Museu Botero: finalmente

Olá, internet! Apesar de já conhecer bem a capital da Colômbia, ainda existiam lugares que eu ainda não havia visitado. Um deles era o Museu Botero, e juro que sempre quis ir, mas nunca conseguia! Dessa vez eu bati o pé e disse que iria de qualquer maneira, e deu certo, haha. Hoje vou tentar explicar um pouco como foi.

Mas esse museu é de quê? E quem é Botero?

Fernando Botero é um artista plástico colombiano conhecido especialmente por retratar as pessoas mais gordinhas, seja através de pinturas, esculturas, e desenhos à mão livre. Algumas obras dele são bem conhecidas, como a pintura da Monalisa e a Mão gigante.

Pois bem, ele doou algumas de suas obras ao Banco da República em meados dos anos 2000, e após isso, este banco abriu o museu e o mantém até hoje.

Algumas informações

O Museu Botero está localizado bem no coração da Candelária, bairro central de Bogotá com muita influência colonial espanhola. No mesmo edifício se encontra o Palácio da Moeda e um museu de arte Contemporânea. A entrada para os três é gratuita e é possível (na verdade, recomendado) visitar os três numa manhã (ou tarde) inteira.

(comentário em off: o prédio onde se encontra o museu é lindo, uma obra à parte!)

Vale ressaltar que o Museu Botero abre todos os dias, menos às terças-feiras.

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Um pedacinho do edifício onde se encontra o museu Botero

 

Interação

O museu é um dos locais mais visitados na Candelaria, e é bem interessante de interagir com as obras, seja através de fotos, ou até mesmo apreciando todos os detalhes das pinturas. É fácil ver o padrão estético que o artista segue e na minha opinião, cada obra é igual, mas ao mesmo tempo diferente, única!

Certamente, a visita ao museu é interessantíssima! Ali é um ótimo local para aprender e tirar fotos. Os arredores também são imperdíveis, e é recomendável pegar um mapa e conhecer tudo que a Candelária tem a oferecer!

Desde já desculpa pelas imagens tremidas, aaa! Meu telefone estava nas últimas e não é recomendável andar com câmeras na Candelária :(

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A Casa dos Contos de Ouro Preto

Como boa cidade histórica, Ouro Preto possui uma série de lugares interessantes pra visitar: alguns são maravilhas a céu aberto, e outros são museus um pouco mais convencionais. Um dos lugares que mais chamam a atenção é a Casa dos Contos, e vou explicar o motivo nesse post!

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Maquete da Casa dos Contos

Um pouco sobre onde fica e o que é a Casa dos Contos

Localizado na rua São José e cercado por vários comércios e restaurantes (ou seja, sempre tem muita gente ao redor), a Casa dos Contos é um museu focado em história numismática e algumas outras coisas. A casa onde o museu se encontra tem tudo a ver com o motivo deste.

Originalmente ela foi uma residência pertencente a João Rodrigues de Macedo, e dentre várias coisas, chegou até a abrigar os inconfidentes por algum tempo. Por causa de dívidas do dono, esta edificação virou propriedade do estado no final dos anos 1700s, e algumas instituições tiveram sede ali. A mais notória era a fundição do ouro, onde uma parte do ouro de Minas Gerais era padronizada através de barras de ouro.

O edifício foi construído no estilo barroco, e acabou sofrendo uma restauração completa em tempos recentes, com o objetivo de transformá-lo em museu! Atualmente, o prédio e o museu são mantidos pelo Ministério da Fazenda e a entrada é franca.

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Varanda interna da Casa dos Contos

Numismática, finanças e economia

A visita começa pela parte de cima da casa, onde subimos uma escadaria e já nos deparamos com um balcão.

Como falei brevemente acima, a Casa dos Contos possui uma grande coleção numismática (exposição de moedas e notas de dinheiro antigas e atuais), e contempla períodos da história brasileira como colônia, império e república. É interessantíssimo ver a “evolução do dinheiro” de acordo com a necessidade da época, e fora isso as salas de exposição possuem vídeos explicativos e paineis com textos explicativos para os curiosos.

Além das notas e moedas, alguns utensílios relacionados estão presentes, como prensa para cunhar as moedas e alguns tipos de impressoras estão em exposição.

Como pessoa da área de economia e finanças, achei essa parte da visita sensacional! Aprendi fatos interessantes, relembrei algumas coisas da época da faculdade, e para mim, é importante ver com meus próprios olhos algumas coisas que só imaginávamos que existiam.

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Algumas notas em exposição

Escravidão

Após visitar a parte superior da casa, vamos para a segunda parte da visita que contempla o térreo e o subsolo. Essa parte da visita não pode ser fotografada, que contempla o porão da casa e a senzala. O timing da casa já indica que parte de sua história abrangeu o período da escravidão, e a primeira parte da visita acaba que nos faz esquecer disso.

A senzala é uma espécie de jardim dos fundos bem pequeno, e não assusta tanto. Já a cozinha e o porão são chocantes ao perceber as condições insalubres que aquelas pessoas viviam: pouca ventilação, pouca luz, fora todo o desconforto do local. Não encontrei informações de quantas pessoas moravam ali, mas aposto que eram muitas.

Uma seção possui alguns objetos em exposição; alguns eram utilizados pelos escravos no seu dia a dia, como utensílios de cozinha e alguns outros tipos de ornamento, e outros focavam mais em métodos de tortura utilizados contra essas pessoas. Justamente por sinal de respeito é pedido que as pessoas não tirem fotos, e aparentemente todos que estavam lá não fizeram isso.

Vale a pena visitar?

Eu sou a louca dos museus: onde tem um, faço questão de visitar! Adoro saber curiosidades sobre muitos assuntos, e o método de exposição de muitos museus me é interessante.

Os assuntos abordados na Casa dos Contos foram interessantes pra mim: o aspecto financeiro apresentado na parte superior, e um choque de realidade que a nossa história traz na segunda parte da visita.

Acho que vale a pena visitar sim pelo fato de que é nossa história (devemos conhecer o que se passa), a entrada é gratuita e o passeio não leva muito tempo. Ao redor do museu existem outras coisas para se ver, além de muitos restaurantes. Fora que o edifício em si (arquitetonicamente falando) é uma outra obra de arte a ser apreciada.

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Moedas – valores e anos

Staré Město, a cidade velha de Praga

Praga, sem dúvida alguma, é uma das cidades mais bonitas da Europa Central, e grande parte de sua beleza vem da Cidade Velha, ou Staré Město em tcheco. O local é chamado de Cidade Velha devido ao fato de que esta é a região mais antiga da capital Tcheca, datando do século XII.

A maior parte das atrações da cidade estão ou orbitam a Cidade Velha, fazendo com que a visita ali seja indispensável a qualquer viajante. Então, este é o post de hoje: o guia completo da Cidade Velha de Praga! :)

Praga-1

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Onde se localiza e quais são suas características gerais?

Uma coisa que ajuda para um melhor entendimento de Praga é conhecer seu mapa. A capital da República Tcheca é dividida pelo rio Vltava em duas grandes partes. A Cidade Velha se encontra na parte leste, enquanto a Cidade Baixa e o Castelo de Praga se localizam a oeste.

Vou deixar a parte oeste da cidade em outro post, já que existem muitas coisas interessantes nessa região da cidade! Só a subida a pé para o Castelo de Praga já merece um post inteiro.

Falando agora de Staré Město, esta conserva muitas características de suas origens medievais. Este bairro é composto quase que inteiramente de ruelas pedestres, com pequenas casinhas coloridas alegrando o espaço com suas estátuas e pinturas.

Segundo o nosso guia do Walking Tour, Praga era uma cidade rodada por muralhas que hoje já não existem mais. Dentro dessas muralhas se localizava a Staré Město, considerada coração e área nobre da cidade.

Acompanhe também: Walking Tours em Praga

Mesmo com o passar do tempo e a transformação de várias partes da cidade, Staré Město continua com suas características medievais e pitorescas, sendo um lugar de encher os olhos e as câmeras de qualquer pessoa.

Antes de continuar a falar sobre Staré Město, preciso compartilhar que Praga é uma das cidades que mais vi turistas na rua! Não se espante com a quantidade de pessoas, especialmente em volta do relógio astronômico.

Algumas atrações de Staré Město

A Old Town Square é a praça principal da cidade, e em torno dela se encontram os principais museus, restaurantes e igrejas da cidade. Os prédios que a circulam são coloridos e alguns possuem pinturas na sua decoração.

No final de semana que estive lá, uma feirinha bem interessante se localizava nos arredores da praça. A grande maioria vendia comidinhas (comi um bratwürst lá), mas algumas barracas vendiam artesanato. Na minha opinião, essa feira combina muito com o local.

Old Town Square

Old Town Square

O relógio astronômico é provavelmente o principal símbolo de Praga. Sua estrutura, cores, e o significado de cada pequena estátua são amplamente estudados por historiadores e entusiastas. É impressionante a quantidade de pessoas que ficam em volta do relógio!

A cada hora durante o dia (acredito que só não funciona de madrugada), uma pequena apresentação com cucos, bonequinhos e música acontece. Em tempos antigos, isso era uma comemoração pelo fato de que mais uma hora do dia havia passado. Lembrando que em tempos medievais, as pessoas acreditavam que o fim do mundo podia vir a qualquer momento.

Eu já fiz um post bem detalhado sobre o relógio astronômico, onde procuro explicar um pouco da sua história e seus significados. O chamado “Orloj” de Praga certamente merece a atenção de quem passeia por Staré Město.

Acompanhe também: 10 coisas que você não sabia sobre o Orloj de Praga

Foto do Orloj tirada bem cedinho. Ainda não haviam muitos turistas na área.

Foto do Orloj tirada bem cedinho. Ainda não haviam muitos turistas na área.

A Torre da Pólvora (ou Torre do Pó) é uma estrutura localizada bem nos limites da Cidade Velha, e este é o único pedaço restante da antiga muralha que rodeava a capital tcheca.

Sua aparência semelhante a um portal não é em vão, já que a torre era uma estrutura que dava acesso às rotas comerciais do resto da Europa, já que Praga era um importantíssimo entreposto comercial.

Durante o reinado de Maria Teresa, a grande imperatriz da Áustria, essa torre teve a função de guardar pólvora, motivo pelo qual ela recebe este nome hoje em dia.

Sair por aí...

Sair por aí…

A ponte Carlos (Charles Bridge) é juntamente com o relógio astronômico, o principal símbolo de Praga. Essa ponte pedestre e medieval foi construída por Carlos, o rei tcheco mais conhecido, em meados do século XVI.

Originalmente a ponte que vemos hoje foi construída em substituição a outra que foi destruída por uma enchente. Também contei a história dela em outro post, onde tentei contar resumidamente tudo que envolve este belíssimo lugar!

Acompanhe também: A conexão de Praga

A ponte Carlos também serve como uma “fronteira” de Staré Město, mas ao mesmo tempo ela possui a função de ligar a Cidade Antiga com a Cidade Baixa, que como disse antes, fica do outro lado do rio. Hoje em dia existem outras pontes que fazem essa ligação, mas a Charles Bridge teve essa função originalmente.

Multidão na Charles Bridge

Multidão na Charles Bridge

Fora essas atrações importantes, é muito válido conhecer a pé as ruas de Staré Město. As ruas são muito bonitinhas, e existem muitas lojas que vendem uma série de artigos relacionados à República Tcheca. Fora isso, existe uma imensidade de museus (tipo o museu do chocolate, museu da cerveja, museus com temas medievais, entre outros) e lugares onde comidinhas típicas são vendidas.

Fachadas

Fachadas

Roupa típica tcheca

Roupa típica tcheca

Centro de Praga

Centro de Praga

Bem cedo e chovia muito

Bem cedo e chovia muito

Amei Praga e pretendo voltar. Só passei um fim de semana na cidade, e tinha tanta, mas tanta coisa pra fazer que com certeza acabei não conhecendo tudo que queria. Mesmo assim, procurei caminhar por todas as ruas que podia, e adorei o que vi. Com certeza, uma das cidades mais lindas da Europa!

 

 

Hungria: dúvidas e respostas

Sziasztok! Tá indo viajar pra Hungria? Seja para passar uma semana ou um ano, a vida na Hungria é bem curiosa e incrível! Mas já que estamos falando de um novo país, novas pessoas, nova cultura, novo idioma e por aí vai, dúvidas são obviamente comuns. Nada mais prudente que buscar todas as respostas possíveis, e olhar na internet relatos de pessoas já é um bom início! Compartilhando agora algumas dúvidas, de amigos e pessoas que me perguntaram sobre!

O Danúbio, ao acender das luzes

O Danúbio, ao acender das luzes

Preciso de visto para ir para a Hungria?
Depende do seu propósito. Para viagens a turismo, voluntariado, cursos rápidos e afins, só é necessária a presença do passaporte com no mínimo 6 meses de validade. A Hungria faz parte da zona Schengen, ou seja, uma zona de trânsito comum na União Europeia, e eles permitem uma viagem de até 90 dias para brasileiros. Caso o objetivo seja estudar por mais tempo (até 1 ano), é necessário tirar um visto de 30 dias e depois buscar uma extensão com a Residence Permit.

Consigo me comunicar em inglês normalmente?
Budapeste é uma cidade cosmopolita e cheia de pessoas do mundo inteiro, especialmente estudantes. Ali muitas pessoas falam inglês normalmente, o que pode prejudicar um pouco o interesse em tentar aprender um pouco de húngaro. Em cidades do interior, é um pouco mais escasso de pessoas muito fluentes em inglês, porém muitos (especialmente jovens) conseguem se comunicar em inglês. Alguns jovens inclusive tem um certo conhecimento de alemão, já que algumas escolas o ensinam.

Como posso levar dinheiro?
Com a subida do IOF, dinheiro vivo é certamente a melhor opção para levar em qualquer lugar! Cartão de crédito gera milhas, o que pra mim não é muito atrativo. Mas é necessário ter cuidado com dinheiro, assim como em qualquer lugar. Enfim, para a Hungria especificamente, recomendo levar Euro, tanto pela proximidade com outros países que adotam o euro (como Áustria, Alemanha, Eslováquia e afins) assim como pela comodidade.
Caso você não tenha forints em mãos, os lojistas são obrigados a aceitar o Euro, devidamente corrigido com uma cotação similar. Existem diversas casas de câmbio para trocar Euros por Forints próximas às grandes atrações da cidade, e recomendo trocar um pouco no aeroporto e depois ir trocando mais Euros aos poucos de acordo com a necessidade.

Como posso comprar os tickets para o transporte público?
Em Budapeste, é em qualquer estação de metrô! O ticket mensal para cidadãos não europeus e não estudantes custa 9700 HUF (o que era o meu, snif). Para estudantes europeus o ticket é muito mais barato. Em cidades do interior sistemas semelhantes existem, mas dependendo da cidade, andar a pé ou de bicicleta é a melhor pedida.

Museus e atrações turísticas são muito lotados?
Não exatamente muito lotados, mas sempre existem turistas que estão pela cidade. Budapeste não é como Londres, Paris e até Praga, com turistas saindo por tudo que é espaço, mas existem muitos que passeiam pela cidade a turismo. Ainda dá para se aproveitar bastante os pontos turísticos da cidade. Exemplo disso que estou citando? Nunca precisei pegar uma fila muito grande para comprar algum ingresso. Mesmo assim, é interessante ter um pouco de atenção e precaução, especialmente em meses de alta temporada.

Hoje foram 5 dúvidas! Mais respostas virão nos próximos posts! :)