O que eu aprendi não visitando a Casa Rosada

Olá, internet! Já escrevi alguns posts sobre a minha experiência visitando Buenos Aires: cidade linda e muito charmosa, e que também é fácil de chegar para quem está no Brasil! Aos poucos, estou tentando escrever sobre pontos interessantes que visitei e que acho que uma visita possa valer a pena (ou não, né). Hoje eu queria falar sobre a Casa Rosada, mas acho que sobre um ponto de vista que eu nunca fiz (na verdade, com exceção sobre os banhos termais de Budapeste).

Você pode gostar também: O principal banho termal de Budapeste

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Dentro do Museu Casa Rosada (que é um museu aberto ao público atrás da própria Casa Rosada)

O que é a Casa Rosada?

É a sede da presidência Argentina, e ela se localiza na capital, Buenos Aires, bem em frente à Plaza de Mayo, que é outro local icônico para conhecer. Ali é onde o presidente trabalha, e a edificação em si é bem bonita.

Felizmente, ela é aberta ao público, e relatos dizem que a visita é bem interessante.

Pois é…

Acontece que a Casa Rosada era um dos meus pontos de interesse em Buenos Aires. Queria conhecer, marquei a localização no mapa e busquei a melhor maneira de chegar até lá. Era um domingo, e iria aproveitar a deixa para ir andando até San Telmo, ali pertinho.

Mas essa viagem foi diferente. Chegaríamos por Montevidéu, passaríamos algumas horas em Colonia, e o resto das nossas férias seriam em Buenos Aires. Um pouco antes da nossa ida, uma prima nossa nos deu várias dicas sobre a viagem, e nos recomendou uma empresa que montou um roteiro para ela. Era só elogios.

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Pensamos assim: fiquei de planejar a primeira parte da viagem, que englobava Montevidéu e Colonia. Como já teríamos o roteiro de Buenos Aires, nem me preocupei com nada, pois deixei a cargo dos profissionais. Isso quer dizer: zero pesquisas no google sobre Buenos Aires e o que visitar.

Como previsto, a primeira parte da viagem foi maravilhosa! Deu tudo certo, e tudo que planejei correu bem. Já a segunda não deu certo parte por culpa minha, e parte por causa desse roteiro.

A minha culpa ficou centralizada com a questão do dinheiro. Montevidéu foi tão bem planejada que até o dinheiro foi bem contadinho: o suficiente para fazer tudo que pretendíamos sem passar nenhum tipo de aperto. Já Buenos Aires é uma cidade bem mais cara que pensávamos, e conforme os dias foram passando, percebemos que a conta não iria fechar! Nem almoçamos no último dia pelo fato de que o único dinheiro que nós tínhamos era pro táxi para chegar ao aeroporto. Te juro que em toda minha vida de viajante eu nunca passei por tanto sufoco financeiro assim.

Por causa dos momentos de austeridade, não fomos ver o tango! “Como você pode ir em Buenos Aires e não assistir ao tango”, você pode perguntar. Pois é, fiquei chateada também. Essa empresa ofereceu passeios para ver o Tango, para ir até o rio Tigre e outras coisas, só que não tinha dinheiro! Por isso, parte da culpa foi minha também, ao não aproveitar os passeios que eles ofereciam.

Mas o resto que envolvia questão de roteiro teve dois furos que considero amadores. Nós até chegamos a perguntar se havia a possibilidade de recebermos o roteiro antes, só por curiosidade, mas a pessoa responsável disse que não. Até entendemos, pois qualquer outra pessoa pegaria o roteiro, sumiria e não daria mais satisfações, nem pagaria o que era devido. Por causa disso, só recebemos todo o roteiro no dia que chegamos.

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Mais Cores

Então, logo nesse domingo, estava prevista uma visita à Casa Rosada, e fomos lá. A menina da agência disse que o passeio era maravilhoso e que nos encantaríamos com tudo. Até iríamos, se não fosse o fato de que é necessário um agendamento prévio da visita por email, e que as vagas são limitadas por dia (e olha que a visitação não é aberta todos os dias da semana). Ou seja, a visita à Casa Rosada de fato estava acontecendo no domingo, mas não pudemos entrar pelo fato de que não reservamos a visita por email. Foi bem frustrante ver várias pessoas entrando lá, e nós ficando de fora.

O outro furo que preciso falar foi o Malba. Muitas pessoas não gostam de visitar museus, mas eu adoro! A sigla Malba significa Museo de Arte Latinoamericano de Buenos Aires, e dentre tantas obras expostas ali, uma das mais famosas é o Abaporu. Sempre sonhei em ver esse quadro tão icônico para a arte brasileira, e ele estava ali pertinho de mim. Acontece que neste roteiro, a visita para o Malba (e para o bairro de Palermo, em geral), estava prevista para a terça-feira, e adivinha o quê? O Malba abre todos os dias da semana, exceto às terças feiras!! 

Finalizando o desabafo

Qualquer empresa que trabalha com turismo de determinado local tem que ter uma expertise muito boa em proporcionar o melhor para seu cliente, então espera-se no mínimo que quem trabalhe com turismo em geral, saiba como funcionam alguns pontos de interesse importantes da sua cidade que muito, mas muito provavelmente seus clientes terão intenção de conhecer!

Então eu acho que essa situação da Casa Rosada e do Malba foi muita ingenuidade, pois quem faz seu trabalho com o conhecimento adequado já indicaria essas duas informações: dia de funcionamento de certo local, e que para visitar outro, é necessário um atendimento por email.

A minha parcela de culpa e o que eu aprendi

E sim, não nego que tive uma parcela de culpa muito grande por não ter pesquisado! Eu sempre faço isso com qualquer outra viagem, e por confiar tanto no relato da minha prima, e ao mesmo tempo por querer ficar mais “de boas” sem ter que me preocupar em planejar uma viagem, deixando nas mãos de pessoas que eu achava que teriam o mínimo de conhecimento adequado para o turismo.

Eu deveria ter pesquisado sobre a empresa, e obviamente sobre os lugares que eu queria conhecer (e isso inclui dias e horários de funcionamento, como funcionam os ingressos, quanto custa, e afins).

Então a lição que fica para sempre, e que eu vou falar isso para qualquer pessoa que me perguntar é: pesquise! Não confie 100% em outras pessoas enquanto você está fora da sua zona de conforto. Tenho certeza que eu, e outras pessoas que fazem tantos posts em seus blogs tem toda a boa vontade do mundo de ajudar, seja recomendando um local que você nem imaginava, ou dando dicas para melhorar a experiência em outros.

Post foi bem de desabafo hoje, mas eu sinto que precisava disso. É isto, e obrigada se você leu até aqui. :)

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Entrei numa mina de ouro!

A história do Brasil nos ensinou muita coisa sobre Ouro Preto, e muitos de nós aprendemos na escola a importância do ciclo da mineração para a economia do nosso país, mesmo enquanto colônia. O que muitas vezes passa despercebido pelas nossas aulas de história são as condições que os mineiros enfrentavam na extração do ouro.

Existiam algumas maneiras de captar ouro, e uma delas era através da própria escavação nas minas. Algumas delas estão abertas até hoje, mas elas são abertas ao público com uma função turística.

Como que decidimos visitar uma mina?

Então, mesmo já tendo conhecido uma parte de Ouro Preto a pé no dia anterior, decidimos contratar uma espécie de tour com um guia, e além dos pontos turísticos e tudo, iríamos aprender um pouco de história com as explicações que escutaríamos.

Conhecer algumas coisas por si mesmo é muito bom, mas dessa vez sentimos que seria legal fazer parte de uma excursão com um guia. Seria só um dia e teríamos o transporte pra cima e pra baixo, e como estávamos sem carro, ajudaria muito a chegar nos lugares mais distantes.

O passeio na mina estava incluso, e confesso que antes de contratar essa excursão eu nem tinha pensado em conhecer uma antiga mina de ouro, então foi uma boa surpresa.

O passeio

Dentre as outras coisas que visitaríamos, a mina me parecia o lugar mais interessante! Nem imaginava como iria ser!

A única mina que havia visitado era a Catedral de Sal, que é gigante e grandiosa. Com túneis amplos e grandes estruturas dentro da montanha, ela é muito diferente do que vimos.

Visitamos a Mina du Veloso, que fica quase saindo de Ouro Preto, no sopé de uma montanha. Como estávamos numa excursão, fomos todos juntos com um guia da mina.

Colocamos o capacete e fomos entrar, daí que a ficha caiu! A entrada é muito pequenininha, e você tem que andar agachado por alguns metros dentro da montanha até ser possível ficar de pé de novo.

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Essa é a entrada da mina, e tem que ser agachado!

O passeio tem cunho histórico muito forte! O guia contava muita coisa interessante sobre a história da mineração em Ouro Preto, como os mineiros encontravam o ouro, fora muitas outras curiosidades sobre tudo que envolvia isso.

O guia foi ótimo e nos contou muita informação nova e interessante. Ele também tentava passar de relance sobre como que era a vida de um mineiro que passava sua vida tentando encontrar alguma pepita em minas daquele jeito.

Uma das coisas que ele explicou que achei bem interessante foi a origem de algumas expressões populares que utilizamos muito aqui no Brasil. “Olha o passarinho”, “De cabo a rabo”, “Dar no couro” são todas expressões que nasceram ali, e é melhor não deixar o spoiler por aqui, haha.

Fiquei pensando

Agora só imagine: se hoje em dia algumas minas ao redor do mundo enfrentam alguns problemas de estrutura, insalubridade e afins, imagina há mais de 300 anos quando essas questões ainda não eram preocupação?

Fiquei muito aflita num determinado momento por causa do local que nós estávamos – um túnel com mais de 300 anos que corre adentro de uma montanha que sabe lá quantas toneladas ainda tinha acima das nossas cabeças.

Também não gosto muito de lugares muito fechados, então me segurei também pra tentar ficar calma!

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Como é a mina por dentro

Valeu a pena visitar?

Siim, claro! Muita informação nova, e uma experiência que era inédita pra mim! Não sei se eu faria uma espécie de passeio semelhante no futuro, pois fiquei muito nervosa em determinado ponto. Só imaginava que a montanha pudesse desmoronar a qualquer momento, haha. Mas a questão é que sou bem exagerada, e só ficava pensando no pior.

Mas claro, foi uma experiência muito boa e interessante!

 

8 motivos para você se hospedar na Recoleta

Olá, internet! Buenos Aires é um destino que atrai muitos brasileiros, e não é por menos. A cidade é linda, cheia de lugares interessantes pra visitar, comemos comida boa e tudo isso é bem aqui pertinho! Existem muitas opções de hospedagem na capital argentina, e nesse post vou explicar alguns motivos pra você escolher a Recoleta como o lugar onde você vai descansar.

1. O bairro é seguro

Quando algumas pessoas procuram onde se hospedar em determinado lugar, o fator que mais pode se destacar é a segurança do local. Claro que outras variantes como preço e localização são fortes e nos ajudam a determinar com mais segurança qual hotel/hostel comporta nossas necessidades, mas segurança parece ser um fator primordial pra muita gente.

A Recoleta é um dos bairros mais seguros de Buenos Aires (“impressionamente turistamente” falando), pelo menos foi o mais seguro em que caminhei. Não senti necessidade de ficar desconfiando da minha sombra, como aconteceu na Calle Florida ou em La Boca.

2. Tem muitas opções de hospedagem

O bairro da Recoleta possui uma série de hoteis e hostels. Esse fator já ajuda (pelo menos em teoria, né) a ter preços mais competitivos por causa da concorrência. Também já indica que a área possui alguns hoteis de redes internacionais, que agradam a muitos.

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3. Comida boa

A Recoleta possui muitas opções de bares e restaurantes! Para uma pessoa que gosta de comer e beber como eu (risos), ficar num bairro tão movimentado assim é uma mão na roda, haha.

Os preços são variados, existem dos mais caros aos mais baratos. A variedade de comidas é grande também: pizzas, petiscos, sanduíches, carnes (muita carne); então o lugar pode agradar a muitos gostos!

4. Comprinhas!

Às vezes os lugares que possuem muitos restaurantes nas proximidades também possuem lojas! Com a Recoleta não é diferente, e dá pra fazer muitos tipos de compras sem precisar pegar um carro.

Bem pertinho do meu hotel ficava o Recoleta Mall, que é um shopping bem importante da capital argentina (é pequeno para os padrões brasileiros, mas me ajudou muito lá!). Me lembro que o Hard Rock Café também fica em outro centro comercial – vi uns objetos de decoração lindos lá, mas não pude trazer.

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Foto conceitual: ombro. haha

5. Pontos turísticos

Tem algumas pessoas que gostam de ficar num lugar bem localizado quanto à presença de pontos de interesse importantes da cidade. Alguns lugares notórios de BA ficam na Recoleta, e isso ajuda muito!

Eu conseguia ir a pé do meu hotel para alguns lugares como a Floralis Genérica, o Cemitério da Recoleta, o MALBA, a livraria El Ateneo e outros! Na época que fui, o clima estava bem ameno, então caminhar era uma delícia!

6. Os parques

A Recoleta é cheia de parques! Não sei vocês, mas amo parques! Se fico perto de um parque, depois de um dia cansativo eu me estiro no chão e ao mesmo tempo que descanso eu aprecio o momento!

Muitas pessoas fazem o mesmo, então é legal observar o movimento, ver quem frequenta tal lugar e se der, como alguma coisinha ali mesmo! (nem que seja um sorvete, um biscoito, haha)

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7. O local é agradável

Caminhar pela Recoleta de fato é muito gostoso! O trabalho de paisagismo no bairro de maneira geral é ótimo, e agrada a maioria das pessoas que o visitam! O bairro é muito arborizado, limpo e esteticamente bonito (meu gosto)!

Uma das coisas que mais me encantavam era a quantidade de pessoas passeando com seus cachorros! Era um cãozinho mais lindo que o outro!

8. Economia com dinheiro do táxi

Para concluir, é importante economizar dinheiro em Buenos Aires! A cidade é relativamente cara (independente do bairro que você fica), e economizar é sempre bom! Tem muitos táxis no bairro, mas de peso em peso, você já teria guardado bastante dinheiro.

Como dá pra fazer muita coisa a pé, já sabemos onde isso vai dar.

Como é estudar Arquitetura em universidade Federal?

Olá, internet! Então, voltando aos posts sobre Arquitetura, hoje vou falar um pouco sobre um tema que é corriqueiro em várias áreas do conhecimento: como é estudar numa faculdade pública? No meu caso, estudo em Federal, mas no passado já frequentei a Estadual, então meio que conheço ambos os mundos.

Adiantando um pouco, esse post terá um pouco mais de opinião que o normal (obviamente sempre sendo respeitosa).

Uma das minhas maquetes favoritas de Forma: a Adição em Malha

Então, lendo muitos depoimentos e artigos, vejo pessoas equivocadamente subestimando as faculdades federais (em favorecimento das particulares), especialmente mais ao sul do país. Os argumentos são sempre os mesmos: greves, grade desatualizada, infraestrutura, e afins. A impressão que eu tenho é que muitas vezes falta muito conhecimento de causa e esses mesmos argumentos utilizados pelos críticos às faculdades federais são facilmente batidos por quem realmente conhece o dia a dia de uma universidade assim.

Antes de falar das terríveis greves, posso dizer com certeza que estudar Arquitetura em faculdade federal é muito bom, e não trocaria meu país UFAM por nenhuma particular. Eu vivo essa rotina de federal há muito tempo, e apesar de estar no meio da minha caminhada, consigo ver que há um grande esforço por parte dos alunos e professores pela melhor execução possível das aulas.

O curso de Arquitetura na UFAM é novo, então a grade é bem atual, o que não é um grande problema no nosso caso. Outro lado bom é que algumas matérias-chave não são exclusivas do nosso curso, e caso ocorra algum problema (tipo uma reprovação em Física, Topografia e afins), a mesma matéria com o mesmo código é disponibilizada em outro curso da faculdade, o que diminui as questões burocráticas.

O fato de você não pagar mensalidade é outra coisa que é muito boa, pois Arquitetura é um curso onde precisamos gastar muito com materiais (socorro). Assim, os alunos ficam despreocupados com financiamento, boletos, contas e outras coisas.

Apesar de termos problemas de estrutura que são clássicos das faculdades federais (não nego, mas são problemas que dão pra levar), por enquanto ainda não tivemos questões muito graves em relação à falta de materiais. Claro que uma questão ou outra vem à tona, mas felizmente não é nada muito grave ou impeditivo de continuar no curso. Uma situação que me vem à cabeça (a que mais sentimos na pele) é que precisávamos dividir dois teodolitos para uma turma de 50 alunos de topografia.

Os ateliês do curso acabaram de passar por reformas, e o local ficou bem mais organizado que antes. Confesso que como a minha vivência neste curso ainda é pouca, não sei dizer se esses laboratórios estavam com falta de materiais (eu imagino que sim, com uma ou outra coisa), mas como citei no parágrafo acima, nossa turma não sofreu tanto com a falta de materiais.

Outra coisa que acho positiva sobre a UFAM é a carga horária. O curso é vespertino e noturno, e por causa disso, temos uma quantidade de disciplinas maior do que as particulares da minha cidade. Existem pessoas que já acreditam que isso é um lado negativo, já que uma faculdade tão puxada quanto a nossa pode comprometer a flexibilidade do aluno. Claro que muitas disciplinas por semestre é pesadíssimo, mas o importante é que conseguimos levar, e com muita dedicação.

Mas na minha opinião, muita flexibilidade pode comprometer a formação acadêmica do aluno, já que os estudos, em cursos dessa maneira, costumam ser deixados de lado perante trabalho e outras obrigações da pessoa. Arquitetura, assim como as engenharias, é um curso que requere muita atenção, técnica e trabalho, portanto ele não deve ser feito de qualquer jeito.

Mas claro que existem problemas, mas nenhum deles é uma dor de cabeça tão grande a ponto de desmerecer a minha faculdade perante a outras. O que chama mais a atenção são obviamente as greves. Elas são frustrantes sim, mas não a ponto de me desestimular e trancar o curso. Conheço colegas que fizeram isso na faculdade de Economia, mas honestamente, a greve foi só uma desculpa para desistir de um curso que essas pessoas nem gostavam.

Sendo bem sincera, a greve só é ruim se você não sabe aproveitá-la. Claro, é frustrante ter que adiar sua formatura em dois, três meses por causa de desentendimentos de alguns setores da universidade, mas em todo problema existe uma oportunidade.

Antes que comecem a me criticar, passei por duas greves na minha vida acadêmica em Economia (três e quatro meses respectivamente). Na primeira greve, descansei, viajei e passei três meses me preocupando exclusivamente com trabalho e auto escola. Da segunda vez eu aproveitei o tempo para avançar a minha monografia.

Sim, peguei greve no último período da faculdade. Greve esquisita, onde quase todos os cursos continuaram as aulas, mas nós de Economia (aff) e cursos de humanas como letras e licenciaturas (pra variar) tivemos que parar. Fiz todas as minhas pesquisas, escrevi muito, fiz todos os gráficos, revisões de português, tudo nesse espaço de 4 meses. Na reta final (propriamente dita), estava bem despreocupada, enquanto outros colegas estavam com tudo atrasado.

Enfim, por enquanto volto a enfatizar o quanto eu estou gostando de estudar Arquitetura, e ainda mais na faculdade onde estudo. :) Em breve, volto com mais posts, e muito obrigada se você leu até aqui! :)

Passagens compradas: Uruguai e Argentina

Nem acredito que depois de mais de um ano eu estou escrevendo um post da categoria “Passagens Compradas”, hahaha. Para falar a verdade, eu escrevi sim. Eu iria viajar para Bogotá, rever minha família e visitar novamente alguns lugares como a Plaza Bolívar, o Hotel del Salto e provavelmente o povoado de Sotaquirá, que foi onde meu avô nasceu. Só que aconteceram algumas situações pessoais, o que me obrigou a cancelar a passagem próximo à data da viagem.

Quando cancelei a passagem, recebi as milhas de volta (12000 ida e volta, para duas pessoas, totalizando 48000 pontos), o que aumentou o meu saldo. Com isso, acabei comprando posteriormente duas passagens para conhecer dois países que ainda não conhecia, o Uruguai e a Argentina! :)

A passagem pra Montevidéu custou 11000 milhas, e a volta por Buenos Aires, 9000. Isso totaliza 40000 pontos para duas pessoas mais as taxas. Ou seja, comparando com as milhas que recebi com a devolução da passagem pra Colômbia, ainda fiquei com um saldo de 8000!

Ou seja, vale a pena comprar passagem de milhas para a Argentina e o Uruguai! Lembrando que eu moro em Manaus, então encontrar passagens de milhas baratas (inclusive para dentro do Brasil) não é fácil. Mas vale ressaltar que ainda temos que pagar as taxas! Para a chegada no Uruguai, o valor foi um pouco menor (R$326,40), mas a volta pela Argentina foi bem cara (R$ 559,12).

Eu voltei pra casa hoje e ainda vou postar uma série de coisas que fiz e/ou percebi nessa viagem, pra aproveitar e tirar a poeira do blog :). Mas basicamente o meu roteiro foi esse, e aos poucos vou fazendo outros posts.

Dia 1: Chegada em MVD às 18h15
Dia 2: Ciudad Vieja, Teatro Solís, Mercado del Puerto e adjacências.
Dia 3: Visita à vinícola.
Dia 4: Bus turístico e o que ficou faltando da Ciudad Vieja (sendo que o planejado era andar pela Rambla e explorar a região de Punta Carretas e Pocitos).
Dia 5: Ida até à Colônia del Sacramento e pegar o Buque até Buenos Aires (chegada no fim da tarde).
Dia 6: El Caminito, Bombonera, Cemitério da Recoleta e Feirinha de artesanato.
Dia 7: Casa Rosada, Museu del Bicentenario, Feirinha de San Telmo, Puerto Madero, Floralis Genérica.
Dia 8: Teatro Colón, Tribunales, El Ateneo, Shopping.
Dia 9: Dia de Compras: Calle Florida e Galerias Pacífico. Packing back.
Dia 10: Saída de EZE às 05:15.

Olhando pro nosso itinerário final, eu mudaria algumas coisas. Acho que vale a pena um pernoite na Colônia del Sacramento e tirar um dia de Buenos Aires (no caso, o último dia, destinado às compras). O motivo eu explicarei quando fizer um post sobre a Calle Florida e as Galerias Pacífico, mas já adianto que não gostei e não recomendo o passeio.

Eu também levaria um pouco mais de dinheiro, pois essa era uma viagem que teria a intenção de ter um cunho um pouco mais gastronômico. Mesmo assim, achei a comida muito cara em ambos os países, o que acabou comprometendo alguns planos! Nisso eu incluo o show de tango, que o mais barato que nos recomendaram era R$170 por pessoa. Eu poderia pensar que esse seria um dos “arrependimentos” que sempre temos uma vez ou outra quando viajamos, porém estou bem de cabeça tranquila. Eu consegui o que queria, que era conhecer a cidade e aprender alguns de seus truques. Numa futura viagem, vou aprofundar algumas experiências, como o próprio Tango e a visita ao Café Tortoni, que tinha filas muito longas ambas as vezes que fui lá.

Para concluir, em Montevidéu eu fiquei hospedada em Pocitos e em Buenos Aires, na Recoleta. Acho que acertamos em relação à localização, pois ambos os bairros eram agradáveis e tinham toda a estrutura que necessitávamos, além da segurança.

Em breve, mais posts! Estava com saudades daqui <3 <3

 

Airport review: Chhatrapati Shivaji Int’l Airport (BOM)

Esse post é especialíssimo, pois contou com a colaboração do meu amigo (e admirador da Índia) Yuri Torres! Ele me passou algumas perspectivas sobre o Aeroporto Internacional de Mumbai, que merecem ser compartilhadas para outros viajantes!

Qual a melhor opção para chegar até Mumbai?

A: Possivelmente pelo Oriente Médio via Emirates, Qatar e Etihad. Afirmo isso pelo fato de que é uma oportunidade excelente para desfrutar dos serviços dessas companhias (que são excelentes), e também pelo fato de que a Qatar Airways de vez em quando oferece tarifas muito boas para Ásia e Subcontinente Indiano.
Outras companhias com atendimento e preços bons para a Ásia são a Ethiopian e a SAA.

Como é a imigração?

A: Em Mumbai, não existem muitos problemas na hora da imigração. O visto para a Índia é retirado ainda aqui no Brasil pelo correio e é só apresentá-lo na chegada ao país. O que pode ser um ponto de atenção é um certo mal humor dos funcionários do aeroporto em geral, que é um ponto de reclamação em vários reviews pela rede.

Tem Wi-fi?

A: Sim, e é necessário apenas fornecer um número de celular válido para a criação de um login.

Como faz pra trocar dinheiro?

A: Existem casas de câmbio nos lugares estratégicos próximos aos embarques e desembarques internacionais. O site do aeroporto indica 4 casas de câmbio no embarque e 5 no desembarque.

É possível conhecer a cidade em um eventual tempo de conexão?

A: Sim, mmas somente se for uma conexão bem longa, acima de 8 horas, tento em vista que somente 3 horas será no trajeto entre o aeroporto e centro, mais imigração, etc.

Qual a melhor maneira de se deslocar até a cidade?

A: Taxi, é sempre barato. Mas tenha cuidado com as várias pessoas sugerindo taxi no desembarque, eles são bem insistentes e começam a te seguir, o que pode causar alguns transtornos, mas é somente. Sempre utilize os taxis registrados que geralmente tem preços tabelados, procure os balcões ainda no desembarque.

Opiniões sobre Duty Free.

A: O Duty Free de Mumbai é bem forte e oferece vários produtos como perfumes, bebidas, cosméticos, relógios, cigarros e afins. Mas ele não parece ser tão atrativo (em termos de preço) quanto outros aeroportos.

Sobre alimentação.

A: Existem cafés e alguns restaurantes. Foco para o KFC e a Pizza Hut.

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Airport Review: Ministro Pistarini  – Ezeiza (EZE)

Airport review: Budapest Liszt Ferenc – Ferihegy (BUD)

Então, hoje eu vim falar da principal entrada para a Hungria, que é o aeroporto de Budapeste. Ele se localiza no sudeste de Peste, meio longe do centro da cidade. Para quem tem interesse de conhecer a Europa Central, Budapeste é uma excelente pedida para a chegada!

Existe conexão direta com o Brasil? 

Não. É necessário viajar para outros hubs europeus, de preferência lugares que possuem saída do Brasil. Fica a dica para a Alemanha, que possui vários voos partindo para BUD.

A Hungria possui uma companhia aérea nacional? 

A Hungria recentemente viveu uma crise aérea bem grande com a falência da Malev em 2012, e parte do aeroporto de Ferihegy se encontra fechada (os terminais utilizados atualmente são o 2A e o 2B). No momento, existe a Wizz Air (a roxa), que é uma low cost húngara com alguns destinos pela Europa. Nunca voei por ela, mas alguns amigos dizem que ela é melhor que outras companhias como Ryanair e Easyjet.

Como é a conexão para o centro? 

Não existe um trem que conecta o aeroporto para o centro, porém já existem planos para fazer uma conexão com Keleti pu. Porém existe a linha 900E que sai do aeroporto em direção a Kobanya-Kispest (linha final do metrô azul). Serviços de táxi também são baratos e valem a pena caso não exista paciência para andar de ônibus.

Como é o duty free? 

Em BUD, o Duty Free é muito bom, e a área de embarque do aeroporto é cheia de lojas de vários tipos. Vale a pena quem tem dinheiro pra gastar. :)

Tem wifi? 

Tem sim! E não é nada de 15 minutos de acesso como em outros lugares. A conexão é grátis e pode durar até duas horas!

E tomadas?

Existe uma quantidade razoável de tomadas na área de transfer.

E cadeiras? 

Mas cadeiras são meio escassas. Fiz check in cedo e mesmo assim tive que sentar no chão para esperar o embarque.

Como é o serviço de restaurantes e alimentação? 

Existem alguns cafés e fast foods no Terminal 2A. Gostei bastante de um café localizado próximo à área de check in, mas lá dentro tem Burger King, KFC e outros restaurantes!

O Check in é complicado? 

Achei desorganizado. Iria começar a minha jornada com a Lufthansa e como de praxe, a companhia alemã exige o check in nas máquinas, mas por algum motivo, só o primeiro trecho foi impresso. Teria que enfrentar a fila para despachar as malas de qualquer maneira, e só na cabeceira consegui imprimir todos os trechos.

Vale a pena trocar dinheiro lá? 

Não mesmo! Ali em Ferihegy foi onde eu vi uma das piores cotações em todas as minhas andanças por aí! Se for necessário, troque o mínimo possível na entrada.

E a opinião em geral? 

BUD é um excelente aeroporto que superou as minhas expectativas! Infelizmente, o aeroporto poderia receber mais gente caso a Malev ainda existisse, mas pouco a pouco Budapeste em geral se prepara para o turismo. Com certeza BUD é uma excelente porta de entrada para a Hungria.

Um momento incrível foi sobrevoar Budapeste próximo ao pouso bem no pôr-do-sol. Tá que não é competência do aeroporto, mas não consigo lembrar de nada sobre BUD sem lembrar daquela vista. :)

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O que eu penso do Couchsurfing

Não é de hoje que várias pessoas me perguntam se eu já tive experiências com Couchsurfing, e me pedem opiniões ou dicas de como se aproveitar uma viagem bem ao se hospedar na casa de alguém que você conheceu pela internet.

Juro do fundo do meu coração que não recomendo o couchsurfing pra ninguém pelo simples fato de que ele não seria um tipo de hospedagem que eu apreciaria (regra da reciprocidade: não faça com os outros aquilo que não gostaria que fizessem com você). Podem me chamar do que for, mas eu prefiro mil vezes o conforto de um hotel do que incomodar alguém em sua casa.

Porém eu acredito que eu não faço parte do público-alvo couchsurfer, então a minha opinião não se aplica para 100% das pessoas. Digo isso por que eu preciso e gosto de um espaço só para mim, especialmente quando estou fora de casa. E também confesso que no fundo me sinto mal ao me hospedar na casa de alguém, como uma espécie de violação do espaço.

Porém, àqueles que não tem “frescuras” (risos) como eu, o couchsurfing é uma excelente maneira de conhecer lugares novos sem necessariamente gastar muito. Fora isso, é possível de se formar várias amizades com pessoas locais, que podem apresentar não só a cidade, mas também os costumes, estilo de vida e outras coisas curiosas sobre o local.

De certo modo, o couchsurfing é uma espécie de “intercâmbio” entre culturas, e meio que restaura a fé nas pessoas, com o simples fato de você trazer um desconhecido para a sua casa e tratá-lo como se fosse alguém que você conhece faz tempo.

Mas pra tudo é preciso ter cautela. Tenho amigos que tiveram experiências muito boas surfando por aí, que é basicamente o que importa afinal de contas. No entanto, é muito fácil encontrar na internet relatos de pessoas que tiveram experiências ruins e até certo ponto, traumatizantes. Mas além de hospedagem de pessoas, em algumas cidades existem os encontros com couchsurfers, para a simples troca de experiência.

Mas enfim, se eu surfaria assim algum dia? Bem, nunca diga nunca! Mas no momento, não tenho nenhum interesse.