Airport review: Aeropuerto Internacional El Dorado (BOG)

Vocês já ouviram falar da lenda de El Dorado? Muitos diziam que havia uma cidade misteriosa coberta de ouro em algum lugar da América do Sul, e por muitos anos exploradores vasculharam muitos lugares com o intuito de encontrar esse lugar lendário.

Até hoje, a cidade não foi encontrada, mas a lenda dizia que ela se localizava aqui na Amazônia ou no norte da América do Sul, e muitos acreditavam que essa cidade se localizava em algum lugar no que hoje é a Colômbia. A verdade é que muito ouro foi encontrado em terras colombianas, e algumas obras de povos antigos estão em exibição no Museu do Ouro (que recomendo a visita ao post neste link aqui).

Falei tudo isso para dizer que a lenda do El Dorado serviu de inspiração para nomear o aeroporto de Bogotá, que é o primeiro ponto de contato da maioria dos turistas que chegam à Colômbia. Como se pode ver pela quantidade de posts recentes, passei pelo aeroporto recentemente, e vou contar a experiência por aqui.

Quais são as conexões diretas para o Brasil?

Algumas cidades brasileiras possuem voos diretos até Bogotá, e as duas empresas que oferecem esses voos são a Latam, e a Avianca.

A Latam possui saída apenas por São Paulo – Guarulhos, e infelizmente não opera voos diários. Já a Avianca oferece mais voos durante a semana com saídas de São Paulo – Guarulhos, Rio de Janeiro – Galeão, e já vi voos saindo de Recife, Salvador e Fortaleza (pelo menos a empresa anuncia isso).

Outra rota muito utilizada pelos brasileiros é uma conexão via Panamá, pela Copa Airlines. O voo Panamá-Bogotá dura cerca de uma hora, então não é tão cansativo assim. Pelo menos para mim, que moro no Norte, é muito mais conveniente fazer uma conexão no Panamá do que em Guarulhos, por exemplo.

Como ir até o centro?

Por motivos quase óbvios, nunca utilizei transporte público para ir até o meu destino, saindo do aeroporto. Normalmente algum primo sempre vai me buscar, então nunca senti na pele como sair do aeroporto por conta própria, mas já percebi que não é tão simples pegar um ônibus para qualquer lugar.

Eu acho mais recomendável buscar um tipo de transporte particular, como táxi ou shuttle, que já te deixam no local onde você ficará hospedado. Táxis em geral não são muito caros em Bogotá, e para quem está indo pela primeira vez ao país, e também quem está cansado depois de uma longa viagem, acho mais fácil pegar um táxi do próprio aeroporto. Só tenha cuidado com a questão do troco.

Mas assim, é possível sair de ônibus, inclusive de Transmilenio. Para isso, é importante saber qual a estação mais próxima da sua casa, mas provavelmente você fará uma baldiação. E carregando malas, acho que não é tão interessante.

Free shop

Recentemente o aeroporto de El Dorado passou por uma mega reforma, e o free shop está maior que nunca. Ali existem os produtos que normalmente vemos em outros aeroportos do mundo, e outras lojas bem interessantes também. O que importa é que existe grande variedade de coisas, mas não achei os preços (do free shop) tão competitivos assim.

Imigração

Assim como qualquer zona migratória do mundo, o aeroporto de Bogotá é bem exigente com seus passageiros, então é importante ter todos os documentos relevantes em mãos. É sempre bom ter a passagem de volta em mãos, e a carteira de vacinação é imprescindível! É muito importante que a vacina contra febre amarela esteja registrada, senão você nem sai do Brasil! Também tenha em mãos o endereço e nome do seu hotel, ou da localização particular que você ficará.

Wifi

O aeroporto diz que dá acesso wifi grátis aos passageiros, mas achei a conexão muito ruim, pelo menos no meu celular. Graças que eu tenho plano de dados internacional no meu celular, então por isso não senti muita falta desse serviço. :)

Alimentação

O aeroporto de Bogotá possui um Juan Valdez, então você pode ter um belo gostinho de entrada, ou saída da Colômbia (sério, faça isso). Mas fora isso, na área de embarque existe uma pequena food court com algumas opções de restaurantes e lanches. A zona não é muito grande, mas parece confortar bem os passageiros. Me lembro que pedimos uma pizza, e estava bem gostosa (e o preço não estava tão alto assim).

Qual a disponibilidade de cadeiras e banheiros?

Não faltam cadeiras no desembarque, então isso não é um grande problema. Existem vários banheiros ao redor do terminal, mas talvez você pegue filas mais longas em locais que são próximos à imigração ou o free shop.

Sobre balanças

Na área de check in, existem balanças para malas que ficam à disposição de todos. Ao lado se encontra uma mesinha de apoio caso você precise mexer algo na mala, então já ajuda bastante. A balança foi uma mão na roda, pois através dela descobrimos que uma mala estava muito pesada, e outra nem estava tanto assim. Ou seja, quase pagamos um excesso que foi resolvido com uma mera redistribuição de coisas.

 

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Museu Botero: finalmente

Olá, internet! Apesar de já conhecer bem a capital da Colômbia, ainda existiam lugares que eu ainda não havia visitado. Um deles era o Museu Botero, e juro que sempre quis ir, mas nunca conseguia! Dessa vez eu bati o pé e disse que iria de qualquer maneira, e deu certo, haha. Hoje vou tentar explicar um pouco como foi.

Mas esse museu é de quê? E quem é Botero?

Fernando Botero é um artista plástico colombiano conhecido especialmente por retratar as pessoas mais gordinhas, seja através de pinturas, esculturas, e desenhos à mão livre. Algumas obras dele são bem conhecidas, como a pintura da Monalisa e a Mão gigante.

Pois bem, ele doou algumas de suas obras ao Banco da República em meados dos anos 2000, e após isso, este banco abriu o museu e o mantém até hoje.

Algumas informações

O Museu Botero está localizado bem no coração da Candelária, bairro central de Bogotá com muita influência colonial espanhola. No mesmo edifício se encontra o Palácio da Moeda e um museu de arte Contemporânea. A entrada para os três é gratuita e é possível (na verdade, recomendado) visitar os três numa manhã (ou tarde) inteira.

(comentário em off: o prédio onde se encontra o museu é lindo, uma obra à parte!)

Vale ressaltar que o Museu Botero abre todos os dias, menos às terças-feiras.

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Um pedacinho do edifício onde se encontra o museu Botero

 

Interação

O museu é um dos locais mais visitados na Candelaria, e é bem interessante de interagir com as obras, seja através de fotos, ou até mesmo apreciando todos os detalhes das pinturas. É fácil ver o padrão estético que o artista segue e na minha opinião, cada obra é igual, mas ao mesmo tempo diferente, única!

Certamente, a visita ao museu é interessantíssima! Ali é um ótimo local para aprender e tirar fotos. Os arredores também são imperdíveis, e é recomendável pegar um mapa e conhecer tudo que a Candelária tem a oferecer!

Desde já desculpa pelas imagens tremidas, aaa! Meu telefone estava nas últimas e não é recomendável andar com câmeras na Candelária :(

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Museu do Ouro: finalmente

Depois de algumas idas a Bogotá, finalmente fui conhecer o Museu do Ouro, um dos principais pontos de interesse da capital colombiana! Acredito que este seja o museu mais importante do seu tipo no mundo, e não é para menos. São milhares de peças, quatro andares de exposições, e todos apresentam muitas informações interessantes.

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Algumas informações

O Museu do Ouro se localiza no centro de Bogotá, na região da Candelária. Ele não fica exatamente no coração do centro histórico, mas nada que uma caminhada rápida não resolva tudo.

O museu abre todos os dias, exceto nas segundas. A entrada custa 3000 pesos; se for com audioguia o valor sobe para 8000, mas aos domingos a visita é gratuita. (Nota importante, na Colômbia, 1 real vale aproximadamente 1000 pesos).

Há visitas guiadas em certos horários (eles avisam na hora), e elas são gratuitas.

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O que o museu apresenta?

O nome já ajuda a entender: o foco do museu são peças de ouro, em sua maioria. Essas peças foram encontradas em várias regiões da Colômbia, e elas foram trabalhadas por povos pré-colombianos com diversas finalidades, especialmente em ornamentos.

É impressionante ver a riqueza de detalhes nestas peças! O museu também mostra os materiais e artefatos utilizados na confecção destes ornamentos, e posso dizer que em geral, eles são muito rudimentares! Para mim, é um mistério saber como eles conseguiam fazer peças tão lindas com pouca tecnologia disponível.

Dentre os objetos em display, existem brincos, colares, coroas, vasos, e outras coisas! Também existem múmias e pecinhas minúsculas, porém lindas.

Conforme exploramos as dependências do museu, vemos como ele é organizado! O trabalho de iluminação também valoriza bastante as peças.

 

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Algumas recomendações

O museu é maravilhoso e muito informativo. Certamente é um lugar imperdível para visitar em Bogotá. Ali dentro existe um café e uma loja que vendem artefatos, inclusive de ouro (claro que não com os preços mais acessíveis), mas é interessante ver.

A região onde o museu do ouro fica não é das mais seguras da cidade, por causa do alto fluxo de pessoas. É recomendável que não se ande mostrando objetos como câmeras e celulares, e é bom deixar as bolsas bem coladinhas ao corpo e os olhos precisam estar sempre atentos. Recomendações que a gente sempre tenta seguir em qualquer lugar, não é mesmo? :)

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Eu sempre quis ir ao Museu do Ouro, mas obrigações familiares nunca me permitiam fazer isso. Dessa vez, cheguei já falando que eu tinha que passear pelo centro de qualquer maneira, tanto que no primeiro dia já fui bater perna no centro, haha. E minha intuição tinha certeza, pois o centro de Bogotá (incluindo o Museu do Ouro, claro) é fantástico! Muito bom

 

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Passagens compradas: Bogotá, meu amor

Olá viajantes, como estão?! É verdade que faz um tempo que não venho por aqui, mas tenho alguns motivos. Dólar alto, fim da faculdade, reforma no apartamento e outras “prioridades” que aparecem no caminho e que obviamente exigem dinheiro. Enfim, viajar não foi um fator principal esse ano, mas claro, quanto mais o tempo passa, mais saudosa eu fico das minhas aventuras por aí.

Enfim, eu tenho um dinheiro guardado e fiquei pensando por um tempo o destino final. Alguma joia, eletrônicos, e qualquer quinquilharia que me desse uma grande vontade de comprar. Pensei (obviamente) em viajar, mas sempre ficava desapontada com valores de hospedagem e outros gastos necessários, como seguro e afins, e aos poucos desistia dos planos mirabolantes de usar sabiamente essa grana.

Sabe aquela linha de raciocínio que diz que tudo que você planeja com antecedência não dá certo e que tudo que vem de inesperado dá mais que certo? Pois bem, hoje estava despretensiosamente no site da TAM, e vi trechos MAO-BOG e BOG-MAO por 12 mil pontos cada!

Para mim, que moro no Norte, sou acostumada com passagens caras indo pra qualquer canto, e recentemente cogitei comprar uma passagem MAO-BSB-MAO por 35 mil pontos, achei essa oportunidade incrível! Logo pedi permissão pra comprar essa passagem pra Colômbia e… pronto!

Mas por quê a Colômbia?!

Primeiro: Minha família é de lá e faz 5 anos que eu não os vejo.

Segundo: Hospedagem grátis, hihihi.

Terceiro: O clima é bem agradável, bem diferente do calor/chuva/fumaça que temos por aqui.

Quarto: A Colômbia possui pontos turísticos diferentes, e que possuem muita história

Quinto: O Peso Colombiano (COP) não se valorizou tanto frente ao real.

Sexto: Saudades enormes da comida de lá! <3 <3 <3

Poderia listar muitos outros motivos, pois a Colômbia é um país de contrastes e de muitas diferenças! Infelizmente o turista médio brasileiro ainda não descobriu os encantos da minha segunda casa, mas é provável que aos poucos a Colômbia se torne um lugar mais atrativo para os brasileiros, e creio que isso acontecerá na mesma medida em que o turismo no local, que aos poucos vai se desenvolvendo, cresça.

Ah, vale ressaltar que a princípio eu iria viajar sozinha, pois não queria depender de nada além do meu próprio dinheiro e de minha vontade. Mas aí eu comprei essa passagem e minha mãe e meus avós já querem ir junto também. Sem querer hoje eu dei um estopim pra uma coisa que todos estávamos esperando… :D :D

Seguem alguns posts sobre a Colômbia, e espero que algum dia vocês conheçam esse lindo país que leva o nome do primeiro europeu (oficialmente) a tocar em solo latinoamericano:

A “chévere” Colômbia

Colômbia: Questions and Answers

Algumas razões para visitar a Colômbia

A batalha do pântano

A feijoada de Boyacá

No topo do mundo

Neste lugar escolhido

Lá do topo da montanha

Vai um tinto aí?

E daqui a dez anos?

Bucolismo colombiano

 

A “chévere” Colômbia

Estou inspirada para escrever posts sobre a Colômbia esse fim de semana! :) Após um post de dúvidas, segue um post com alguns fatos interessantes sobre esse país lindo! Espero que gostem!

Arquitetura colonial espanhola

Arquitetura colonial espanhola


 

– O nome “Colômbia” é uma homenagem a Cristóvão Colombo, o “descobridor” da América. Se você achava alguma semelhança, pode confirmar!

– A maioria das cidades colombianas, especialmente as andinas e as costeñas, ainda conservam muito da arquitetura colonial. Mesmo Bogotá é uma cidade que ainda conserva muitos prédios baixos e de tijolinhos, deixando boa parte da cidade uniforme.

– Bogotá é uma cidade que mudou da água para o vinho nos últimos anos no que tange ao trânsito. Rodízios de placas acontecem há mais de 15 anos, leis de trânsito são respeitadas e infrações são muito caras, e o sistema de transporte público, o Transmilenio (com esse nome devido a sua inauguração, em 2000) é altamente eficiente.

– A Colômbia tem uma grande tradição no cultivo de flores. Há vários anos, existiam competições entre cidades para a premiação de qual seria a mais florida. Algumas dessas cidades, especialmente no interior, mantém a tradição e muitas casas fazem uma competição saudável com seus jardins.

Nhami!

Nhami!

– Falando de exportação, a Colômbia não é só poderosa com o café. O país é o maior exportador de esmeraldas do mundo. Só para ter uma noção, 95% de todas as esmeraldas do mundo vem da Colômbia.

– A Colômbia possui um laureado com o prêmio Nobel de Literatura de 1982, o “Gabo”, Gabriel Garcia Márquez. Só lembrando que o Brasil ainda não possui nenhum premiado.

– Porém nos jogos olímpicos, a Colômbia sai atrás do Brasil. Ao total, são 19 medalhas ganhas, sendo só duas de ouro. As duas ganhadoras foram Maria Isabel Urrutia em 2000 no levantamento de peso, e Mariana Pajón no ciclismo em 2012. Nos jogos de inverno, só um colombiano participou de todas as edições, em Vancouver, 2010.

– Mas as perspectivas para o ciclismo são boas para a Colômbia. O ganhador do Giro d’Italia desse ano é o meu conterrâneo boyacense Nairo Quintana. O segundo colocado da competição também é colombiano. :)

Monserrate!

Monserrate!

– Existe um estado (departamento) do Amazonas na Colômbia, e assim como o meu Amazonas, florestas compõem a maior parte do território. A capital é Leticia, cidade que faz fronteira com o Brasil.

– Assim como no Brasil, a família tem grande importância para os colombianos, e geralmente os filhos só saem de casa após o casamento.

– A Colômbia está na décima sétima posição no ranking de biodiversidade mundial, sendo considerada um país com “mega-diversidade”. Isso se dá com a variedade de ambientes no país.

– O território da Colômbia corresponde ao de Portugal, França e Espanha juntos!

Catedral de Sotaquirá

Catedral de Sotaquirá

– Falando em território, a Colômbia é um dos poucos países do mundo com acesso a dois oceanos, no caso, o Pacífico, e ao mar do Caribe, que dá acesso ao Oceano Atlântico.

– Assim como no Brasil, a Colômbia tem forte influência de várias culturas, como a espanhola, a caribenha, a africana, e do Oriente Médio. Imigrantes dessas regiões chegaram ao país no fim dos anos 1800.

– A bandeira, da maneira como é hoje, foi concebida em 1861, e consiste em três faixas: uma amarela, uma azul e uma vermelha. O amarelo representa as riquezas do país, o azul representa o mar que ronda as costas, e o vermelho, o sangue dos guerreiros perdidos em batalha.

Montanhas

Montanhas

– Não só na Colômbia, mas em vários países da América Latina, os nomes são compostos. Além disso, o primeiro sobrenome é o do pai e o segundo (último) é o da mãe. Mesmo o nome da mãe sendo o último, é o sobrenome do pai que passa a diante.

– Viajar de ônibus no interior da Colômbia é muito bom! Porém rodoviárias quase não existem. Os ônibus partem de determinadas ruas e você tem que escolher a companhia ali mesmo. Em algumas cidades menores, esse “ponto” de ônibus fica perto de um lanche, uma praça ou afins.

– Especialistas afirmam que existem 14000 espécies de borboletas no mundo. Cerca de 3000 dessas espécies são encontradas na Colômbia.

– O café e a segunda bebida mais consumida do país, perdendo só para a água.

– Colombianos comem fritura toda hora, e não estranhe em comer uma empanada no café da manhã.

 

Espero que tenham gostado! :)

 

Colômbia: Questions and answers

Olá queridos! Hoje eu vou ter o prazer de escrever um pouquinho mais sobre o meu segundo país, a minha linda Colômbia! Muitas pessoas me perguntam algumas coisas sobre o país, quando ir, onde visitar e outras pequenas dúvidas. Baseados em alguns posts de Questions and Answers que já lancei por aqui, seguem algumas dúvidas (com respostas) que já chegaram até mim. :)

E essa vista?! Bogotá vista do alto.

E essa vista?! Bogotá vista do alto.

Posts que Q&A da Rússia e Hungria:
Hungria: mais dúvidas e respostas
Hungria: dúvidas e respostas
FAQ da Rússia. Por que sim.
Tô indo pra Rússia! E agora?

Antes de qualquer pergunta e resposta, é importante notar que a Colômbia é um país com várias facetas: clima montanhoso, praias paradisíacas, florestas e arquitetura colonial. Ou seja, dependendo do seu tipo de viagem, arrume sua mala de acordo com os lugares que você pretende visitar. :)

Como chegar na Colômbia a partir do Brasil?

Existem alguns voos diretos para a Colômbia. A Avianca (principal companhia aérea do país) opera voos diários sem escalas a partir de São Paulo – Guarulhos e do Rio de Janeiro – Galeão.
A LAN Colômbia opera um voo diário para Guarulhos, que pode ser comprado no site da TAM.
Antes, a própria TAM tinha um voo para Bogotá, porém após a criação da LATAM, essa operação só passou a ser feita pela LAN.
Sobre a qualidade das empresas, vale ressaltar que a Avianca não tem uma boa reputação doméstica, apesar de ser bem melhor em voos internacionais. Já a LAN tem uma qualidade melhor, mas ainda não se compara de alguma companhia 5 estrelas, apesar de estarem melhorando muito.

Existe a possibilidade de fazer conexão com a Copa Airlines, com a Aerolíneas Argentinas e com a TACA, também.

Qual a moeda da Colômbia? Vale a pena levar real para trocar?

A moeda na Colômbia é o Peso Colombiano (COP), e a conversão é bem fácil: cerca de 1000 Pesos valem R$1. Para o câmbio, sempre levamos dólar, porém algumas casas de câmbio aceitam Real. Na dúvida, melhor não confiar todo seu dinheiro vivo em reais.

Para trocar dinheiro, vale a regra do aeroporto: geralmente lugares no centro tem uma cotação melhor do que as dos aeroportos, e é bom ficar de olho nos valores para aproveitar ao máximo seu dinheiro. Algumas casas de câmbio a princípio parecem ser meio amadoras, mas é só mesmo uma impressão.

Usaquén

Usaquén

A Colômbia é um país perigoso?

Acredito que esse é o maior mito sobre o país devido à imagem negativa que o narcotráfico trouxe nos meados dos anos 1980. Reitero aqui que a Colômbia é um país super seguro, e confesso que me sinto muito mais protegida, em termos de segurança pública, lá do que aqui. Ruas são bem policiadas, e para áreas turísticas é necessário ter a famosa “atenção”, necessária em qualquer lugar fora da nossa zona de conforto.

Uma campanha publicitária que o governo da Colômbia está fazendo para estimular o turismo se entitula “El unico riesgo es que te queiras quedar”, que em bom português significa “O único risco é que você queira ficar”.

Hotel del Salto em 2011. Tinha tanta gente e carros estacionados, que só eu pude descer com meu avô para tirar foto.

Hotel del Salto em 2011. Tinha tanta gente e carros estacionados, que só eu pude descer com meu avô para tirar foto.

Preciso de passaporte para viajar para a Colômbia?

Segundo alguns tratados internacionais, para brasileiro uma Carteira de Identidade em bom estado e com até 10 anos de emissão é o suficiente para entrar na Colômbia. Porém é sempre bom ter o passaporte em mãos, independente do destino. ;)

Quero praticar meu espanhol. A Colômbia é um bom destino?

Em relação ao idioma, sim! Gosto muito do sotaque colombiano, bem limpo e redondo. Em geral, eu acredito que os países do norte da América do Sul tem um espanhol menos “enrolado” do que dos países mais ao sul.

Montanhas

Montanhas

O café colombiano é mais gostoso que o brasileiro?

Essa pergunta é polêmica, mas tenho que assumir que eu particularmente prefiro o café colombiano ao brasileiro, hehe. Algumas características locais, de temperatura e solo fazem com que o gosto seja diferente, não sei como explicar.

Vale lembrar que o café é um dos produtos “vitrine” da Colômbia. A publicidade atrás da produção cafeeira é imensa, e muitos já lembram de cara do Juan Valdez ao falar de Café. Fiz um post sobre o famoso “tinto” aqui.

Rua do Fantasma

Rua do Fantasma

Quais são os principais lugares para se visitar na Colômbia?

Como falei antes, a Colômbia é um caldeirão de culturas e climas. Para os que gostam mais de praia e mar, recomendo conhecer Cartagena, San Andrés, Santa Marta e até certo ponto Barranquilla, pelo fato da cidade ter um foco maior em portos.

Para quem gosta de cidades, Bogotá, Medellin e Cali são boas pedidas. Bogotá se destaca pelo clima cosmopolita, com boa vida noturna. Medellin é conhecida internacionalmente como um centro cultural e artístico ascendente, cada vez mais se desassociando da imagem do narcotráfico.

O estado do Amazonas (na Colômbia) e sua capital em Letícia se destacam com o turismo de aventura e pesca esportiva. Mesmo assim, o turismo de aventura na Colômbia não é tão conhecido no Brasil, e relativamente pouco explorado por lá.

Para quem gosta de história, viajar pelo interior da Colômbia é sensacional! Além das tradicionalíssimas Candelária e Usaquén em Bogotá, algumas cidades no interior da Colômbia se destacam, como Tunja, Paipa e a linda Villa de Leyva. Cartagena também preserva grandes laços coloniais, como por exemplo o forte que protegia a colônia do ataque de piratas.

Ruela na Candelaria

Ruela na Candelaria

Espero que algumas pequenas dúvidas tenham sido solucionadas. :) Aos poucos, eu vou postando mais dúvidas em posts, mas na aba Colômbia tem muitos outros posts que espero que gostem. :)

 

Neste lugar escolhido…

“…Segundo o cronista Fray Pedro de Aguado como o mais corroborado e esclarecido, que formava uma residência temporária do Zipa fez Don Gonzalo Ximenes de Quesada em 6 de agosto de 1538, a primeira fundação da cidade de Santafe de Bogotá, ato que ratifico solenemente em 27 de abril de 1539, no que hoje se encontra a Praça de Bolívar”.

Essa declaração se encontra em uma pequena casa em Bogotá que é considerada a construção mais antiga da cidade. E esta casinha se encontra no antigo e lindo bairro da Candelaria, no centro de Bogotá.

A Candelaria é de fato o bairro mais antigo de Bogotá. Ela possui casinhas de influência hispânica, pintadas de cores vibrantes e sempre mantendo suas características barrocas originais (foco para os telhadinhos alaranjados!). Essas lindas casinhas ficam em ruas estreitas, com ladrilhos no chão, e todas conseguem manter o ar puramente colombiano.

Ruela na Candelaria

Ruela na Candelaria

Um outro detalhe bem interessante é que cada rua da Candelaria possui um nome sugestivo, seja por alguém que morou por lá, seja pela atividade de alguma loja que existia ali, pela característica de alguma casa… nada muito formal! :)

Rua do Fantasma

Rua do Fantasma

Uma outra curiosidade interessante sobre o lugar é que até os anos 1970, não havia uma real diferença entre a Candelaria e o centro de Bogotá, e quando essa distinção finalmente foi feita, muita coisa se transformou por ali. A Candelaria finalmente retinha uma personalidade própria, retomando o posto de patrimônio histórico, e com isso, os hotéis, restaurantes e outras atrações turísticas foram ficando mais organizadas, aos poucos se desvencilhando dos momentos conturbados da Colômbia dos anos 80.

Um ponto alto dali é a presença da Praça Bolívar (oficialmente, o marco inicial de Bogotá), em homenagem ao libertador da Gran Colombia. Essa praça é muito bonita e cercada de monumentos históricos.

Praça Bolívar

Praça Bolívar

Como todo bairro antigo (especialmente na América Latina), existem muitas igrejas por ali, de todos os tamanhos e estilos. Além disso, a Candelaria é bem servida com ótimos museus (foco para o Museu do Ouro!).

Arquitetura colonial

Arquitetura colonial

Ali tem vários turistas, entusiastas da arte e curiosos sobre história! No dia em que fomos lá, uma grande rede de TV da Colômbia estava gravando um documentário sobre o bairro com um ator famoso de lá (esqueci o nome dele!). Uma mega produção! Para conferir, é só viajar para a Colômbia! ;)

 

Monserrate: Bogotá vista de cima

Hoje vim falar de um lugar que sempre sonhei em conhecer mas demorei bastante a visitar, que é a catedral de Monserrate, em Bogotá. Sabe quando as coisas chegam na hora certa? Talvez se tivesse ido pra lá antes, quando eu era pequena e não guardasse detalhes de muitos lugares provavelmente não escreveria esse post.

Mas enfim, no início do ano passado meus primos todos nos acompanharam para subir até Monserrate. Para quem não sabe, Bogotá é uma cidade que nasceu no coração dos Andes, e mesmo já estando no topo de uma montanha, ainda existem mais montanhas ao redor. Em uma dessas montanhas, construíram a catedral de Monserrate, com direito a uma vista incrível da cidade!

Fomos com os meus primos lá e nos dirigimos até a bilheteria, onde compraríamos os tickets para o funicular. A fila estava grande, mas corria rápido. Sempre fica a dica de comprar dois tickets, um para a ida e outro para a volta, caso pensas ir de funicular até lá.

Existe outra maneira de ir subindo, grátis. Essa maneira é em uma gigantesca e tradicional escada! Eu não subo ali de escada de jeito nenhum, sedentarismo bate! ;) Mas quem tem pique e quer uma experiência única, não deixe de subir!

Os funiculares são quase sempre lotados, e a viagem leva uns 5 minutos. Chegando lá em cima, já é possível de se fazer tudo! Eu recomendo:

  • Visitar a catedral: quando entramos, já estava no final da missa do meio-dia. Além de ter assistido a cerimônia, andar pela parte de trás da igreja é super válido. Lá é muito bonito, e os colombianos sentem muito orgulho dessa catedral no topo de tudo.

    Monserrate!

    Monserrate!

  • Visitar a feirinha: Existe uma feirinha ali ao lado com produtos super exóticos! Muitos artesanatos da região, blusas sobre a Colômbia, comidas e bebidas típicas, chá de coca (sério!!!!) e todo tipo de souvenir.
  • Comer uma “picada”: Nessa feirinha também existem umas barraquinhas especializadas na picada, que é o churrasco colombiano. Batatas criollas, chorizo, milho, carne de cordeiro e outras iguarias feitas na brasa! Muito bom!

    Nhami!

    Nhami!

  • E claro, apreciar a paisagem e tirar muitas fotos! A vista dali é sensacional! Parece que estamos olhando a qualquer cidade da janela de um avião decolando/pousando!
    E essa vista?!

    E essa vista?!

     

 

Ir para Monserrate é incrível! Esse dia, de certeza foi um dos melhores que já passei em terras colombianas.

E daqui a dez anos?

Em dez anos, estarei a uma semana dos meus 32 anos, mas o que o futuro me reserva? Estar formada, definitivamente! De mestrado, quase certo. De doutorada, não sei. Aprovada no CACD, espero!

Há 10 anos atrás eu nem sabia o que eu queria direito. Não sabia de muitos conceitos da vida que hoje já consigo ver com mais clareza, afinal de contas, estava indo completar meus 12 anos, estava na sexta série e a única coisa que me preocupava na vida era ficar na piscina em dia de chuva.

Um belo dia, pesquisando coisas aleatórias na internet, descobri um artigo falando sobre lugares abandonados e vi uma foto do Hotel del Salto, na Colômbia. Me bateu aquele momento de nostalgia, e fui atrás de fotos que acabamos tirando lá. A primeira vez foi em 3 de janeiro de 2000, e a segunda no primeiro dia do ano de 2012, ou seja, batendo na trave dos 12 anos de diferença entre elas.

Mas o que tem esse tal de Hotel del Salto?

Esse “salto” do nome do hotel é por causa da atração natural bem na frente dele, o chamado “Salto del Tequendama”, uma cachoeira do rio Bogotá, que teve seu auge de turismo no século XIX, e inclusive foi descrito por Alexander von Humboldt, importantíssimo naturalista alemão que descreve em um de seus livros:

A grande parede de pedra, as paredes da cachoeira e banhado por sua brancura e a regularidade das suas camadas horizontais lembra o calcário Jurássico; os reflexos de luz que invadem a nuvem de vapor flutuando infinitamente acima da cachoeira ; a divisão ao infinito dessa massa de vapor cai em grânulos molhados e deixa para trás algo como uma linha de chifre; o som da cachoeira como o rugido de um trovão e repetido pelos ecos das montanhas, o abismo da escuridão; o contraste entre os carvalhos de acima que lembram a vegetação Europeia; e as plantas tropicais que crescem ao pé da cachoeira, tudo o que vem junto para dar este caráter individual uma cena indescritível e grande.

Salto del Tequendama, em 2000.

Salto del Tequendama, em 2000.

Acontece que do fim do século XIX para agora, muita coisa mudou em Bogotá. Uma hidrelétrica foi construída próxima à boca do Salto, o que fez o fluxo da água diminuir bastante. Fora isso, a cidade cresceu muito, e a falta de planejamento urbano contaminou o rio Bogotá, que passou a receber todo o esgoto da capital da Colômbia.

Antes que a situação de desgaste ambiental se tornasse tão feia, em 1928 uma francesa construiu um hotel do outro lado do penhasco, como uma forma de receber os turistas que iriam até lá. O Hotel del Salto era um dos mais luxuosos da Colômbia, e sempre contava com grandes jantares e convidados ilustres.

Como dito antes, a situação ambiental se agravou, causando muito mau cheiro nos arredores do Salto e dessa região em particular do rio Bogotá, o que expulsou os turistas, e acabou levando o hotel à falência. Desde então o hotel é considerado abandonado.

Mas o que tem a ver esse título de 10 anos e esse Hotel del Salto? E por que passei duas vezes por esse salto, sendo que a Colômbia tem muito mais para se ver?

Respondendo à segunda pergunta, eu sou “obrigada” a passar pela frente do Salto toda vez que vou pra fazenda do meu tio em Santandercito. Nas três vezes que eu fui, tenho que passar pelo Salto no caminho.

E no início do ano 2000, eu tinha 8 anos. Era uma criança ainda com memórias muito limpas de tudo, o que me fazem lembrar de cada detalhe. Tínhamos saído da nossa casa em Bogotá, onde o meu tio havia pedido um táxi para a gente, já que iríamos pra fazenda do meu outro tio. Ele havia acordado meio cansado, até fraco, digamos, e não pode ir com a gente – ele faleceria cerca de um ano depois – e fomos direto pra estrada.

O táxi era uma Brasília, e fomos apertados, pois éramos 5 na minha família mais o motorista. No meio da viagem a minha mãe e a minha tia brigaram, pois a minha tia era a responsável pela filmadora, e ela havia esquecido de carregar. Minha mãe se estressou e fechou a cara. No meio tempo, meu avô pediu para que o motorista parasse no tal Hotel del Salto, pois fazia muito tempo que ele não iria pra lá.

A primeira impressão que tive foi de deslumbre. Se senti mal cheiro, não me importei, e se tinha algo muito feio no abandono do hotel, não percebi. Pra mim tudo era muito bonito! A beleza da cachoeira com aquele lindo prédio rosa. E não havia ninguém além de nós! Tiramos muitas fotos, e ficamos apreciando muito a paisagem.

Eu e a minha família fazendo pose ao lado do Hotel del Salto. Foi uma foto tirada de uma foto, meu scanner não está funcionando mais. :/

Eu e a minha família fazendo pose ao lado do Hotel del Salto. Foi uma foto tirada de uma foto, meu scanner não está funcionando mais. :/

Da segunda vez que tirei foto, foi ano passado, justamente a caminho da fazenda do meu tio. Fomos em comboio em família, diferente da outra vez, mas acabamos por nos encontrar num restaurante na estrada. O meu avô queria parar lá mais uma vez – e eu também – pois ele estava louco para tirar uma foto lá.

Antes de chegar, vi duas coisas que já me chocaram muito. A primeira foi a falta de conservação da estrada, que geralmente são muito boas na Colômbia, onde alguns pedaços já estavam interditados, pois parte do asfalto já tinha cedido no precipício. A segunda foi a quantidade de espuma no rio Bogotá. Um sinal impecável de poluição.

Chegamos no Hotel del Salto e levei um susto! Estava tudo lotado, cheio de turistas tirando foto, carros estacionados em plena estrada, e várias barraquinhas de chorizo, almojábanas, tamal e tantas outras coisas na beira do precipício – literalmente.

Hotel del Salto em 2011. Tinha tanta gente e carros estacionados, que só eu pude descer com meu avô para tirar foto.

Hotel del Salto em 2011. Tinha tanta gente e carros estacionados, que só eu pude descer com meu avô para tirar foto.

Fiquei arrasada com aquela poluição visual e todas aquelas pessoas falando, que me deixaram com um gostinho de nostalgia imenso. Não se poderá apreciar a cachoeira com tamanha paz e serenidade como eu tive oportunidade de apreciar. Mas eu só tinha 8 anos! Uma criança ainda não sabe ainda apreciar coisas que um adulto já consegue, e apesar de eu conseguir lembrar de muita coisa da primeira vez, a memória mais forte será a da segunda vez, já com 19 anos.

Além do mais, havia tanta neblina, que surgiu com o excesso de dejetos de mais 10 anos de uma população de mais de 7 milhões de habitantes, que deixou a cachoeira quase invisível! Não dá pra culpar que era a época diferente do ano, mas não. Se eu fosse dois dias depois na minha segunda ida em 2012, seria exatamente 12 anos desde a primeira visita.

10 anos conseguiram mudar a minha percepção de mundo, e no caso do Salto del Tequendama, concebi uma memória breve, apagada por 10 anos de muitas mudanças na minha vida, sejam de atitudes, de amigos, de crescimento e até de situações. Esse restinho de lembrança do ano 2000 foi deixado de lado com uma nova imagem que testemunhei. Muita poluição visual, uma cachoeira engolida pela neblina, e claro, uma nova visão de mundo, pois afinal de contas, não dá pra comparar uma mentalidade de uma menina de 8 anos para a de uma mulher de 19.

E daqui a 10 anos, o que vai ser do Salto del Tequendama? Será que o fluxo d’água do rio Bogotá vai parar de novo (como parou em 2003, quando fui pela segunda vez à fazenda do meu tio)? Será que a estrada vai ceder ainda mais, deixando aquele trecho na montanha intrafegável? Será que vão finalmente concluir as reformas e abrir o tão esperado Museo del Salto, que reabrirá as portas do Hotel? Será que vão proibir os comerciantes ambulantes a venderem a sua comida ali?

Isso só o tempo vai dizer. Só esperando 10 anos mesmo.

Colômbia! Por que não?!

Quando as pessoas escolhem a América do Sul como destino de viagem, muitos pensam na Argentina, Chile, ou até mesmo passear por Machu Picchu. Poucos pensam na Colômbia como uma primeira opção.

A Colômbia é um país de contrastes. Existem cidades cosmopolitas, belas praias, regiões campesinas, e até um pouco de floresta amazônica. Grandes festivais, shows e muitos artesanatos  fazem da Colômbia o destino perfeito para quem procura um lugar diferente para passar as férias, mas não muito longe do Brasil.

A verdade é que existem poucos voos diretos saindo para a Colômbia. A Avianca opera duas rotas para Bogotá, uma saindo de São Paulo, e outra do Rio de Janeiro. A TACA/LACSA oferece uma rota via Brasília. Até pouco tempo, a TAM também oferecia um voo direto para Bogotá, mas com a fusão com a LAN e a formação da LATAM, o voo foi extinto, e os voos para a Colômbia saem apenas via Santiago. Outra boa opção é viajar pela Copa, com conexão no Panamá, trecho que fiz recentemente. Existem voos diretos para o Panamá em Belo Horizonte, Brasília, Manaus, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro e São Paulo.

Bogotá é uma cidade linda, cosmopolita e grande, com pouco mais de 7 milhões de habitantes e a 2600 metros acima do nível do mar. Algumas pessoas sentem dificuldades na respiração, e é comum que pessoas que não estão acostumadas a altitude sofrerem de pequenos sintomas como sangramento nasal ou até tonturas.

Reprodução: Wikipédia

Aqui vão os 5 principais lugares para se conhecer em Bogotá, na minha opinião:

1. Monserrate

A igreja de Nossa Senhora de Monserrate se encontra no topo de uma das montanhas ao redor de Bogotá. Vista incrível da cidade! Existe também uma feirinha que vende vários artigos do artesanato colombiano. Vale a pena também assistir uma missa, aos mais religiosos. Depois postarei relatos da minha visita a Monserrate.

2. Museu do Ouro

Larga variedade de artefatos de ouro produzidos por povos pré-colombianos. Chama muita atenção dos estrangeiros, especialmente àqueles mais interessados em história.

3. Praça de Bolívar

É a principal praça de Bogotá. Ao redor, encontram-se alguns dos prédios mais importantes da Colômbia representando os três poderes, como o Capitólio e o Palácio Nacional.

4. Museu Botero

Quem gosta de arte vai se encantar por esse lugar! Fernando Botero doou seu acervo pessoal para esse museu, além de obras suas, o museu possui de outros artistas importantes para a história da arte como Picasso, Monet, Miró, Dali, dentre outros.

5. La Candelaria

A Candelária, ou La Candelaria, é o bairro mais antigo de Bogotá, que ainda conserva arquitetura colonial, e ruas super estreitas. Definitivamente uma volta ao tempo!

Placa que indica a primeira construção no assentamento de Santa Fé de Bogotá em 1538.

Vale também conhecer nos arredores de Bogotá:

1. Usaquén

2. Salto del Tequendama

3. Catedral de Sal de Zipaquirá

4. Palacio de Nariño

5. Casa de la Moneda

6. Guadalupe

Aproveite sua visita a Bogotá! Em breve, mais relatos de terras bogotanas!