão para a Charles Bridge para vender seu produto. Muitos fazem auto-retratos e caricaturas. Morri de vontade de fazer um, mas acabei não fazendo por falta de dinheiro, mas era incrível como eles caracterizavam as pessoas. Tem um milhão deles na Charles Bridge.

Também tem muitos artistas que fazem pinturas ao óleo de paisagens da cidade. Uma é mais bonita que a outra! Também não comprei nenhuma por falta de grana. :(

Mas os artistas que me chamaram mais a atenção foram os mais diferentes! Brincar com fogo, por exemplo.

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Malabarismo com fogo!

Esse rapaz chamava a atenção de todo mundo lançando as massas pegando fogo lá no alto, e também perto do corpo dele. Fogo chama a atenção em qualquer lugar, assim como água ~às vezes!

Bolhas gigantes - a alegria das crianças!

Bolhas gigantes – a alegria das crianças!

Artistas que fazem bolhas gigantes como essa são bem comuns em Praga. Essa foi a única bolha que consegui captar em com a minha mega câmera (hehe). Eles costumavam fazer bolhas bem maiores que essas, mas quando tinha qualquer criança por perto… era diversão estourá-las!

Água também é música! Por que não?

Sons em taças com água.

Sons em taças com água.

Esse senhor fazia belos sons apenas passando a mão em cima de várias taças, de formatos diferentes e com quantidades diferentes de água também. Como o som sai? Não sei. Mas que era agradável e incrível, sim, era!

Mas os artistas que eu mais gostei em Praga foram os ventríloquos! Pra mim, eles davam aquele toque rústico que só Praga sabe apresentar! Fora que eu achava todo o figurino deles e dos bonecos muito fofos! Juntando com a música, fica mais lindo ainda! Realmente alegravam o lugar. :)

Ventríloquo e seu bonequinho

Ventríloquo e seu bonequinho

Claro que falando desses artistas, vídeos deixariam o post bem mais completo. Por algum motivo não consegui fazer o upload de nenhum aqui. A música com as taças de vidro é incrível! É o último tipo de objeto que pensaria que tinha um som interessante.

Praga é uma cidade incrível, cheia de arte, música e alegria! Que os artistas continuem a embelezando!