As ladeiras de Olinda

Olá, internet! Como escrevi nesse post aqui, estava com passagens compradas para o Recife. A intenção não era ficar somente na capital pernambucana, e sim, conhecer o máximo de praias. Mas quando deu um tempinho fomos até Recife, e depois seguimos até Olinda.

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Um pouco sobre Olinda

Olinda é uma cidade pernambucana que possui aproximadamente 400 mil habitantes, e que foi fundada nos primeiros anos do Brasil Colônia, em 1535. Pernambuco foi a capitania hereditária mais bem sucedida, e como Olinda era a vila principal, ela logo virou a capital dali.

Olinda também foi uma das cidades que ficaram sob domínio holandês, ainda no século XVII, mas os portugueses retomaram o controle logo depois. Não sei o que vocês acham, mas não vi a influência holandesa tão aparente em Olinda quanto ela é de fato em Recife.

Por ser tão antiga, Olinda possui muitas edificações características do período colonial, e aposto que muitas coisas destas casas não mudaram muito desde então. Por isso, essa cidade é um museu a céu aberto! Charmosíssima, chama muito a atenção dos interessados em história (como eu, haha).

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As ladeiras

Não é fácil subir (e descer) as ladeiras de Olinda, mas não é uma tarefa complicada e impossível. Comparando com Minas Gerais, até que o desafio não é tão difícil.

Primeiramente, é preciso saber que existem pontos interessantes na parte baixa de Olinda. A orla é bem legal de caminhar, mas acho que não dá pra pegar uma praia. Eu até queria fazer um post sobre isso no futuro, e vou já deixar esse tópico na minha lista. Acontece que a maré está corrompendo uma parte do litoral nordestino (desculpa se não usei o termo correto!), de maneira que o mar cada vez mais avança para o continente, reduzindo a faixa de areia da praia.

Aparentemente as praias de Olinda tiveram bastante peso em sua história. Não pesquisei tão profundamente assim, mas é triste saber que uma cidade com tanta importância histórica não possui uma faixa de areia tão marcante assim.

Enfim, a parte baixa de Olinda possui uma série de edifícios históricos interessantes. Eles me pareceram ser do estilo Eclético, e senti uma vibração muito positiva vindo deles. Algo me parecia familiar. Algum tempo depois percebi que aquelas casinhas me lembravam muito a casa da minha bisavó, com seus detalhes antigos e muito cativantes para mim.

De ponto turístico (isso não contando o próprio conjunto da obra do centro histórico, que é uma atração por si só), talvez o local mais interessante seja a Igreja do Carmo. Muito charmosa, é possível visitá-la. No dia que eu fui, teria um festival gastronômico, e várias barraquinhas estavam montadas em seu entorno.

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Eu iria falar sobre as ladeiras, correto? Você começa o trajeto justamente pela Igreja do Carmo. Siga pela rua do Bonfim, e em algum momento dobre à direita para a Rua Ladeira da Sé. Como o nome já diz, essa rua é… uma ladeira, haha. A subida não é tão íngreme assim (juro), mas tem um pedacinho que dá uma cansadinha.

Chegando lá em cima, tudo compensa. Você para exatamente na frente da Catedral da Sé de Olinda (outra razão por aquela rua se chamar assim), e você pode passear um pouquinho pelas imediações.

Confesso que escrever até esse ponto foi meio difícil, mas ainda assim pretendo fazer um post sobre a caixa d’água, a própria catedral da Sé, e até das comprinhas que fiz ali perto.

Enfim. Depois de caminhar bastante lá por cima (e tirar muitas fotos na beira de um precipício), chegou a hora de descer pela ladeira da Misericórdia. O nome pode até ter a ver com a igreja e tudo, mas desculpem o trocadilho… misericórdia! Nem as ladeiras de Ouro Preto foram tão difíceis de andar assim!

Enfim, a conclusão é: vá para Olinda calçando um sapato bem confortável. Roupas leves e água também são essenciais. A academia pelo menos estará feita.