Andando pela Cidade Velha em Montevidéu

Olá, internet! Hoje preciso falar sobre a Cidade Velha de Montevidéu, que é provavelmente o local mais charmoso da cidade, e a visita é indispensável para todos que vão conhecer a capital uruguaia. A Cidade Velha é muito importante, pois Montevidéu nasceu ali, então já imaginem a quantidade de coisas interessantes que existem nos arredores!

Nesse post, vou falar sobre alguns pontos de interesse na Cidade Velha e também vou seguir uma “lógica” em relação ao caminho percorrido. Eu já fiz posts sobre alguns desses pontos, e vou deixar o link anexo com o texto mais completinho sobre cada um deles, para quem quiser. :)

1. Teatro Solís

A ordem dos fatores não altera o produto, mas acho que faz mais sentido começar a caminhada pela Cidade Velha visitando o Teatro Solís, o principal do Uruguai. Faz algum tempo que fiz um post mais explicadinho sobre ele, e vou já deixar o link disponível aqui embaixo. :)

Mas já adianto que se for possível, faça uma visita guiada ao teatro, e se for mais possível ainda, assista alguma apresentação lá dentro! Os horários das visitas e apresentações estão disponíveis no próprio site do teatro (que inclusive está no post que eu fiz, haha).

Você pode gostar também: Visitas guiadas no Teatro Solís

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2. Plaza Independencia

Essa provavelmente é a praça mais conhecida de Montevidéu e normalmente as pessoas a colocam como ponto de partida para começar a caminhar pela Cidade Velha. Por causa de sua localização, muitas coisas estão em seus arredores, fazendo com que esta praça seja um ponto de encontro perfeito.

Eu coloquei a Plaza Independencia logo depois do Teatro Solís só por uma questão de lógica e preferência minha, mas no fundo não acho que existe grande diferença sobre o que ver primeiro. Elas são bem próximas, coisa de dois minutinhos a pé.

Ali na praça se encontra uma estátua do general José Artigas, que é um dos heróis nacionais do Uruguai, e logo abaixo da praça existe seu mausoléu e memorial.

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3. Palácio Salvo

O Palácio Salvo é provavelmente o prédio mais icônico de Montevidéu, e por algum tempo (leia-se: início do século XX) ele era o prédio mais alto da América Latina. Hoje, existe um museu ali, mas infelizmente não é aberto todos os dias. Na verdade, só soube disso por causa de um senhor que nos avisou numa loja de lembrancinhas ali perto. Foi só depois que encontrei informações sobre, e muito poucas.

O Palácio Salvo fica do outro lado da rua, partindo da Plaza Independencia. Também acredito que a praça seja o melhor lugar para se tirar fotos dele.

4. Puerta de la Ciudadela

Como muitas outras cidades no passado, Montevidéu foi murada, e com o passar do tempo, a cidade cresceu tanto que não fazia mais sentido ter um muro que a protegesse. Então só um resquício dele ficou de pé para ser uma espécie de símbolo, e também algo como um ponto de referência.

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5. Peatonal Sarandí

A Peatonal Sarandí é uma rua exclusiva para pedestres que inicia logo depois (ou antes, dependendo do teu ponto de vista, haha) da Puerta de la Ciudadela. Algumas lojas, cafés e outros se encontram ao longo de toda a peatonal, fazendo com que seja uma caminhada bem interessante.

Algumas pessoas me falaram para ter cuidado lá por causa da quantidade de pessoas, mas achei tudo ali bem tranquilo, mas tenho que dizer que fiquei curiosa com a quantidade de prédios abandonados ali, que inclusive poderiam abrigar locais muito interessantes. Caminhar ali é essencial para quem quer conhecer direitinho o centro e suas ruelas.

6. Plaza Constitución

Em determinado momento, a Peatonal Sarandí chega na Plaza Constitución, que é uma praça bem bonitinha no coração do centro de Montevidéu. Tem bancos para que as pessoas sentem, o local é arborizado, e cercado por alguns cafés e restaurantes.

7. Catedral Basílica de Montevidéu

Bem em frente à Plaza Constitución fica a principal igreja de Montevidéu, a Catedral da cidade. É uma construção linda, que vale a pena visitar! Comparando com outras catedrais de outras cidades daqui da América Latina, ela é bem menor, mas isso não tira nada o seu brilho.

Também é um refúgio para quem busca conforto ao participar de uma missa ou outra celebração. Como ela é de fácil acesso, é tranquilo visitá-la.

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8. Café Brasileiro

Sempre quis fazer um post sobre o Café Brasileiro, mas eu simplesmente esqueci de tirar qualquer foto lá, haha. Fundado em 1872, esse é o café mais antigo de Montevidéu e ele é bem aconchegante e tradicional, além de ser bem pequenininho, haha. O mobiliário e outras coisinhas são bem retrô, e te dão a impressão que você está de fato em 1872.

Ele pode ter “café” no nome, mas ele na verdade é mais um restaurante que outra coisa. Fui almoçar lá e pedi um ravióli – estava bem gostoso, e não achei tão caro assim (apesar de achar o atendimento meio falho, principalmente por causa da pouca quantidade de atendentes para o local inteiro. Outro detalhe é que nesse dia eu fui almoçar umas 16h e confesso que não sei se foi um fator para isto.

9. Museu Andes 1972

Esse foi o local mais impactante que fui em Montevidéu. O museu Andes 1972 foca na história de sobrevivência do time uruguaio que sofreu um acidente aéreo na cordilheira dos Andes, aproximadamente na fronteira entre Chile e Argentina.

O local possui vários artefatos como os destroços, utensílios que as pessoas utilizavam para sobreviver, roupas, fora toda a questão gráfica de dados, e os depoimentos das pessoas. Fiz um post mais detalhadinho com mais informações sobre o acidente, o museu e seu conteúdo.

Você pode gostar também: Milagre dos Andes: história e museu

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10. Palácio Taranco

O Palácio Taranco é um lindo museu próximo à Plaza Zabala. Ele já fica um pouco depois da peatonal Sarandí, mas nada muuuito longe. Ele foi uma residência particular no passado, e hoje abriga o museu de Artes Decorativas de Montevidéu. Como amo decoração, adorei visitar esse museu, e estava bem tranquilo quando fomos.

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11. Mercado do Porto

Com certeza o Mercado do Porto é o local mais icônico de Montevidéu. Na verdade, tudo que envolve comida é maravilhoso, especialmente quando esta comida é a mais típica deste lugar. Não é novidade para ninguém que os uruguaios amam carne, e me lembro que li em algum lugar que o Uruguai era o país que mais consumia kgs de carne per capita no mundo.

Primeiro que o local onde se encontra o Mercado é bem diferente, pois ele parece mais uma estação de trem que um mercado. Segundo que o cheiro é maravilhoso. Terceiro é que o local é sempre bem cheio e frequentado. E quarto que a comida é deliciosa!

Vou deixar um link sobre o Mercado aqui em baixo, mais detalhadinho sobre como foi minha experiência lá.

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Airport Review: Aeropuerto Internacional de Carrasco (MVD)

O Aeroporto Internacional de Carrasco é o principal local de entrada e saída do Uruguai. Apesar de ser o aeroporto da capital do país, ele não é tão movimentado quanto outros da América Latina como Lima, Ezeiza ou Bogotá. Mesmo assim, esse aeroporto dá uma boa primeira impressão para os turistas que visitam Montevidéu, e isso inclui um grande percentual de brasileiros.

Aeroporto de Montevidéu

Voos de/para o Brasil:

Atualmente, as três maiores companhias aéreas do Brasil (obviamente Latam, Gol e Azul) possuem alguns voos diretos até Montevidéu, mas apenas 4 cidades do nosso país possuem voos diretos para a capital uruguaia.

A companhia com mais voos diretos é a Gol, que possui saídas de Recife, Rio de Janeiro e São Paulo. A Latam possui saídas de São Paulo e do Rio, enquanto a Azul opera voos diretos a partir de Porto Alegre.

Eu fui para Montevidéu de Latam, e saí do Rio de Janeiro. As olimpíadas haviam acabado há pouco e o aeroporto estava perfeito, mas esse é assunto para outro post. :)

Como sair do aeroporto em direção à Montevidéu?

Primeiramente, é necessário saber que o Aeroporto de Carrasco fica a 20 km do centro de Montevidéu, ou seja, não é tão pertinho assim. Sabendo disso, já imaginamos que o preço de um táxi sairia um pouco salgado, mas existem outras opções de vários preços.

Como já disse, temos os tradicionais táxis. Eles são bem tranquilos para se usar na cidade, e não são tão caros quanto em outras capitais. Confesso que quase só usei táxi durante os dias que passei em MVD, mas não o utilizei na saída do aeroporto. Vale ressaltar que o preço do táxi é tabelado e varia de acordo com o local onde você vai descer.

Uma opção mais barata são as vans compartilhadas, e esse foi o modo que escolhi para ir até o hotel. Se paga 350 pesos por pessoa, mas a desvantagem é ter que esperar por um certo número de pessoas para encher a van. No meu caso, saímos num grupo de 7 pessoas, todos brasileiros, e aguardamos cerca de 20 minutos para conseguir esse número.

Caso ainda exista alguma dúvida, o site do táxi pode ajudar a calcular o valor da corrida do aeroporto.

Outra opção popular é a Uber, mas não a utilizei por receio. Até então, nunca tinha utilizado o serviço e não queria fazê-lo em outro país de primeira vez.

Câmbio no aeroporto

Tradicionalmente já sabemos que as casas de câmbio em aeroportos costumam ter uma taxa não tão favorável aos turistas, mas eu troquei um valor muito pequeno apenas por emergência, já que era noite e não teríamos a oportunidade de ir naquele mesmo dia ao centro para poder trocar nosso dinheiro.

Caso a dúvida seja para pagar o táxi ou a van compartilhada, fique tranquilo, pois o guichê destes aceita cartão de crédito.

Outra opção de câmbio é usar a Western Union ou o Transferwise, dois tópicos de posts futuros por aqui. (Spoiler: nunca usei nenhum dos dois sistemas, mas tenho interesse).

Duty Free

Antes de chegar lá, li em vários sites e blogs que o Free Shop de Montevidéu é considerado um dos melhores da América Latina. O duty free parece ser bom (bons preços especialmente para os perfumes), mas ele é pequeno comparado a outros, como Ezeiza. Mas seu tamanho diminuto é ideal para o porte do aeroporto, que como citei antes, é pequeno.

O duty free fica logo antes da imigração, então se você quiser fazer compras, só tem essa chance. Falando nisso…

Imigração

O Uruguai é um país bem amigo do Brasil. Ambos fazem parte do Mercosul (inclusive a sede do Mercosul fica em Montevidéu!), e a tradição de amizade e cooperação data de muitos e muitos anos. Lembram da Colônia del Sacramento?

Então meio que por causa disso, a imigração é bem tranquila. Só me perguntaram a data prevista de saída do Uruguai e carimbaram meu passaporte.

Falando em passaporte, ele é opcional ao visitar o Uruguai. Você pode entrar no país com uma identidade de bom estado e com menos de 10 anos de emissão (err… a minha já tem um pouco mais de 10 anos). Mas lembre-se, levar passaporte é sempre melhor.

Wifi no aeroporto

Temos aqui mais um aeroporto com internet livre (*celebra*). Hoje em dia é difícil encontrar um aeroporto internacional sem algum tipo de conexão de dados, mesmo que por um período determinado de tempo. Parece que os aeroportos estão entendendo que esse é um detalhe que faz toda a diferença no conforto do passageiro, mesmo que seja em conexão.

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O relato sobre a minha visita à Colonia del Sacramento

Olá pessoal! Quem me acompanha por aqui já sabe que eu estou fazendo relatos sobre os destinos da minha última viagem, onde conheci Montevidéu, Colonia del Sacramento e Buenos Aires. Não é segredo para ninguém que me encantei especificamente com o Uruguai, e realizei um pequeno sonho da minha vida ao conhecer a Colonia del Sacramento.

Para deixar o relato bem completo, dividi o post em algumas partes. Para concluir o raciocínio sobre Colonia del Sacramento, hoje vou contar pra vocês o relato da visita. Espero que gostem! :)

Acompanhe também: De Montevidéu a Colonia del Sacramento de ônibus

Detalhes das casas

Detalhes das casas

Então, saímos de Tres Cruces no ônibus das 9:30, e apesar do mapa indicar que a viagem entre Montevidéu e Colonia dura um pouco mais de 2h, a viagem chegou próximo de 3h devido as paradas que o ônibus faz no caminho. Até então tudo bem, pois tínhamos um pouco de folga, mas não queríamos abusar.

Chegamos em Colonia aproximadamente 12:30 e a nossa intenção era procurar um lugar para guardar as malas. Não existem muitos guarda-volumes disponíveis na região, e acabamos encontrando um bem em frente à rodoviária e a estação hidroviária, numa loja especializada em artigos para viagens. Pagamos 10 reais por duas malas e sem limite de tempo. Menos mal que eles aceitavam real, daí não gastaríamos mais nossos preciosos pesos só para guardar as malas!

Lá nessa loja onde deixamos as nossas malas, perguntei se eles tinham algum mapa de Colonia. O que eu tinha era o Google Maps: já tinha marcado com estrela os principais lugares da cidade, mas não queria ficar gastando a bateria do meu celular à toa. Gentilmente ele me deu um mapa e me explicou onde ficavam algumas das principais atrações da cidade. Agradeci e fui conhecer Colonia!

Farol da Colonia del Sacramento

Farol da Colonia del Sacramento

Acompanhe também: 8 fotos imperdíveis para tirar na Colonia del Sacramento

Saímos dali e fomos em direção à Av. General Flores, que é a principal da cidade. Pela maior parte de sua extensão, tinha muitas lojas, restaurantes, pessoas vestidas como gauchos tomando mate sentados nos bancos espalhados pela rua.

Tinham tantos restaurantes pelo caminho, e a maioria vendia adivinha o quê: carne! O cheirinho era bem gostoso, e ao mesmo tempo que a cidade aparenta ser (e é) turística, o clima era muito de cidade de interior.

Caminhamos, caminhamos e caminhamos, sempre em linha reta, até chegarmos na “fronteira” entre as partes nova e velha de Colonia. Confesso que não sabia nem pra onde olhar, já que estava muito feliz e emocionada de estar ali!

Fronteira

Fronteira

Saímos da Gen. Flores e entramos na rua Vasconcellos, em direção à Basílica del Santíssimo Sacramento. Igrejinha linda no centro de uma cidadezinha de aparência colonial é bem linda, já imaginem! Na frente da igreja tem uma pracinha e ficamos lá um pouco.

Depois nos dirigimos até o Farol: até hoje existem ruínas do que um dia foi um antigo convento português que foi demolido pelos espanhois. Dá para subir no topo do farol, mas devido ao nosso tempo reduzido, ficamos no chão.

Após o Farol, fomos em direção à orla de Colonia, onde tirei algumas fotos clichês com o rio como background, haha. Terminamos de andar pela orla, sempre apreciando a bela paisagem do río de la Plata e voltamos até o centro histórico de Colonia, que é bem pequeno.

Mapa da Colonia del Sacramento nos azulejos

Mapa da Colonia del Sacramento nos azulejos

Caminhamos pelas ruas que ainda não tínhamos entrado e achamos tudo lindo! Ruas de paralelepípedos, azulejos portugueses, e uma sensação de volta ao passado, tudo fantástico!

Para terminar o dia, nos sentamos no Pier de Colonia, sentindo o vento fresco no rosto e aproveitando a linda vista do río de la Plata. Alguns minutos depois, começamos a caminhada em direção ao guarda volumes e em seguida, ao terminal hidroviário, onde iríamos diretamente para Buenos Aires.

Acompanhe também: Atravessando o Río de la Plata

Esse trajeto durou aproximadamente duas horas, mas com certeza vale a pena pernoitar em Colonia. Fizemos assim com a intenção de ganhar um dia a mais em Buenos Aires, mas no final acabou não valendo a pena.

Deveria ter sido ótimo passar a tarde inteira aproveitando o centro histórico de Colonia, e ficamos com aquela sensação de que fizemos tudo correndo. Nem comer direito nós conseguimos!

A experiência faz o homem, então seria interessante aproveitar um dia inteiro em Colonia sem sombra de dúvida. A cidade é linda e encantadora, além fazer parte de um período importante na história do nosso Brasil. Já pensou se Colonia tivesse ficado definitivamente do lado português?

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Visitas guiadas no Teatro Solís

O Teatro Solís é um dos principais pontos de interesse de Montevidéu, e não tem como não notar sua forte presença no centro da capital uruguaia. Como sou apaixonada por teatros e qualquer construção que envolva arte e cultura, a visita ali é indispensável.

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Fachada

O que é?

O Teatro Solís é a mais famosa casa de espetáculos de Montevidéu. Suas origens remontam a meados do século XIX, quando arquitetos na cidade começaram a esboçar um projeto que criaria um teatro com condições de tornar a capital do Uruguai num importante centro da ópera.

Sua abertura oficial neste exato lugar ocorreu no ano de 1856, e o teatro permaneceu aberto até 1998, quando se iniciou uma grande renovação. Em 2004, o teatro foi reaberto ao público, onde permanece aberto à visitações e a espetáculos desde então.

Acompanhe também: Minha opinião sobre o Bus Turístico de Montevidéu

Onde fica e como visitar?

O Teatro Solís se localiza bem perto da Plaza Independencia, próximo à Cidade Velha, no cruzamento entre as avenidas Buenos Aires e Bartolomé Mitre. É totalmente possível de encaixar a visita guiada no dia que der para fazer os passeios no centro de Montevidéu.

Dependendo do dia da semana, os horários de visitação podem variar. O site do teatro apresenta todos os horários disponíveis para a visita guiada, e o tour em português custa só $60, bem baratinho!

O dia que conheci o Teatro Solís foi uma terça feira, e só tinha um horário de visitação disponível (16h). Mesmo assim, não precisa ter pressa em comprar os ingressos, já que a bilheteria só abre 30 minutos antes das visitas.

Acompanhe também: Almoçando no Mercado del Puerto

Como é a visita e o que vemos?

Como eu falei um pouco acima, a visita guiada pode ser feita em português, e o nosso guia foi um uruguaio que falava um bom português, ainda com sotaque, mas sem problemas para compreender os fatos.

Ele contou a história do Teatro, fundação, origem dos materiais, estilo de arquitetura, curiosidades, origem do nome Solís, por que aquelas coisas funcionavam daquele determinado jeito, e por aí vai.

O grupo devia ter pelo menos uns 20 brasileiros (eu acredito que tinha mais gente no tour em português do que o de espanhol!), mas não foi difícil de acompanhar ou de escutar o guia.

A visita guiada começa no lado de fora, passa por uma espécie de hall onde as pessoas costumavam fazer o social antes das apresentações e termina no camarote, onde podemos tirar fotos e apreciar a beleza do local.

Durante esse tempo, o guia fica contando fatos interessantes sobre o teatro, construção e outros afins.

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Vale a pena visitar?

Então, eu acho que vale a pena visitar o Teatro Solís sim. O ingresso tem valor barato, é próximo ao centro histórico de Montevidéu e da Plaza Independencia, e querendo ou não, o Teatro Solís é um dos símbolos uruguaios mais importantes.

A visita não é longa: leva aproximadamente 45 minutos do início ao fim. Dessa maneira, uma visita ali não compromete outras coisas para fazer durante o dia.

Apesar de não ser tão vibrante em cores e ouro quanto o Teatro Colón ou a Ópera de Viena (duas das casas de espetáculo mais conhecidas do mundo), o Teatro Solís tem seu charme, fazendo com que ali seja um local agradabilíssimo.

 

8 fotos imperdíveis para tirar na Colônia del Sacramento

Olá, pessoal! Hoje eu preparei uma lista especial para as pessoas que gostam de apreciar o ambiente tirando fotos. Essa foi uma paixão redescoberta há pouco tempo, e combinada a lugares marcantes, pode render imagens inesquecíveis.

Há pouco tempo conheci a Colônia del Sacramento, no Uruguai. Sonhava em conhecer esse local há muito tempo, desde o ensino médio, onde estudávamos história do Brasil. Estava tão feliz naquele dia, pois conheci um lugar em que sempre me encantava pelos livros.

Acompanhe também: O relato sobre a minha visita à Colonia del Sacramento

Já estou preparando um post de como foi o meu dia na Colônia del Sacramento assim como outras informações úteis, mas por enquanto vou listar para vocês as 8 fotografias imperdíveis que você precisa tirar nessa cidadezinha histórica do Uruguai!

  1. Farol da Colônia del Sacramento
    Farol da Colonia del Sacramento

    Farol da Colonia del Sacramento

    Essa estrutura branca é o Farol da Colonia del Sacramento, um dos marcos da cidade. Se prestar bem a atenção, existem umas ruínas que o cercam, e como a placa em destaque diz, elas pertenciam ao antigo convento de San Francisco.
    O convento foi construído pelos jesuítas em 1694 e destruído em 1704 pelos espanhóis (10 aninhos só), para dar local ao farol. Esse é um dos reflexos das disputas entre Portugal e Espanha no local: os espanhóis queriam apagar vestígios de estruturas portuguesas.

2. Muelle de Yates

Pier e Río del Plata

Pier e Río de la Plata

A Muelle de Yates (algo como Pier de Iates) não é um dos lugares mais visados da Colônia, mas foi onde eu tirei algumas das minhas melhores fotos. Depois de um tempo caminhando, ali parece ser um lugar tranquilo para relaxar e ao mesmo tempo apreciar o Río de la Plata e o que acontece ao seu redor.
Local tranquilo, calmo e organizado.

3. Azulejos portugueses

Mapa da Colonia del Sacramento nos azulejos

Mapa da Colonia del Sacramento nos azulejos

Como Colonia del Sacramento é uma cidade que conseguiu manter muitas características coloniais de Portugal, em vários lugares podemos ver os clássicos azulejos portugueses: azuis e brancos.
Esse mapinha da cidade pintado em azulejos é uma graça, mas confesso que acho que eles não são portugueses de fato. Mas em todas as ruas do centro histórico, os nomes destas são indicados nesses azulejos, assim como outros prédios são adornados por eles.

4. Paseo de San Gabriel

Pracinha localizada ali

Pracinha localizada ali

O Paseo de San Gabriel é uma rua que margeia o Río de la Plata. Ela não é tão pitoresca quanto as demais ruelas da cidade, mas ainda conserva as ruas de pedrinhas, possui muitas árvores, e essa pracinha onde tirei essa foto.
Um outro lugar onde acho que acredito que dá para tirar fotos incríveis são os rochedos localizados logo abaixo: até queria ir, mas o medo de me molhar era maior, haha.

5. Margens do Río de la Plata próximo à Esquina del Faro

Pessoa nos rochedos

Pessoa nos rochedos

Na minha opinião, esse é o melhor lugar para tirar fotos mais naturais com o Río de la Plata ao fundo. Próximo ao Farol da Colonia, existem infinitas possibilidades de fotos ali.
Informal, bonito, natural e divertido. Fora o gostoso vento que bate ali.

6. Ruelas antigas

Ruelinha

Flagrada mandando snapchat no meio da ruelinha

A maioria das ruas da Colonia del Sacramento são assim – de pedra. Então o simples fato de caminhar em ruelas coloniais já é motivo para tirar muitas e muitas fotos.
Como dá pra ver, essa foto não foi da minha autoria, haha. Estava tão empolgada que estava registrando tudo!

7. Ruas novas

Rua na Colônia del Sacramento

Rua na Colonia del Sacramento

Conhecer a parte antiga da Colonia del Sacramento é imprescindível, mas caminhar pela parte nova também é muito agradável. A cidade de maneira geral é pequena, com menos de 30 mil habitantes, então já imagine que ali possui o ar gostoso de interior!
Algumas das principais ruas da parte nova da cidade são assim: arborizadas e amplas.

8. Casas antigas, em geral

Detalhes das casas

Detalhes das casas

Como Colonia é uma cidade colonial (nossa, olha o pleonasmo), muitas casinhas são assim: feitas de pedra, ou possuem uma aparência bem antiga. Cada uma é diferente entre si e possuem seu charme característico.
É fácil de se encantar com cada esquina!

 

Espero que tenham gostado! :)
Em breve, postarei um relato de como foi esse dia na Colônia del Sacramento, no Uruguai! Vou incluir informações importantes para visitantes, e tudo que você precisa saber para ir até lá!

Almoçando no Mercado del Puerto

Em Montevidéu, o lugar que 11 a cada 10 pessoas indicam como must go é o Mercado del Puerto, localizado na Cidade Velha. Eu coloquei essa estatística impossível ali em cima para enfatizar o quão importante e tradicional é a visita a este formidável lugar na capital do Uruguai.

Mercado del Puerto por dentro

Mercado del Puerto por dentro

O prédio onde se localiza o Mercado del Puerto tem uma aparência que para mim lembrava uma estação de trem com seus detalhes em metal, fato que foi confirmado por um guia de turismo de uns americanos que almoçavam na mesa ao lado.

Alguns dizem que o local deveria originalmente abrigar uma estação ferroviária, até o projeto ser parcialmente abandonado e depois ser retomado por um grupo de empresários uruguaios que pretendiam abrir um mercado na cidade, fora outras lendas que envolvem a Bolívia e naufrágios. É, mais ou menos… esse grupo de empresários realmente existiu e eles pretendia m construir um mercado de alimentos em Montevidéu, e para isso contrataram um grupo de arquitetos e ferreiros ingleses que acabaram fazendo a obra, com as inspirações em construções em metal que ainda eram inéditas na América do Sul.

Mercado del Puerto

Mercado del Puerto

Enfim, atualmente o Mercado del Puerto é o principal pólo gastronômico da cidade, o que reforça seu posto de principal atração turística dali. Dentro do mercado, existem uma série de restaurantes, e cabe a você escolher onde você vai comer. Por causa do atrativo turístico, os preços são meio salgados, mas nada muito fora do orçamento: o prato para duas pessoas saiu por volta de 80 reais.

Mas e aí, a comida?!
Quando pensamos em Uruguai, a primeira coisa que imaginamos comer é… carne! Li em algum livro (que provavelmente já está guardado na biblioteca) que o Uruguai é o país com o maior consumo de carne per capita do mundo! A Argentina vem logo depois, consolidando os nossos dois vizinhos do Cone Sul como especialistas em carne, de modo geral.

Então, o Mercado del Puerto foca na tradicional parrilla, que é o churrasco na brasa deles. Cada restaurante mostra a carne sendo assada ao vivo, e se você quiser, pode sentar tanto no balcão para uma experiência mais informal, ou numa mesa mesmo.

Melhor foto das carnes que vi que tirei haha

Melhor foto das carnes que vi que tirei haha

Ainda existem as opções de comer uma parrillada, que é como se fosse um prato composto de um pedaço de cada carne, assim como um prato tradicional, que dependendo do que escolher dá para duas ou mais pessoas. Como comemos pouco, não valia tanto a pena comer uma parrillada, que é mais cara, e vem em maior quantidade, então preferimos ir pela veia mais simples e pedimos um prato para duas pessoas, mas pedimos uma sugestão ao garçom sobre o que comer. Assim, eles nos sugeriu o Baby Beef, e nos surpreendemos, pois estava uma delícia!

Uma coisa que percebi no Uruguai foi que eles não servem muitas guarnições, como no Brasil. Por exemplo, o que acompanhou nosso Baby Beef foi uma porção de batata frita, mas tinha a opção de uma saladinha também. Normalmente os restaurantes oferecem também o chimichurri, que é um molho de ervas – uma delícia, sempre faço aqui em casa.

Pedaço que cortei do Baby Beef (e ainda tinha mais!)

Pedaço que cortei do Baby Beef (e ainda tinha mais!)

Vale também lembrar que por serem muitos restaurantes, os atendentes ficam te chamando para comerem no deles. Decidi ir onde tinha mais gente, pois para mim é um indicativo de que ali é realmente bom.

Ali no Mercado também se encontram lojinhas de souvenirs, e encontrei bons preços! Comprei umas lembrancinhas pra dar de presente, assim como os famosos alfajores uruguaios. Na minha opinião, ali e nos arredores da Plaza Independencia é onde se encontram os melhores preços de souvenirs.

E lembre-se, sempre sai mais barato comprar no cartão de crédito no Uruguai, por causa do desconto do IVA. ;)
Endereço: Rambla 25 de Agosto de 1825, 228

Palácio Taranco, o achado de Montevidéu

No nosso primeiro dia em Montevidéu, decidimos conhecer a Cidade Velha, que é onde a maioria das atrações da capital do Uruguai se encontram. Saindo da peatonal em direção ao Mercado del Puerto, nos deparamos com uma linda pracinha: alguns bancos, jardim e uma estátua no meio.

Essa praça é a Plaza Zabala, e existe um pouquinho de histórias interessantes por trás dela. Antigamente no mesmo local existia o chamado Forte de Montevidéu, que eventualmente foi destruído em 1878 com o propósito de criar uma praça pública. A praça só foi construída em 1890, e esta foi construída com uma forte influência francesa, que remonta o estilo parisiense.

Jardins

Jardins

Para concluir, ela foi batizada com o nome de “Zabala” em homenagem a Bruno Mauricio de Zabala, espanhol que fundou a cidade de Montevidéu. A estátua localizada ali (obviamente do Zabala) só foi confeccionada cerca de 50 anos depois, sendo inaugurada em 1931.

Enfim, quando estávamos naquela praça, vimos uma mansão antiga, porém com seu charme medieval – algo que me chama bastante a atenção particularmente. Fomos até lá investigar o que era e descobrimos que era um museu! Prontamente fomos  ver se estava aberto.

Este local é o Palácio Taranco, que hoje abriga o Museu de Artes Decorativas de Montevidéu. E falando por mim, eu gosto muito dessa modalidade de museus, que envolve decoração e afins e então decidimos entrar. Outra boa notícia: a entrada é gratuita!

Fiquei impressionada com a beleza do local: estilo clássico, que brinca com cores e texturas. Facilmente dá para sentir como aquelas pessoas moravam, voltando no tempo para o início do século XX, que foi quando o local foi construído.

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Falando um pouquinho mais do Palácio Taranco, este local foi projetado pelos mesmos arquitetos que projetaram o Petit Palais e o Arco do Triunfo de Paris, o que ratifica a influência francesa do lugar. Originalmente, o palácio pertencia à família Taranco Ortíz, que bancou sua construção, e foi vendido ao governo uruguaio em 1947, mas somente em 1972 o local virou um museu.

Foi impressionante ver um pedacinho da França – e com grande estilo – no centro de Montevidéu. Confesso que não conhecia o palácio, o que acabou sendo uma ótima surpresa! A visita não é longa, o que não compromete outros pontos de interesse em Montevidéu, e digo que vale muito a pena conhecer o Palácio Taranco!

O Palácio Taranco se localiza na av. 25 de Mayo.

Minha opinião sobre o Bus Turístico de Montevidéu

Planejar viagens é essencial. Montar roteiros, previsão de gastos, conhecer os horários de funcionamento das atrações e estudar mapas é totalmente necessário para que a sua viagem tenha mais chances de correr bem. Mas obviamente imprevistos acontecem e acabamos fazendo algo completamente diferente do que havíamos planejado.

Pois bem, eu havia planejado um passeio mais informal no dia 3 em Montevidéu. Já tínhamos conhecido o centro histórico no primeiro dia e visitamos uma vinícola no segundo, então o meu planejamento incluía conhecer a Rambla, o letreiro de Montevidéu, explorar o resto de Punta Carretas e, se estivéssemos com tempo e disposição, dar um pulinho no estádio Centenário. Aquele seria o único dia de sol na cidade, então seria o dia perfeito para fazer esse passeio.

Quando acordamos, minha mãe perguntou se valeria a pena passear no Bus Turístico, já que ela tinha visto relatos em outros blogs assim como o hotel havia sugerido como possível passeio. Particularmente não gosto de passeios de ônibus turísticos, e desde sempre falei que não tinha interesse em fazê-lo por achar um desperdício de dinheiro. Só que assim, ela queria tanto e ficou até chateada comigo com a minha negação que decidi fazer uma concessão e acabamos indo fazer o passeio.

Saímos do nosso hotel em Punta Carretas e pegamos um táxi até o Mercado do Porto. Ali é o ponto zero do passeio, onde o tour inicia. Existe um guichê rosa próximo às entradas do mercado e compramos nossos ingressos ali: 570 pesos uruguaios por pessoa (por 24h). Ainda ganhamos um mapa e um guia dos locais e horários que o ônibus passava.

O sistema funciona assim: são 11 paradas, cada uma indicada com uma espécie de obelisco cor-de-rosa indicando o local e os horários estimados de chegada dos ônibus. Se você se interessar por alguma das paradas, você pode descer, conhecer o que quiser, e pegar o ônibus seguinte para continuar a viagem.

Vista de cima do Bus Turístico

Vista de cima do Bus Turístico

Então, apesar da parada zero ser o Mercado do Porto, não começamos o tour ali. Queríamos pegar algumas informações no centro de informações turísticas, localizado ali perto, e decidimos seguir andando até a parada 1, que é a Puerta de la Ciudadela.

A Puerta de la Ciudadela é o marco inicial da Cidade Velha. Próxima ao teatro Solís e bem em frente à Plaza Independencia, tem boa localização e possui muitas coisas interessantes em volta. Em posts futuros sobre a Cidade Velha posso explicar os pontos turísticos localizados ali, mas já adianto que a Puerta de la Ciudadela é um dos lugares onde as pessoas tiram mais fotos em Montevidéu.

No horário correto o ônibus chegou. Ao entrar, um fiscal carimba sua entrada e oferece um fone de ouvido, onde você pode escutar as informações dos lugares onde você está passando. Como disse, o dia estava ensolarado sem nuvens, porém ainda fazia um pouco de frio, coisa de 15 graus. Enfim, acabamos optando pelo andar de cima, no lado esquerdo.

Seguimos direto pela av. 18 de Julio até a parada 2, a Explanada Municipal. Ali possui um mirante famoso, mas não tivemos a oportunidade de visitá-lo. No primeiro dia, havíamos passeado a pé por quase toda a extensão da av. 18 de Julio, então foi bom ver a avenida por outra perspectiva.

Explanada Municipal

Explanada Municipal

A parada 3 se dá no Palácio Legislativo, um pouco mais afastado do centro histórico. O prédio é muito grande em bonito, feito de mármore e as pessoas não paravam de tirar fotos dele. Com certeza foi um dos pontos altos do passeio.

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Palacio Legislativo

A parada 4 fica no Mercado Agrícola e a parada 5 em La Diligencia, ambos que não me interessaram muito. Mas aproximadamente nesta parte do passeio, passamos pelo bairro de El Prado. Tenho que falar que adorei a vizinhança! Cheio de belos casarões, ruas amplas e arborizadas, parques e afins, com certeza deve ser o bairro com a melhor qualidade de vida da cidade.

Rua no El Prado

Rua no El Prado

O jardim botânico é a parada 6. Na minha impressão, ali seria um excelente lugar para passar um domingo despreocupado, fazendo um piquenique, ou até outra atividade ao ar livre, como corridas e afins.

A parada 7 se localiza no terminal rodoviário de Tres Cruces. Como no dia seguinte nós iríamos até lá para pegar o ônibus para Colonia, foi interessante saber onde se localizava, mas no mais, nada demais. A próxima parada é o estádio Centenário, que era onde eu queria ir naquele dia. Olhando ao redor não parecia nada demais, mas acredito que a visita dentro dele deva ser mais interessante.

Exterior do El Centenario

Exterior do El Centenario

As paradas 9 e 10 se localizam respectivamente no World Trade Center, onde se encontram vários escritórios e centros comerciais, e no Punta Carretas Shopping, que já havíamos visitado na noite anterior.

Punta Carretas Shopping

Punta Carretas Shopping

A última parada se encontra no Parque Rodó, que também ficava próximo ao nosso hotel. No caminho entre Punta Carretas e o Parque, passamos pela parte da Rambla que eu queria visitar. Vi o letreiro, vi o forte e todos os lugares que eu queria tirar foto, e me contentei apenas com uma passagem rápida, porém divertida. Estava ventando muito, e frio! Adorei sentir todo aquele vento no meu rosto, combinado com as passagens que eu estava vendo.

Rambla de Montevidéu

Rambla de Montevidéu

Enfim, voltamos à parada zero no Mercado do Porto e tivemos que descer ali. O passeio terminou e eu tenho uma posição ainda ambígua sobre tudo. A manhã no Bus Turístico foi agradável e informativa sim, porém ainda não me fez comprar esse tipo de passeio. Existem coisas que me agradaram – tipo a passagem pelo El Prado e pela Rambla – porém tiveram outras que não me chamaram tanto a atenção como o Shopping, o World Trade Center, e o Mercado Agrícola.

Se eu recomendo esse passeio a quem vai para Montevidéu? Para uma pessoa tipo a minha mãe que adora esse tipo de passeio, obviamente sim. Inclusive ela adorou bastante todo o passeio e ficou muito feliz (a concessão valeu a pena!). Mas para uma pessoa que já não se interessa muito nesse tipo de turismo, acredito que ele seja facultativo, pois não é nada que não dê pra se ver sozinho. Mas de qualquer maneira, foi um passeio válido e interessante, um dentre tantos em Montevidéu.

Milagre dos Andes: história e museu

Quando eu estava planejando o meu roteiro do dia seguinte em Montevidéu, eu tive uma bela surpresa ao acessar o Trip Advisor (que btw, é uma ótima ferramenta para descobrir pontos de interesse no lugar que você vai viajar). Não conhecia, mas ali acabei descobrindo o Museu Andes 1972, que acabou sendo a melhor descoberta na capital do Uruguai.

Mas o que esse museu tem de tão especial que chamou minha atenção imediatamente?

Então, já comentei em alguns posts por aqui que eu gosto muito de aviação! Gosto de saber sobre modelos, evolução, características e também sobre a história (e isso inclui acidentes aéreos também). Houve um acidente em particular que foi amplamente divulgado na época do seu acontecimento, como também posteriormente, através de livros, documentários e até um filme, e é justamente sobre o voo 571 e seus desdobramentos que o museu é centrado.

Vou contar a história por trás do acidente, e logo depois, comentários sobre o museu. :)

A história do acidente

No dia 12 de outubro de 1972, 45 pessoas saíram de Montevidéu com destino a Santiago, no Chile. Os passageiros, em sua maioria, eram jogadores de rúgbi e membros da comissão técnica da equipe do Old Christians, que iriam participar de um amistoso no Chile. Além dos jogadores e da tripulação de 5 pessoas, alguns assentos restantes foram cedidos a parentes dos jogadores, que os acompanhariam na viagem.

O modelo do avião era um Fairchild FH-227, que pertencia à Força Aérea Uruguaia e foi fretado especialmente para essa ocasião. Na época, os passageiros decidiram fretar esse avião por motivos de economia, já que custava menos do que comprar as passagens, e ao mesmo tempo traria comodidade de datas e trajeto para os jogadores.

Neste dia o clima sobre os Andes estava ruim, e por motivos de segurança, o avião teve que pousar em Mendoza, cidade argentina ao sopé dos Andes. Na época, as restrições de visto eram mais rígidas que hoje, e os passageiros e tripulação só poderiam ficar em solo argentino por 24 horas. No dia seguinte, o clima não havia melhorado o suficiente, mas eles deveriam partir mesmo assim.

Se você olhar Mendoza e Santiago no mapa, dá pra ver que as duas cidades são bem próximas e atualmente existem voos diretos entre as duas cidades com duração de apenas uma hora, então esse trecho deveria ser mais tranquilo, correto?

Por causa do clima desfavorável, os pilotos acharam melhor não seguir em linha reta entre as duas cidades, e preferiram atravessar os Andes numa parte mais baixa da cordilheira chamada de Paso del Planchón. Para tanto, eles teriam que fazer uma espécie de movimento em “U”: Decolar de Mendoza e seguir ao sul até a cidade de Malargüe (Argentina), seguir a oeste pelo Paso del Planchón até alcançar Curicó (Chile), que já estava localizada na planície chilena, e então voltar ao norte até chegar em Santiago.

Mapa elaborado por mim, pra tentar ilustrar o que deveria ter acontecido X o que aconteceu

Mapa elaborado por mim, para tentar ilustrar o que deveria ter acontecido X o que aconteceu.

Por causa do plano de voo, os pilotos decidiram voar um pouco mais baixo que o planejado. Ao entrar pelo Paso del Planchón, os pilotos cometeram um grave erro e acreditavam que já haviam passado de Curicó, então seguiram o caminho a norte. Só que pelo fato do clima estar ruim,  a localização a olho nu era impossível, o que os impediu de observar que eles não haviam passado Curicó, e sim que ainda estavam sobrevoando os Andes.

Como planejado o avião iniciou a descida, e ao mesmo tempo que descia, as turbulências ficavam cada vez mais fortes (lembrando que o fato de sobrevoar cordilheiras aumentam as chances de acontecer as turbulências, devido à instabilidade que os ventos que batem nas montanhas trazem). Chegou um momento que o avião saiu da nuvem, o que ofereceu uma vista assustadora: a aeronave numa altitude perigosíssima, muito próxima às montanhas.

Logo depois o inevitável acontece e o avião bate na montanha. As asas são arrancadas e o corpo da aeronave deslizou pela neve de uma montanha até parar completamente. Por pouco o avião não se desintegrou.

Das 45 pessoas a bordo, 13 morreram no impacto ou nos primeiros dias após o acidente. O piloto foi encontrado muito ferido, porém preso às ferragens, e suas últimas palavras foram: “Nós passamos Curicó”.

Maquete do avião que se acidentou

Maquete do avião que se acidentou

O terreno era extremamente inóspito e isolado! Grande altitude e temperaturas baixíssimas (algumas pessoas estimam que por vezes, a temperatura chegava aos -40 graus) deixavam impossível a presença de vida ali. As notícias que chegavam também não eram das melhores. Uma busca pelo avião e possíveis sobreviventes foram iniciadas, e alguns dias depois um helicóptero chegou a sobrevoar a região, mas não conseguiram localizar os destroços devido à cor branca da fuselagem, que se misturava com a neve. Alguns dias depois, os sobreviventes ouviram pelo rádio do avião que as buscas tinham sido canceladas, e o resgate dos corpos iria acontecer em fevereiro, que seria quando a neve começaria a derreter. Como citei anteriormente, o acidente aconteceu em outubro.

Eles se consideravam virtualmente mortos, e os sobreviventes foram sofrendo com terríveis baixas com o passar dos dias. O primeiro grande dilema a ser resolvido – e também o fato que tornou esse acidente muito lembrado – foi como eles iriam conseguir comida. Água não era problema, pois os sobreviventes inventaram uma engenhoca que conseguia derreter neve através da luz solar, mas os suprimentos de comida eram extremamente baixos. Só foram encontrados alguns chocolates e coisas do gênero, até que de maneira quase unânime, após vários dias dividindo o escasso alimento, se apelou à antropofagia para poderem sobreviver.

Algumas pessoas ali possuíam câmeras. O pensamento era que eles iriam tirar fotos de todos juntos na fuselagem, assim, quem encontrasse os corpos e os destroços num futuro próximo ou distante, iriam saber que eles de fato sobreviveram, e que estariam se segurando a qualquer força para se manterem vivos. Uma dessas fotos me choca até hoje: algumas pessoas ao lado de uma carcaça humana. Só restava a costela e vértebras dessa pessoa.

Uma outra tragédia aconteceu no dia 29 de outubro. Uma avalanche soterrou a fuselagem durante à noite, e acabou matando quem estava dormindo no seu interior. Nesse dia, mais oito pessoas faleceram, incluindo a última mulher sobrevivente do primeiro impacto.

Explicação

Explicação

No total, 29 pessoas morreram até o dia do resgate. Enquanto isso, os sobreviventes faziam de tudo para se manterem vivos, e acabaram fazendo improvisações que foram extremamente úteis. Um pouco mais acima citei a máquina que “fazia” água, feita com pedaços de fuselagem. Outras coisas que chamaram a atenção foram as roupas e sacos de dormir feitos com o tecido das poltronas e os óculos de sol improvisados, já que a imensidão branca no horizonte prejudicava os olhos sem proteção.

Os dias e meses se passavam, até que se tomou alguma atitude concreta. Já não haviam muitos corpos à disposição, e combinados ao clima que havia melhorado um pouco, dois sobreviventes decidiram sair caminhando em busca de ajuda, em 12 de dezembro.

Alguns dias depois, finalmente acontece a redenção! Os dois sobreviventes haviam chegado ao sopé da montanha, onde tinham visto a primeira vegetação e água corrente em meses! Eles então avistaram a primeira pessoa desconhecida desde o acidente, que era um senhor montado a cavalo do outro lado de um pequeno rio. Eles não conseguiram se comunicar por causa do barulho das águas, mas então o senhor sabiamente amarrou numa pedra um pedaço de papel e uma caneta, onde foi anotado o seguinte recado:

“Venho de um avião que caiu nas montanhas. Sou uruguaio. Estamos caminhando há dez dias. Tenho um amigo ferido acima. No avião restam 14 pessoas feridas. Temos que sair rápido daqui e não sabemos como. Não temos comida. Estamos doentes. Quando vão nos buscar lá? Por favor, não podemos nem caminhar. Onde estamos?”

O senhor no cavalo ao ler a mensagem enviou um pedaço de pão com queijo ao sobrevivente, e foi buscar ajuda no posto policial mais próximo. Após 72 dias de espera a ajuda chegou, e em 23 de dezembro, todos os 16 sobreviventes foram resgatados, sendo um incrível presente de natal.

Mais dados

Mais dados

O museu Andes 1972

Antes de começar eu queria dizer que eu fiz vários snaps da minha visita ao museu porém VÁRIOS SNAPS sumiram da minha galeria, pensei que tinha salvado várias imagens, mas acho que não foi o caso. :(

O Museu Andes 1972 é localizado na rua Rincón, próximo à Plaza Constituición, bem no coração da Ciudad Vieja, ponto turístico indispensável para quem visita Montevidéu. O ingresso custa 200 pesos por pessoa, e você pode ficar lá o tempo que quiser.

O museu oferece um vídeo síntese de 15 minutos contando um resumo do que aconteceu: do acidente até o resgate, contendo depoimentos dos sobreviventes e imagens da época. É interessante assistir este vídeo antes de visitar o resto do museu.

Então, o museu foca na vida, e não no sensacionalismo que pode trazer o fato dos sobreviventes terem comido carne humana para terem sobrevivido todos esses dias, o que para mim é um fato muito positivo.

O museu apresenta tabelas explicativas sobre:
– Mapas: De onde saíram, para onde estavam indo, onde bateram, por onde o avião deveria ter seguido, etc.
– Vítimas e sobreviventes: quem eram, fatos importantes, quem faleceu no impacto, quem faleceu na avalanche, quem foi buscar ajuda, quem foi resgatado com vida, etc.
– Calendário e datas significativas: timeline do que aconteceu em determinado dia, incluindo uma comparação com o que aconteceu de notícia no mundo.
– Jornais: manchetes da época sobre o assunto (tanto do desaparecimento quanto do resgate).
– A aeronave: qual o modelo, fatos, etc.
– A região: fotos da época, assim como fotos de hoje em dia.

E também o que chama muito a atenção são os objetos! Muitos destroços do avião estão ali, como o estabilizador vertical e outras partes das asas, trem de pouso e mais. As câmeras onde os momentos vividos nos 72 dias perdidos estão lá, assim como todas as invenções e improvisos feitos pelos sobreviventes com os destroços e outras partes úteis do avião.

Concluindo, eu saí daquele museu me sentindo extremamente grata por estar ali. Viva. Às vezes não sentimos gratidão nas pequenas coisas que a vida nos oferece e saber que podemos ser felizes com tão pouco de fato lava a alma. Essas pessoas, em sua maioria jovens fortes e saudáveis no auge de seus 19 ou 20 anos que tiveram que passar por uma provação inimaginável seguem sendo exemplo de superação e também de inspiração para qualquer pessoa que já pensa em desistir na primeira dificuldade pelo caminho.

Essa é uma visita que recomendo a todos em Montevidéu.

Passagens compradas: Uruguai e Argentina

Nem acredito que depois de mais de um ano eu estou escrevendo um post da categoria “Passagens Compradas”, hahaha. Para falar a verdade, eu escrevi sim. Eu iria viajar para Bogotá, rever minha família e visitar novamente alguns lugares como a Plaza Bolívar, o Hotel del Salto e provavelmente o povoado de Sotaquirá, que foi onde meu avô nasceu. Só que aconteceram algumas situações pessoais, o que me obrigou a cancelar a passagem próximo à data da viagem.

Quando cancelei a passagem, recebi as milhas de volta (12000 ida e volta, para duas pessoas, totalizando 48000 pontos), o que aumentou o meu saldo. Com isso, acabei comprando posteriormente duas passagens para conhecer dois países que ainda não conhecia, o Uruguai e a Argentina! :)

A passagem pra Montevidéu custou 11000 milhas, e a volta por Buenos Aires, 9000. Isso totaliza 40000 pontos para duas pessoas mais as taxas. Ou seja, comparando com as milhas que recebi com a devolução da passagem pra Colômbia, ainda fiquei com um saldo de 8000!

Ou seja, vale a pena comprar passagem de milhas para a Argentina e o Uruguai! Lembrando que eu moro em Manaus, então encontrar passagens de milhas baratas (inclusive para dentro do Brasil) não é fácil. Mas vale ressaltar que ainda temos que pagar as taxas! Para a chegada no Uruguai, o valor foi um pouco menor (R$326,40), mas a volta pela Argentina foi bem cara (R$ 559,12).

Eu voltei pra casa hoje e ainda vou postar uma série de coisas que fiz e/ou percebi nessa viagem, pra aproveitar e tirar a poeira do blog :). Mas basicamente o meu roteiro foi esse, e aos poucos vou fazendo outros posts.

Dia 1: Chegada em MVD às 18h15
Dia 2: Ciudad Vieja, Teatro Solís, Mercado del Puerto e adjacências.
Dia 3: Visita à vinícola.
Dia 4: Bus turístico e o que ficou faltando da Ciudad Vieja (sendo que o planejado era andar pela Rambla e explorar a região de Punta Carretas e Pocitos).
Dia 5: Ida até à Colônia del Sacramento e pegar o Buque até Buenos Aires (chegada no fim da tarde).
Dia 6: El Caminito, Bombonera, Cemitério da Recoleta e Feirinha de artesanato.
Dia 7: Casa Rosada, Museu del Bicentenario, Feirinha de San Telmo, Puerto Madero, Floralis Genérica.
Dia 8: Teatro Colón, Tribunales, El Ateneo, Shopping.
Dia 9: Dia de Compras: Calle Florida e Galerias Pacífico. Packing back.
Dia 10: Saída de EZE às 05:15.

Olhando pro nosso itinerário final, eu mudaria algumas coisas. Acho que vale a pena um pernoite na Colônia del Sacramento e tirar um dia de Buenos Aires (no caso, o último dia, destinado às compras). O motivo eu explicarei quando fizer um post sobre a Calle Florida e as Galerias Pacífico, mas já adianto que não gostei e não recomendo o passeio.

Eu também levaria um pouco mais de dinheiro, pois essa era uma viagem que teria a intenção de ter um cunho um pouco mais gastronômico. Mesmo assim, achei a comida muito cara em ambos os países, o que acabou comprometendo alguns planos! Nisso eu incluo o show de tango, que o mais barato que nos recomendaram era R$170 por pessoa. Eu poderia pensar que esse seria um dos “arrependimentos” que sempre temos uma vez ou outra quando viajamos, porém estou bem de cabeça tranquila. Eu consegui o que queria, que era conhecer a cidade e aprender alguns de seus truques. Numa futura viagem, vou aprofundar algumas experiências, como o próprio Tango e a visita ao Café Tortoni, que tinha filas muito longas ambas as vezes que fui lá.

Para concluir, em Montevidéu eu fiquei hospedada em Pocitos e em Buenos Aires, na Recoleta. Acho que acertamos em relação à localização, pois ambos os bairros eram agradáveis e tinham toda a estrutura que necessitávamos, além da segurança.

Em breve, mais posts! Estava com saudades daqui <3 <3